Publicidade
SÃO PAULO – Após chegar a subir 1,5% com a percepção de novos avanços nas negociações para a votação da reforma da Previdência de olho no rumor de que a bancada do PMDB deu os primeiros passos pelo fechamento de questão em torno do apoio às medidas, o Ibovespa virou com força na reta final do pregão seguindo as bolsas dos Estados Unidos e uma notícia da Veja sobre poucos votos para a Previdência.
Segundo a coluna Radar, da Veja, o líder do governo na Câmara dos Deputados, André Moura, admitiu a um deputado que, hoje, não há nem 170 disposto a votar a favor da proposta do Palácio do Planalto. O número é muito abaixo dos 308 votos necessários para a provar a proposta.
O benchmark da bolsa brasileira fechou com queda de 0,74%, a 72.546 pontos, após chegar a cair 1,06% na mínima do dia e subir 1,47% na máxima. O volume financeiro ficou em R$ 8,001 bilhões. O dólar comercial, por sua vez, fechou em queda de de 0,40%, cotado a R$ 3,2341 na venda, distante da mínima de R$ 3,2219 atingida mais cedo.
Masterclass
As Ações mais Promissoras da Bolsa
Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita
Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.
Mais cedo, o mercado se empolgava com os rumos da luta do governo pela reforma da Previdência. O presidente Michel Temer conta com cinco pilares estratégicos para avançar com a medida impopular mesmo com a aproximação da corrida eleitoral. Seriam eles: a narrativa de combate a privilégios, a costura com prefeitos (que desempenharão papel decisivo nas eleições, sobretudo para o caso dos deputados federais que tentarão reeleição), o acerto com as cúpulas partidárias, a possibilidade de liberação de mais recursos dos cofres para emendas parlamentares e a delegação de poder a Rodrigo Maia (DEM-RJ) [leia mais aqui].
Destaques da Bolsa
Descoladas do petróleo, as ações da Petrobras viraram para queda junto com o resto do mercado. Em Londres, os contratos futuros do petróleo Brent subiram 0,64%, a US$ 62,85 o barril, enquanto os contratos do WTI, negociados em Nova York, avançaram 0,28%, a US$ 57,63 o barril. Além disso, no radar, a estatal informou que assinou, ontem, com o China Development Bank (CDB), um contrato de financiamento no valor de US$ 5 bilhões e vencimento em 2027. Na mesma data, a Petrobras também assinou um contrato comercial com a empresa Unipec Asia Company, estabelecendo o fornecimento preferencial de um volume total de 100 mil barris de óleo equivalente por dia, atendidas as condições de mercado, pelo prazo de 10 anos. “O acordo com o CDB prevê o desembolso de metade do valor total em dezembro de 2017 e da outra metade em janeiro de 2018, quando também ocorrerá o pré-pagamento do saldo devedor de US$ 2,8 bilhões referente ao empréstimo contratado em 2009 com o banco. Adicionalmente, o pré-pagamento resultará no encerramento antecipado do contrato comercial assinado com a Unipec Asia Company em 2009, com vencimento em 2019, para fornecimento preferencial de um volume total de até 200 mil barris de óleo equivalente por dia”, informou a petrolífera. Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Usiminas, Sérgio Leire, afirmou que a siderúrgica está perto de reduzir R$ 900 milhões de sua dívida nos próximos 40 dias. Os R$ 900 milhões equivalem a uma redução de cerca de 15% do endividamento, disse ele, que apontou que a companhia está pagando “com quase dois anos de antecedência” em relação ao acordo das dívidas renegociadas com os credores. O montante inclui R$ 180 milhões que ela paga em juros de títulos em 15 de dezembro. O Itaú Unibanco abriu captação com bônus perpétuo, com referência inicial de cerca de 6,5%, segundo informou fonte à Bloomberg. A precificação está prevista para esta terça-feira. O emissor é o Itaú Unibanco, atuando por intermédio da Grand Cayman Branch. Os títulos são não-resgatáveis nos primeiros cinco anos e os coordenadores são: BB Securities, BofAML, Itau BBA, JPM, Standard Chartered. As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram: As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Reforma da Previdência Enquanto isso, o presidente Michel Temer faz manobra por apoio do PSDB à reforma da Previdência, conforme informa o jornal Valor Econômico. Enquanto os dirigentes dos sete partidos da base – PMDB, PP, DEM, PR, PRB, PTB e PSD – sugerem firmar pacto por reforma, eles pressionam o governador de São Paulo e presidenciável tucano Geraldo Alckmin a garantir votos do PSDB. A fala do ministro Henrique Meirelles de que Alckmin não seria candidato do governo faria parte da estratégia de pressão, sendo um recado ao PSDB. O grupo tenta passar ideia de que fracasso da reforma prejudica a economia e favoreceria candidaturas de Lula e Bolsonaro em 2018. Segundo a LCA Consultores, o lançamento mais contundente da candidatura Meirelles à presidência serve para pressionar Geraldo Alckmin a assumir uma postura mais próxima ao governo a fim de manter aberta a porta à chance de ele ser o representante único do grupo de partidos que se juntaram para aprovar o impeachment e sustentar o governo Temer no Congresso. Porém, os tucanos seguem divididos e, para não fechar questão sobre nova Previdência, ala do PSDB prega boicote a reunião do partido amanhã que decidirá sobre fechamento ou não de questão sobre a reforma. Além disso, a votação segue cercada de promessas. Conforme informa o jornal O Globo, no jantar de domingo, na casa do presidente da Câmara, o governo mudou sua estratégia e acenou até mesmo com promessas de apoio nas eleições de 2018 para convencer os deputados a votarem a favor das mudanças na aposentadoria. Lembrou que quem votar pela aprovação poderá ser beneficiado em coligações e na distribuição de tempo de TV e de recursos para suas bases, além do fundo eleitoral. Já o ministro-chefe da Casa Civil Eliseu Padilha afirmou que os municípios terão R$ 3 bilhões se a reforma for aprovada. De olho em 2018
As movimentações para 2018 também seguem no radar. Líder nas últimas pesquisas eleitorais e considerado o nome mais forte da esquerda, a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está longe de ser uma unanimidade nesse espectro político. De acordo com a coluna Painel, da Folha de S. Paulo, setores da Frente Brasil Popular (composto por representantes de diversos setores da esquerda, alguns críticos ao PT) vão trabalhar para que não haja apoio à candidatura do ex-presidente Lula, em meio à leitura de que o aval ao petista dividiria o grupo no ano que vem. Aliás, sobre Lula, vale destacar ainda a situação do ex-presidente sobre o julgamento em segunda instância no caso “triplex do Guarujá”, que pode torná-lo inelegível caso a sentença de Sérgio Moro seja confirmada. O desembargador João Pedro Gebran Neto concluiu seu voto no recurso apresentado pelo ex-presidente no TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4.ª Região), indicando que o trâmite no tribunal aponta que o julgamento na segunda instância deverá ocorrer antes do início da campanha presidencial, possivelmente ainda no primeiro semestre de 2018, segundo informa o Estadão, enquanto a Folha de S. Paulo aponta que o julgamento deva ocorrer já em março.
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
USIM5
USIMINAS PNA
8,60
-4,23
+109,76
154,71M
CPFE3
CPFL ENERGIAON
18,25
-3,95
-26,98
65,26M
CSNA3
SID NACIONALON
7,26
-3,46
-33,09
68,95M
MRFG3
MARFRIG ON
6,90
-3,36
+4,39
15,15M
BRAP4
BRADESPAR PN
25,78
-2,90
+77,89
40,05M
Cód.
Ativo
Cot R$
% Dia
% Ano
Vol1
HYPE3
HYPERMARCAS ON
34,76
+3,24
+36,07
92,87M
WEGE3
WEG ON
23,80
+2,81
+56,03
54,94M
FIBR3
FIBRIA ON
44,81
+2,05
+43,96
120,92M
SMLS3
SMILES ON EJ
75,98
+1,99
+82,91
44,25M
SUZB3
SUZANO PAPELON EJ
17,82
+1,89
+30,17
68,25M
Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
VALE3
VALE ON
36,02
-2,20
948,85M
673,86M
36.454
PETR4
PETROBRAS PN
15,31
-1,10
470,54M
656,60M
27.293
BBDC4
BRADESCO PN EJ
32,77
-1,03
351,84M
307,24M
26.228
ITUB4
ITAUUNIBANCOPN ED
41,59
-0,60
328,59M
400,55M
19.152
ABEV3
AMBEV S/A ON
20,55
-0,15
323,43M
270,32M
22.589
BBAS3
BRASIL ON
31,07
-1,46
291,74M
316,99M
20.048
JBSS3
JBS ON
8,77
-0,11
158,18M
94,46M
31.928
USIM5
USIMINAS PNA
8,60
-4,23
154,71M
179,44M
10.704
BBSE3
BBSEGURIDADEON
27,39
+0,74
142,60M
123,34M
13.723
BVMF3
BMFBOVESPA ON
22,67
-1,05
141,31M
213,28M
16.444
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA
Os esforços para votar a reforma da previdência seguem sendo destaque no noticiário político. Ontem à noite, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que, até a próxima quinta-feira (7), espera avançar na organização da base de parlamentares para aprovar a reforma da Previdência. De acordo com Maia, a base deverá ser composta por 330 deputados, o que não significa que a reforma terá todos os votos a favor. Ele deixou claro, contudo, que não trabalha com números.