As 92 ações que subiram mais de 100% nos 20 meses de rali do Ibovespa

SÃO PAULO – Em 20 de janeiro de 2016, em meio a enxurrada de prognósticos negativos para a economia doméstica e a crise fiscal que colocava em xeque o rating de crédito brasileiro, sugerindo mais um ano desastroso para o mercado de ações, foi quando o Ibovespa marcou sua mínima anual (31.046 pontos) e começou a sair do “fundo do poço”, movimento que foi guiado pelo “rali do impeachment” e a expectativa por reformas econômicas. De lá para cá, o principal índice de ações da B3 subiu 105% (último fechamento) e muitas ações brilharam neste processo.

Com base nos dados retirados do Economatica e considerando as ações com volume médio mensal maior do que R$ 1 milhão, a fim de filtrar ativos com mínima liquidez, o InfoMoney, em parceria com o analista da XP Investimentos, Marco Saravalle, elaborou um estudo qual apresenta os papéis que mais subiram nos últimos 20 meses, que corresponde ao rali do mercado desde 20 de janeiro de 2016. Das 163 ações selecionadas pelo critério de liquidez, 92 pelo menos dobraram de valor e 84 superaram o desempenho do Ibovespa, que no período subiu 105%. Apesar do desempenho excepcional do mercado, 10 ações recuaram no período, sendo que duas fazem parte da composição do índice.

Disparada na primeira colocação, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) subiram 4.493% nos últimos 20 meses e foram os únicos que alcançaram a casa dos 4 dígitos de valorização, por conta da divulgação de melhores resultados e o turnaround das operações da empresa, processo liderado pelo segmento de e-commerce. Na segunda posição ficaram as ações da Gol (GOLL4), que se beneficiaram pelas medidas do governo para aumentar o percentual de capital estrangeiro nas empresas aéreas, enquanto na terceira colocação aparecem os ativos da Usiminas (USIM5), que se beneficiaram pelo rali das commodities metálicas e o processo de renegociação de suas dívidas.

As 92 ações que subiram mais de 100% nos últimos 20 meses:

^{*Fonte: Economatica}

Ficaram para trás

Mas nem todas empresas se beneficiaram da forte alta do mercado. Com queda de 63,57%, as ações da antiga OGX Petróleo, agora sob o nome de Nova Óleo (OGSA3), lideraram as perdas durante o período por conta da situação financeira delicada da empresa em meio ao processo de recuperação judicial. Outra companhia que sofreu com a justiça foi a Eternit (ETER3), que recuou 31,11% e ficou em segundo lugar entre as ações que mais caíram em vista do imbróglio sobre o uso do amianto no Brasil.