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SÃO PAULO – Encaminhando-se para a terceira queda consecutiva, o Ibovespa reverteu sua tendência na última meia hora de pregão e encerrou a segunda-feira (13) em alta de 0,43%, após o ministro das Cidades, Bruno Araújo (PSDB), encaminhar ao presidente Michel Temer uma carta pedindo demissão do governo federal. Do momento de reversão, em 71.835 pontos, o índice disparou 640 pontos em 30 minutos e encerrou aos 72.475 pontos. Apesar da recuperação, o mercado ainda está 4,55% do topo histórico cravado em 5 de outubro aos 78.024 pontos.
Na carta de demissão, Araújo agradeceu Temer pela oportunidade de comandar a pasta responsável, entre outras coisas, pelo programa “Minha Casa, Minha Vida” e justificou sua saída pela falta de apoio do PSDB: “agradeço a confiança do meu partido, no qual exerci toda a minha vida pública, e já não há mais nele apoio no tamanho que permita seguir nessa tarefa”, escreveu.
A notícia foi bem recebida pelo mercado já que sinaliza que os tucanos estão começando a desembarcar do governo e que Temer iniciará a tão pedida reforma ministerial, que está sendo cobrada pelos parlamentares do “centrão” como gatilho para a aprovação do texto da reforma da Previdência. O descontentamento de grande parte dos aliados tinha relação justamente à situação do PSDB no governo, que, mesmo sem apoiar Temer condicionalmente, ainda possui voz nos ministérios, enquanto os aliados que votaram a favor do presidente na Câmara estão “a ver navios”.
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O ministério de Bruno Araújo era um dos mais cobiçados pelo “centrão” em vista da fatia do bolo do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Além do ministério das Cidades, os aliados querem a Secretaria de Governo do tucano Antônio Imbassahy, que mais de uma vez já revelou sua antipatia ao governo Temer. Vale lembrar que o PSDB chefia os ministérios das Relações Exteriores (Aloysio Nunes) e Direitos Humanos (Luislinda Valois).
Aécio “deu a letra”
No sábado, na reunião Executiva do PSDB em Minas Gerais, o senador Aécio Neves já tinha afirmado que o partido iria iniciar o desembarque do governo. Com a saída de Araújo, o presidente deve acelerar a reforma ministerial nos próximos dias e irá acomodar siglas do “centrão”, como PSD e PR, e o DEM. Por isso, antes de lutar pela Previdência, Temer precisa correr com a reforma ministerial para acomodar esses parlamentares para voltar discutir o andamento da pauta no plenário e reorganizar sua base aliada. A reforma da Previdência, mesmo que mais enxuta, tem um peso muito grande para o futuro da economia, pois, além de sinalizar o compromisso do governo com as contas públicas e evitar um rebaixamento do rating, garante a manutenção da política de cortes da Selic. Na ata da última reunião do Copom, o Banco Central deixou claro que o ritmo de cortes dependerá dos esforços do governo para aprovar a reforma da Previdência: “uma frustração das expectativas sobre a continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira pode afetar prêmios de risco e elevar a trajetória da inflação no horizonte relevante para a política monetária”, apontou o documento. Além disso, conseguir o apoio para a Previdência, que está diretamente relacionada à reorganização da base, também será importante para aprovação do pacote de ajuste do orçamento para o ano que vem e destravar a pauta do plenário da Câmara dos Deputados, que conta com as novas regras do setor de mineração e privatização da Eletrobras. Destaques do mercado As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram: As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram: As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram: * – Lote de mil ações Lá vem bomba!
De acordo com informações do Estadão, o Congresso negocia medidas de isenção de impostos que pode gerar gastos de R$ 20 bilhões ao governo, colocando o ajuste fiscal sob risco. Segundo o jornal, o perdão de parte da dívida dos produtores rurais, assim como de juros e multas nas dívidas das Prefeituras com a Previdência, além da atualização da tabela do Imposto de Renda em 11,4% são alguns projetos antigos que os parlamentares estão tirando da gaveta e que podem dificultar a tentativa de ajuste das contas do governo. Conforme aponta a matéria, a iniciativa está sendo liderada pelos partidos do “centrão”, que estão pressionando Temer para ceder recursos para justificar os esforços de salvar o presidente das denúncias apresentadas por Rodrigo Janot. Além disso, os deputados do cobiçam os quatro ministérios que estão nas mãos do PSDB, em especial da pasta do Ministério das Cidades, de olho na fatia do bolo do programa “Minha Casa, Minha Vida”. Agenda econômica
Enquanto a B3 fica fechada na quarta-feira (15) por conta do feriado de Proclamação da República, não faltarão elementos para o mercado balizar suas expectativas em relação ao desempenho econômico e às políticas monetárias das principais economias globais na próxima semana, principalmente nos EUA. Nos EUA serão divulgados os dados de inflação do PPI na terça-feira (14), além das vendas no varejo e CPI na quarta-feira (15), todos às 11h30 (horário de Brasília). Ainda no país, os dirigentes do Fed farão pronunciamentos sobre os rumos da economia, com destaque para o discurso de Janet Yellen, em evento marcado para terça-feira. Além disso, no dia do feriado brasileiro, Donald Trump deve fazer um “grande anúncio” na área de comércio: “muitas coisas estão acontecendo em comércio e anunciarei muito do que aconteceu aqui e também em outras reuniões, incluindo com a China, a Coreia do Sul e em muitos outros lugares”, afirmou em Manila, onde participou de uma cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean, na sigla em inglês). Além dos dados de varejo e produção industrial na China na noite de terça-feira, o presidente do BCE (Banco Central Europeu), Mario Draghi, e o presidente do Bank of Japan, Haruhiko Kuroda, irão discursar sobre os rumos da política monetária no mesmo dia. Já na Zona do Euro, saem os dados do PIB, a inflação medida pelo CPI e os números da indústria local ao longo da semana. Já a agenda doméstica traz como destaque os dados de vendas no varejo de setembro, que serão revelados na próxima terça-feira . A estimativa compilada pela Bloomberg é de alta de 0,2% na comparação mensal e de 4,5% na anual. Sem data definida, serão divulgados nesta semana os dados de arrecadação federal de outubro, com estimativa de alcançar R$ 125,3 bilhões, de acordo com expectativa da Rosenberg Consultores Associados: “se confirmada, será uma continuidade de sinais pouco mais animadores, que apontam para melhora do desempenho nos impostos relacionados à atividade econômica”, afirma a consultoria. Além disso, os investidores ficam de olho no fim da temporada de resultados, com mais de 40 balanços, incluindo Petrobras, JBS, Marfrig e Eletrobras. A petroleira, por sinal, divulgará os seus números hoje após o fechamento do mercado. Temer e Previdência
O presidente Michel Temer recebeu na tarde de ontem os ministros da Secretaria-Geral, Wellington Moreira Franco, e da Casa Civil, Eliseu Padilha, quando discutiu as chances de aprovação da reforma da Previdência. “São boas”, disse Moreira Franco, acrescentando que ela é fundamental para dar tranquilidade ao processo de recuperação da economia. O governo corre contra o tempo para obter os votos restantes para a reforma da Previdência e o Planalto já teria 280 votos na Câmara, disse na última sexta-feira o colunista Raymundo Costa, no Valor, e tenta obter os 28 restantes para ter placar mínimo ou 50 para ir a voto com margem. Vale destacar ainda que passou a entrar em vigor no último sábado as novas leis da reforma trabalhista. Em seu Twitter, Temer afirmou que a modernização trabalhista adequa as regras aos novos tempos, aos trabalhadores modernos. “Nenhum direito a menos e muitos empregos a mais”, apontou.
Cód.
Ativo
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% Ano
Vol1
Links
RAIL3
RUMO S.A. ON
12,05
+5,24
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ESTC3
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8,00
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Cód.
Ativo
Cot R$
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Vol1
Links
RENT3
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Código
Ativo
Cot R$
Var %
Vol1
Vol 30d1
Neg
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PETROBRAS PN
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RENT3
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ABEV3
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USIM5
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CIEL3
CIELO ON
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17.008
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão) IBOVESPA