Moody’s eleva rating da Vale; juros de R$ 350 milhões da Telefônica e resultados agitam a noite

Confira os principais destaques corporativos da noite desta segunda-feira (20)

Rodrigo Tolotti

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Noticiário começa a semana bastante agitado, com a temporada de resultados do quarto trimestre em reta final. A Vale teve seu rating elevado pela Moody’s, enquanto a Fitch manteve as notas da Lojas Americanas e B2W. Confira os principais destaques da noite desta segunda-feira (20):

Vale (VALE3; VALE5)
A agência de classificação de riscos Moody’s elevou nesta segunda-feira o rating da mineradora Vale para Ba2, ante Ba3 anteriormente, com perspectiva positiva, citando o aumento da resiliência operacional e da liquidez geral da empresa.

Segundo a Moody’s, a empresa teve uma “recuperação substancial das métricas de crédito” em 2016, apoiada por melhorias no perfil de produção da companhia e por sua estrutura de baixo custo, além de disciplina financeira em relação aos investimentos e dividendos.

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“A recuperação das métricas de crédito é também uma consequência do aumento dos preços das commodities, em especial do minério de ferro, que cresceu 81 por cento para fechar 2016 a 78,9 dólares/tonelada”, afirmou a Moody’s, em um comunicado.

A agência destacou que a mineradora, maior produtora global de minério de ferro, tomou uma série de iniciativas para reduzir alavancagem, incluindo a venda de ativos não essenciais. “Esperamos que a alavancagem da Vale declinará ainda nos próximos 12-18 meses… uma vez que a empresa continua adotando medidas de redução de custos e de capex”, afirmou.

Ainda segundo o documento, a Moody’s explicou que a classificação de risco da Vale reconhece a abordagem mais focada e disciplinada da empresa para o desenvolvimento de projetos, alocação de capital, redimensionamento de sua carteira de ativos e foco na redução de custos. De acordo com a agência, as medidas posicionam a empresa para resistir à volatilidade nos preços dos seus principais produtos.

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Qualicorp (QUAL3)
A Qualicorp encerrou o quatro trimestre de 2016 com lucro líquido de R$ 78,4 milhões, uma alta de 27,6% ante os R$ 61,4 milhões de um ano antes. No acumulado do ano, por sua vez, o lucro avançou 74,6%, passando de R$ 240,9 milhões para R$ 420,6 milhões.

A receita líquida da companhia subiu 10,8% no quarto trimestre, fechando em R$ 515,5 milhões, enquanto no anualizado o resultado ficou em R$ 1,96 bilhão, um avanço de R$ 13,5%. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 200,6 milhões – alta de 27,5% em um ano – e em R$ 789,1 milhões em 2016 – 16,7% maior que no ano anterior.

Lojas Americanas (LAME4) e B2W (BTOW3)
A agência de classificação de risco Fitch reafirmou os ratings nacionais de longo prazo da Lojas Americanas e da subsidiária B2W em “AA-(bra)”, com perspectiva estável.

“Os ratings da Lojas Americanas permanecem suportados pela resiliência de sua geração de caixa e margens testadas ao longo de vários anos em cenários econômicos diversos; pela posição competitiva de seus negócios no setor brasileiro de varejo; além da moderada alavancagem, saudável liquidez e satisfatória flexibilidade financeira”, afirma a agência.

Telefônica Brasil (VIVT4)
O Conselho de Administração da Telefônica aprovou nesta segunda a distribuição de juros sobre capital próprio relativo ao exercício social de 2017, no valor bruto de R$ 350 milhões.

O montante representa R$ 0,16522009240 por ação ordinária e R$ 0,18174210164 por papel preferencial. O pagamento será feito com base na posição acionária do dia 30 de março, com as ações passando a negociar na forma “ex” a partir de 31 de março.

Direcional (DIRR3)
A Direcional encerrou o quatro trimestre de 2016 com prejuízo líquido de R$ 64,81 milhões, revertendo um lucro de R$ 30,82 milhões um ano antes. No acumulado do ano, por sua vez, a companhia também reverteu o lucro, que foi de R$ 123,64 milhões em 2015, para prejuízo de R$ 11,86 milhões.

A receita líquida da companhia caiu 36% no quarto trimestre, fechando em R$ 254,5 milhões, enquanto no anualizado o resultado ficou em R$ 1,36 bilhão, uma queda de R$ 13,5%. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou negativo em R$ 42,83 milhões – ante Ebitda positivo de R$ 62,29 milhões nos três últimos meses de 2015 – e R$ 87,90 milhões em 2016 – 65,8% menor que no ano anterior.

PetroRio (PRIO3)
A PetroRio informou a conclusão de 100% do capital da Brasoil do Brasil Exploração Petrolífera (Brasoil) por uma subsidiária da PetroRio. A Brasoil é uma sociedade holding, detentora indireta de participação de 10% sobre os direitos e obrigações do contrato de concessão do Campo de Manati, o qual produz atualmente 4,3 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia (aproximadamente 27 mil barris de óleo equivalente por dia), figurando como 8º maior campo produtor de gás natural do Brasil.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.