Cemig quer vender R$ 6,5 bi em ativos; financiamento da Petrobras e mais notícias no radar

Confira as principais notícias corporativas da noite desta quinta-feira (1)

Rodrigo Tolotti

(Divulgação/Cemig)

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SÃO PAULO – Noticiário agitado na noite desta quinta-feira (1), principalmente pela Petrobras, com duas novidades envolvendo um financiamento de R$ 7 bilhões e possíveis mudanças no ritmo de reajustes de combustíveis. Enquanto isso, a OGPar, antiga OGX, protocolou hoje seu pedido para sair da recuperação judicial. Confira os destaques:

Petrobras (PETR3; PETR4)
A Petrobras informou nesta quinta-feira que fechou uma operação de financiamento com o Banco do Brasil no valor de R$ 7 bilhões com vencimento em 2022, na modalidade NCE (Nota de Crédito a Exportação), segundo comunicado da companhia.

A petroleira, que visa à melhora do perfil de amortização e à redução do custo da dívida, também informou que liquidou antecipadamente com o Banco do Brasil NCEs no valor de R$ 6 bilhões que venceriam em 2019.

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A estatal também informou que poderá aumentar a frequência de reajustes dos preços dos combustíveis, caso confirme uma avaliação preliminar de que as correções feitas pelo menos uma vez por mês não têm se mostrado suficientemente eficientes para acomodar a volatilidade.

A empresa reiterou que no primeiro trimestre deste ano, período avaliado no relatório, os preços praticados pela empresa estiveram sempre acima da paridade internacional, como determina a nova política da companhia.

Cemig (CMIG4)
A elétrica mineira Cemig anunciou um plano de desinvestimentos que inclui ativos que somam valor patrimonial de R$ 6,564 bilhões de reais, sendo que a empresa espera ter sucesso em no mínimo 50% do programa até o primeiro semestre de 2018, segundo fato relevante.

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As vendas de ativos, que terão como objetivo reduzir aceleradamente a enorme dívida da companhia, incluirão o negócio de geração da controlada Light, fatias nas transmissoras Taesa e Transmineira e as participações da empresa nas grandes hidrelétricas de Santo Antônio e Belo Monte. Na Taesa, a Cemig venderá 19% dos 31,5% que detém. Nas grandes hidrelétricas, buscará vender todas as participações.

A companhia também pretende se desfazer das subsidiárias de gás e telecomunicações, Gasmig e Cemig Telecom, e encontrar um sócio estratégico para a controlada de geração limpa Renova Energia.

O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Cemig, Cesar Vaz de Melo, disse que o objetivo do plano é reduzir a relação entre dívida líquida e geração de caixa da empresa a um patamar “aceitável” de 2,5 vezes, ante 4,21 vezes no final do primeiro trimestre de 2017.

Segundo ele, muitas das negociações pelos ativos já estão em estágio avançado, e em alguns casos já há propostas não vinculantes feitas por interessados.

“Não há dúvidas da administração da Cemig com relação à efetiva venda desses ativos. Agora sim com propostas que já estão maduras, negociadas e renegociadas”, disse Melo.

Também estão na lista de desinvestimentos pequenas hidrelétricas e subsidiárias com portfólio de projetos na área, como as usinas Cachoeirão, Pipoca e Paracambi e as subsidiárias Guanhães Energia, Brasil PCH e ESPRA.

Executivos da Cemig disseram que esperam receber ainda nesta semana uma proposta para entrada de um sócio estratégico em sua controlada Renova Energia, o que acabaria com a necessidade de injetar recursos na empresa.

Já a Light Energia, com ativos de geração, deve ser vendida para a Aliança, uma joint venture da Vale com a Cemig que opera uma série de hidrelétricas.

Em Santo Antônio e Belo Monte, que estão entre as maiores hidrelétricas do Brasil, a Cemig tem conversado com outros sócios dos empreendimentos para conduzir as vendas. Mas em Belo Monte a prioridade neste momento é resolver algumas pendências, como a venda de uma fatia da energia da usina que ainda está descontratada.

Além dessas operações, a Cemig pretende negociar com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a devolução da hidrelétrica de Itaocara. A empresa e a Light arremataram o projeto em leilão, mas não têm recursos para construir a usina.

OGPar (OGXP3)
Segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, exatamente três anos depois de entrar em recuperação judicial, a OGPar (ex-OGX) protocolou na Justiça do Rio de Janeiro um pedido para sair da recuperação.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.