6 altas em 7 pregões e 68 mil pontos: até quando o Ibovespa vai continuar subindo?

O otimismo com o Brasil é evidente, seja nas projeções econômicas ou com o cenário político mais tranquilo, mas, a cada alta, mais próximo da realização o mercado fica

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O Ibovespa chegou nesta quarta-feira (15) a sua sexta alta nos últimos sete pregões e por um breve momento superou o patamar de 68 mil pontos, algo que não acontece desde março de 2012. O otimismo com o Brasil é evidente, seja nas projeções econômicas ou com o cenário político mais tranquilo, mas a cada nova alta, os investidores se perguntam se estaríamos mais próximos de uma realização.

 Sem perder o otimismo, o analista Marco Saravalle, da XP Investimento, diz que tem indicado aos clientes se proteger um pouco mais neste momento. “A queda vai vir logo, o mercado precisa realizar, mas por enquanto não temos este gatilho, e mesmo quando isto acontecer, se tudo se mantiver, o cenário ainda será de alta”, afirma.

Ele ressalta que quase 40% do upside projetado pela corretora em 2017 aconteceu apenas nestes dois meses, e isto é mais um indicativo de que estamos próximos de uma correção. Atualmente, a XP projeta o Ibovespa em 73.500 pontos ao final deste ano. Saravalle ressalta que o momento atual tem ajudado para a chamada “governabilidade” de Temer, trazendo a percepção de que o governo vai conseguir aprovar as medidas importantes no Congresso. 

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Analistas têm apontado nas últimas semanas o forte otimismo do investidor estrangeiro com o Brasil e as recomendações para o país tem melhorado consideravelmente com evolução nas projeções para a economia e boas expectativas de apoio para o governo no Congresso. Diante disso, os estrangeiros seguem investindo no país, o que tem levado não só a Bolsa a subir, mas o dólar a cair forte, na contramão do que acontece no resto do mundo.

Saravalle reforça ainda a queda dos juros, fator muito importante para as companhias brasileiras. Segundo ele, a temporada de resultados deve mostrar bons números e a expectativa de uma Selic mais baixa vai ajudar as empresas, que segundo ele ainda estão muito alavancadas.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.