Ibovespa acende sinal vermelho e fechamento semanal será decisivo para o futuro do mercado

Caso confirme a perda da média móvel exponencial de 21 dias, índice abre caminho para a faixa de 69 mil pontos

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Em vista do mau humor gerado pela forte queda do petróleo, que recua mais de 2% em Nova York e Londres após a AIE (Agência Internacional da Energia) reduzir as previsões sobre demanda de petróleo (veja mais aqui), além do resultado abaixo do esperado da Petrobras (PETR3; PETR4), cujos papéis fecharam em queda próxima de 8%, o Ibovespa encerrou a terça-feira (14) abaixo da média móvel exponencial de 21 semanas, o que gera um sinal de alerta para o trader. Contudo, como se trata de uma referência do gráfico semanal, somente a perda no fechamento na próxima sexta-feira (17) para sacramentar esse cenário negativo. 

Apesar da queda registrada, que assusta qualquer investidor, ao observar o mercado desde 2016, quando reverteu sua tendência de baixa, a média móvel exponencial de 21 semanas serviu como um importante apoio para o Ibovespa. Entre maio e julho do ano passado, depois de disparar cerca de 50% da mínima cravada em 37.047 pontos, o índice descansou justamente sobre a referência de suporte, cenário bastante parecido ao visto atualmente. A única exceção foi em maio deste ano, quando o mercado foi abatido pelo vazamento da delação feita por Joesley Batista envolvendo Michel Temer e gerou muitas dúvidas sobre o ambiente político.

Portanto, como estamos tratando do primeiro teste da importante referência de suporte e observando o comportamento histórico do mercado perante a média móvel exponencial de 21 semanas, fica a expectativa pela manutenção da faixa de 71 mil pontos neste primeiro teste, o que resultará em um repique até a região de 74 mil pontos antes de “azedar” de vez. Contrariando a expectativa de manutenção do suporte, ou seja, confirmando a perda de 74.450 pontos com boa margem percentual em base semanal, o índice abre caminho para testar a região de 69 mil pontos, patamar que abriu compra para o mercado em agosto deste ano.