Petrobras informa efeito negativo de R$ 6 bi no resultado; lucro da Natura sobe 80% e mais notícias no radar

Confira as principais notícias corporativas da noite desta quarta-feira (26)

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SÃO PAULO – Em noite de decisão do Copom, o noticiário corporativo não parou e teve como grande destaque o resultado da Natura, que viu seu lucro subir quase 80%, enquanto a Petrobras comunicou a emissão de R$ 5 bilhões em debêntures e também a adesão ao programa regularização tributária, que terá um impacto negativo em seu balanço de R$ 6 bilhões. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras aprovou a emissão de até R$ 5 bilhões em debêntures simples em até quatro séries com esforços restritos de distribuição. Pelo menos R$ 800 milhões deverão ser alocados na primeira e/ou segunda séries, que serão de debêntures incentivadas, enquanto R$ 3,2 bilhões deverão ser alocados na terceira e/ou quarta séries.

As debêntures incentivadas comporão duas séries enquadradas, pelo Ministério de Minas e Energia, como prioritárias para o projeto de investimento na área de infraestrutura de petróleo e gás natural.

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Em outro comunicado, a estatal informou que pagará R$ 4,3 bilhões em programa regularização tributária. O conselho de administração da companhia aprovou a inclusão da empresa no PERT (Programa Especial de Regularização Tributária) para despesas relacionadas à repactuação do plano Petros.

O valor total será dividido, sendo R$ 1,3 bilhão à vista e em espécie, e o restante, que totaliza R$ 3 bilhões, será parcelado em 145 pagamentos mensais e sucessivos, vencíveis a partir de janeiro de 2018, disse a empresa. O valor parcelado considera reduções de 80% dos juros de mora, 40% da multa de ofício e 25% dos encargos legais.

Todos os valores sofrerão atualização pela taxa Selic e a adesão ao PERT representa uma economia de 34% do valor do débito, em termos nominais. O impacto negativo líquido no resultado do 2º trimestre de 2017, por sua vez, será de aproximadamente R$ 6 bilhões.

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Natura (NATU3)
A Natura viu seu lucro subir 79,8% no segundo trimestre ante igual período do ano passado, atingindo R$ 163,5 milhões. Segundo a companhia, esta evolução está relacionada à menor despesa financeira. Desconsiderados os custos relacionados à aquisição da Body Shop, o lucro seria de R$ 139,1 milhões, contra ganho líquido de R$ 90,9 milhões um ano antes.

Já a receita líquida ficou em R$ 2,025 bilhões entre abril e junho, ficando estável em um ano, enquanto o número de unidades vendidas caiu 12,6% no Brasil no segundo trimestre.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) fechou o período em R$ 298,6 milhões, uma queda de 13,4% em um ano. A margem Ebitda caiu de 17% para 14,7% no mesmo período.

OdontoPrev (ODPV3)
A OdontoPrev encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 252,46 milhões, ante lucro de R$ 43,97 milhões um ano antes. Este resultado considera a reversão das provisões de R$ 45,55 milhões relativas ao INSS Bradesco Dental, com ingresso caixa dos depósitos judiciais ocorrendo no terceiro trimestre. Desconsiderando este efeito, a companhia registrou lucro líquido de R$ 51,63 milhões.

Já a receita líquida da companhia fechou entre abril e junho em R$ 354,29 milhões, ante R$ 338,77 milhões no segundo trimestre de 2016. A companhia destacou os segmentos massificados, com PME expandindo 17,1% e planos individuais acelerando 20,6%. O tíquete médio, 6,4% superior ao mesmo período do ano anterior, subiu em todos os segmentos de negócio.

Além disso, o conselho da companhia aprovou a distribuição de R$ 100 milhões em dividendos intercalares. O valor corresponde a R$ 0,188367425 por ação.

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Farão jus aos dividendos os detentores de ações da companhia em 31 de julho, com os papéis sendo negociados na forma “ex” a partir de 1 de agosto, com o pagamento ocorrendo em 5 de setembro deste ano.

Vale (VALE3; VALE5)
A Vale anunciou Alexandre Pereira para o cargo de diretor executivo de Suporte aos Negócios, posição que engloba as áreas de Tecnologia da Informação, Suprimentos, Energia, Melhorias Operacionais e Projetos de Capital.

Pereira ocupava o cargo de diretor global de Tecnologia da Informação da mineradora desde 2011, informou a Vale. O executivo começou a carreira na própria Vale, em 1992, e já passou por outros cargos de direção na mineradora.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.