As 3 ações que não acompanharam o rali e aparecem como boas oportunidades na bolsa, segundo Tiago Reis

Tiago Reis, fundador da Suno Research, estreia nesta quarta-feira um novo programa na InfoMoneyTV - o "Fundamente-se" -, com transmissão a partir das 14h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – Existe muitas formas de ganhar dinheiro no mercado de ações, cada uma com seus prós e contras. Uma das mais famosas e que tem como discípulo ninguém menos do que Warren Buffett é o “value investing”, que consiste basicamente em comprar ações subvalorizadas pelo mercado e mantê-las por um longo período de tempo. Para os seus seguidores, essa deve ser a maneira de encarar o mercado (ou pelo menos tentar): buscar relacionamentos de longo prazo e olhar para a empresa com a mentalidade de sócio e não como especulador.

Uma premissa defendida por Tiago Reis, que fundou no final de 2016 a consultoria independente Suno Research e que terá um programa semanal na InfoMoneyTV a partir desta quarta-feira (20) – o “Fundamente-se”. A transmissão ao vivo começa às 14h (horário de Brasília). 

No programa, ele quer trazer a filosofia que guia sua consultoria: investimentos em valor, na tradução literal do “value investing”. “Um conteúdo voltado para o investidor pessoa física que tem como foco o longo prazo. Quem não quer ficar grudado o tempo inteiro na tela do computador, mas pensa em montar uma carteira de ações de valor. É nisso que acreditamos. Isto é, investir em empresas com preços atrativos, boas geradoras de caixa, com uma gestão muito bom, margens acima da média e que sejam líderes nos seus segmentos de atuação”, explicou em entrevista ao InfoMoney. 

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Das ações que vê atualmente como atrativas na bolsa, Reis aponta para as seguradoras. “Enquanto o Ibovespa renova a cada dia máximas históricas, elas não estão performando muito bem, muito por conta da leitura do mercado de que seus resultados serão impactados pela queda na taxa de juros. Isso machuca o resultado financeiro dessas empresas? Sim, porque elas têm alta exposição em títulos públicos, mais do que as seguradoras de fora. Mas nossa visão é que o mercado não está vendo o longo prazo”, comentou.

Segundo ele, para compensar esse impacto de curto prazo nos resultados, essas empresas vão precisar aumentar os preços de seus produtos na ponta. Isso já aconteceu diversas vezes no passado. “Se o racional que está sendo usado hoje fosse 100% correto não existiria mais seguradoras no mundo. O mercado não está vendo isso”, comenta. 

Entre as empresas desse setor, as que ele mais gosta são: BB Seguridade (BBSE3), IRB (IRBE3) e SulAmérica (SULA11). No ano, essas ações acumulam valorizações de 8,9%, 12% e 26,9%, respectivamente. Dessas, a única negociada no Ibovespa é a BB Seguridade. No ranking das maiores altas do índice, composto por 59 ações, ela aparece apenas na 48º posição. 

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Sobre BB Seguridade, ele comenta que a indústria de seguros ainda é subpenetrada no Brasil, tem espaço para crescer e a ação ainda não está precificando isso. Para IRB, ele comenta que é uma empresa muito bem administrada, líder com 40% do mercado, mas que foi mal compreendida pela mercado quando fez seu IPO (Initial Public Offering), no final de julho. “Muito gente não entendeu como seria a política de dividendos e isso acabou penalizando um pouco a ação. Acredito que será trimestral, com um payout (dividendos/lucro líquido) de 70%, o que daria um dividend yield (dividendos/preço da ação) de 6%. Ainda tem espaço para subir”, comentou. 

Por fim, sobre SulAmérica, ele ressalta que é a única das três que é puramente seguradora, muito focada no segmento de saúde e que conseguiu surfar bem o período de crise. “Em períodos de crise, o que normalmente acontece? Quando a pessoa tem uma sensação de desemprego, ela começa a fazer exames de saúde e isso aumenta a sinistralidade das empresas, mas a SulAmérica conseguiu se sair bem. Conforme for saindo o fantasma do desemprego, os resultadados irão melhorar. É uma empresa que sempre foi bem gerida e achamos que ainda está barata”, diz. 

Questionado sobre as ações da Wiz, que já fez parte das recomendações da consultoria, Reis comenta que a ação já subiu demais e agora a indicação é neutra. “Recomendamos o papel quando estava perto dos R$ 12,00 (atualmente é cotada perto dos R$ 19,00, valorização de quase 60% desde então). Acho que já esteja bem precificada no mercado”, comentou.   

Para o programa de estreia desta quarta na InfoMoneyTV, Reis preparou uma apresentação focada na estratégia de investimentos de Décio Bazin, que está compilada em “Faça fortuna com ações antes que seja tarde” – único livro brasileiro recomendado pelo megainvestidor Luiz Barsi (link da entrevista). Veja a transmissão ao vivo através do player abaixo a partir das 14h de hoje ou através da InfoMoneyTV, onde também é possível fazer perguntas ao vivo ao Tiago Reis.