Hypermarcas busca fusão com player nacional, diz jornal; 4 recomendações e mais 10 notícias

Confira os destaques corporativos desta terça-feira (25)

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – A temporada de resultados começa a esquentar nessa semana e, após o fechamento, teremos a divulgação dos números da Lojas Renner (LREN3) e da Engie Brasil (ENGI1). Já nesta manhã, atenção para novas notícias sobre a Hypermarcas, três revisões de recomendações, números da Kroton e da Helbor e mais destaques. Confira: 

Hypermarcas (HYPE3)

A Hypermarcas negou, na tarde de segunda-feira, que está em tratativas para ser vendida por um player estrangeiro. Porém, segundo o jornal Valor Econômico, a companhia está olhando oportunidades de fusão no país, preferencialmente com outro laboratório de capital nacional. Segundo uma fonte ouvida pelo jornal, a companhia já contratou bancos que podem auxiliá-la em uma eventual operação, entre os quais o Bradesco. Outra fonte comentou que a ideia é buscar um parceiro nacional para a combinação dos negócios. Procurada, a empresa não comentou o assunto.

Recomendações

O Itaú BBA elevou a recomendação do Santander Brasil (SANB11) de underperform para marketperform, de forma a incorporar novas premissas macroeconômicas e novo custo de capital. O preço-justo para a SANB11 ao final do ano é de R$ 27,00 por unit, de R$ 23,3 anterior. Segundo os analistas do banco, o Santander Brasil parece estar no caminho certo para reduzir gap de lucratividade com bancos privados brasileiros de grande capitalização. Já a Gafisa (GFSA3) teve a recomendação elevada para outperform pelo Bradesco BBI. 

Ainda no radar de recomendações, a Telefônica Brasil (VIVT4) foi iniciada com recomendação outperform pelo Safra, enquanto a Tim Participações (TIMP3) foi iniciada com recomendação neutra. 

Kroton (KROT3)

A Kroton teve alta de 10 por cento na captação de alunos de graduação presencial no primeiro trimestre sobre o mesmo período do ano passado, mas as rematrículas recuaram 4 por cento na mesma comparação, informou o maior grupo de educação superior privada do país nesta terça-feira.

No ensino a distância (EAD), a taxa de captação de alunos de graduação subiu 11 por cento nos dois três primeiros meses do ano, enquanto as rematrículas recuaram 1 por cento no mesmo período.

WEG (WEGE3)

A fabricante de motores elétricos e tintas industriais WEG anunciou nesta segunda-feira planos de entrar no mercado de energia eólica indiano e fabricar aerogeradores na fábrica de Hosur, na Índia.

A companhia pretende adequar a fábrica de motores e geradores no Estado indiano de Tamil Nadu, perto de Bangalore, para também fabricar aerogeradores de 2,1 megawatts (MW).

A empresa afirmou que sua unidade indiana estará apta para fornecer os equipamentos a partir de 2018. “Enquanto isso, a companhia iniciará atividades comerciais de captura de contratos de fornecimento e de desenvolvimento dos fornecedores locais”, afirmou a companhia em comunicado ao mercado.

 BRF (BRFS3)

A BRF informou a aprovação de linhas de trade finance PPE de US$ 150 milhões com Rabobank e Safra.

Helbor (HBOR3)

A Helbor divulgou prévia operacional do primeiro trimestre de 2017, com os lançamentos atingindo alta de 117%na comparação anual. As vendas contratadas totais foram de R$ 261,5 milhões, queda de 1,2% na base anual, enquanto as vendas contratadas parte Helbor foram de R$ 203,4 milhões, queda de 1,6% na base anual. 

Segundo o Bradesco BBI,  os cancelamentos de vendas não proporcionaram alívio, como também visto em outras empresas do setor.  As baixas margens devem prevalecer até que os estoques diminuam para níveis mais sustentáveis e ainda “há um longo caminho até que a lucratividade melhore”. Já o BTG Pactual apontou que os lançamentos e vendas foram em linha com as estimativas, com uma leve queda nas vendas sendo ofuscada por menores cancelamentos. O banco possui recomendação neutra para os papéis. 

Tenda

A Tenda informou que, a partir de 4 de maio de 2017, as ações de sua emissão passarão a ser negociadas no segmento básico da B3 – Brasil, Bolsa, Balcão (antiga BM&FBOVESPA), conforme aprovado em Assembleia Geral Extraordinária da Companhia realizada em 20 de fevereiro de 2017, às 12h. 

Embraer (EMBR3)
As ações da Embraer passarão a ser negociadas “ex-dividendos” a partir de terça-feira, por conta do anúncio do pagamento de dividendos de R$ 74,9 milhões, ou R$ 0,1019 por ação, a partir do dia 10 de maio. Terão direito ao provento os investidores que possuíam o papel em carteira nesta segunda-feira.

Usiminas (USIM5)
A Justiça negou nesta segunda-feira o pedido de liminar da Nippon Steel & Sumitomo metal, que buscava anular eleição na Usiminas, decidida em reunião do conselho de administração no dia 23 de março, segundo informações do Valor. A decisão foi proferida pela juíza Soraya Brasileiro Teixeira, da 2ª Vara Empresarial de Belo Horizonte. 

A ação da siderúrgica japonesa tinha como objetivo também cancelar a destituição de Rômel de Souza, presidente anterior da companhia e nome de confiança da Nippon Steel, além da escolha de Sérgio Leite, preferido da sócia Ternium/Techint, para o cargo. Em 11 de abril, a Nippon Steel disse confiar na volta de Rômel de Souza à Usiminas. 

Oi (OIBR3; OIBR4)
O ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Telecomunicações, Gilberto Kassab, disse nesta segunda-feira que a Medida Provisória para eventual intervenção do governo na Oi deve ser publicada nos próximos dias, segundo informações do jornal Valor Econômico.

Segundo ele, a MP prevê alternativas para a Oi solucionar sua dívida pública, citando como uma das opções a troca do pagamento das dívidas por investimentos, com a assinatura de um termo de ajustamento de conduta (TAC). 

Eletrobras (ELET3; ELET6)
O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, avaliou que o leilão de transmissão realizado nesta segunda-feira pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi muito bem sucedido, destacando a presença de players nacionais e internacionais no certame. 

“Pela primeira vez, tivemos competidores indianos, além de vários empreendedores locais, como Elektro, CTEEP e Equatorial”, disse Ferreira, em conversa com jornalistas após participação no I Fórum Espanha-Brasil, em São Paulo. O executivo ainda afirmou que os players que arremataram ativos são altamente qualificados, o que, em sua avaliação, garante que os investimentos no setor serão feitos.

Quanto aos lotes que não tiveram disputa – ao todo, dos 35 ativos que estavam no leilão, 31 foram arrematados -, Ferreira ponderou que alguns deles eram pequenos. “Talvez faça sentido juntar esses lotes (num leilão futuro)”, disse.

Lojas Marisa (AMAR3)
O conselho de administração da Marisa Lojas aprovou no domingo prorrogação de parceria na comercialização de seguros e assistência pela rede de varejo, um acordo que prevê pagamento antecipado de R$ 75 milhões divididos em duas parcelas, uma em março e outra em abril.

A aprovação ocorreu em reunião datada de 23 de março, mas divulgada apenas nesta segunda-feira, segundo comunicado enviado ao mercado. Também em março, o conselho aprovou antecipação de carteira de recebíveis do cartão private label Marisa em até 75 milhões de reais.

(Com Agência Estado, Reuters e Bloomberg)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.