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SÃO PAULO – Em depoimento à Polícia Federal que durou quase cinco horas, o empresário Joesley Batista, dono da JBS, afirmou que “não tinha como saber” a data da divulgação de seu acordo de delação premiada e que, portanto, não tinha como saber o impacto que isso teria nas ações da companhia.
Joesley depôs nesta quarta-feira (9) no inquérito da PF que investiga a venda de ações nos dias que precederam a divulgação de seu áudio com o presidente Michel Temer e as aplicações no mercado de câmbio. O empresário garantiu ‘regularidade’ das operações de venda de ações.
“Eu não tinha como saber a data da divulgação nem a extensão do impacto sobre o preço das ações”, afirmou Joesley. Tanto Joesley quanto Wesley Batista tiveram ganhos extraordinários no mercado de dólares e de ações logo após o vazamento das informações, que criaram o caos na bolsa.
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A delação de Joesley e dos outros executivos da JBS foi tornada pública no dia 17 de maio, por meio de um áudio entre ele e Temer. No dia seguinte, a bolsa desabou 8,8% e o dólar disparou. Na avaliação dos investigadores, as empresas do grupo lucraram na aquisição de US$ 2,8 bilhões e evitaram prejuízo de quase R$ 140 milhões.
(Com Agência Estado)