Iminente alta de combustíveis pela Petrobras, as ações preferidas do Itaú BBA para 2017 e mais 10 notícias

Confira os destaques do noticiário corporativo desta quarta-feira (4)

Lara Rizério

(Foto: Bloomberg)

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quarta-feira é bastante movimentado, com destaque para a expectativa de aumento de preços de combustíveis pela Petrobras. Contudo, outras notícias são destaque, como o relatório do Itaú BBA sobre ações brasileiras e os dados operacionais da CVC, além de assembleias de acionistas da Petrobras e Vale. Confira os destaques desta quarta-feira (4):

Petrobras (PETR3PETR4)
Em comunicado enviado ao mercado, a Petrobras informou a data em que realizarão suas respectivas Assembleias Gerais Ordinárias de 2017. A estatal confirmou a reunião para 27 de abril, sem informar o assunto que será tratado na assembleia.

Porém, outro assunto está no radar da companhia: a expectativa pelo aumento de preços de combustíveis já nos próximos dias. Ontem, os papéis ON fecharam em alta de 6,35% e os ativos PN tiveram ganhos de 5,73%, com o mercado esperando alta nos preços na próxima reunião do  Grupo Executivo de Mercados e Preços da estatal, que pode ocorrer entre os dias 6 e 10 deste mês. Todas as decisões sobre reajuste de preços vêm acontecendo desde outubro na primeira quinzena do mês. Veja mais clicando aqui. De acordo com o Credit Suisse, o preço da gasolina provavelmente subirá no primeiro trimestre do ano, o que deve impactar as estimativas de inflação (veja mais aqui). 

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Ações brasileiras: perspectiva positiva
O Itaú BBA destacou que o cenário para ações do Brasil segue positivo, mesmo após o MSCI Brazil ter gerado um retorno em dólar de 61% em 2016, ante 28% para o MSCI LatAm. As ações brasileiras continuam sendo uma das recomendações com alocação overweight, a despeito de Itaú BBA considerar que próxima pernada de alta poderá levar algum tempo. A postura otimista leva em conta as reformas fiscais, entre elas a aprovação sem grandes mudanças na proposta original para Previdência, alívio monetário e alavancagem operacional, que deve levar a revisões de lucros no 2º semestre. A equipe de analistas ressalta que a ausência de boas notícias no front das reformas e novas fases da Lava Jato podem limitar ganhos do mercado no início do ano.

As principais ideias compradas: AGRO, SLCE3, BBDC4, BBSE3, RAPT4, CVCB3, HYPE3, SMLE3, ABEV3, BEEF3, FLRY3, RADL3, PETR4, BRKM5, MRVE3, MULT3, VALE5, VIVT4, TOTS3, ECOR3, EMBR3, ALUP11, CSMG3, ENBR3 e SBSP3. Já as principais ideias vendidas são: OFSA3, SANB11, POMO4, MILS3, NATU3, MDIA3, ODPV3, BRPR3, EVEN3, CSNA3, USIM5, GOLL4, EGIE3 e TIET11. 

Arezzo (ARZZ3)
O Credit Suisse elevou as ações da Arezzo de neutro para outperform, de olho no valuation da companhia. Os analistas apontam que a empresa sofreu bastante desde meados de outubro do ano passado e as acoes caíram quase 20% desde o pico registrado em 20 de outubro.O resultado do terceiro trimestre, de acordo com os analistas, foi decente e “acreditamos que a Arezzo é a empresa mais bem posicionada dentro da industria de calçados e acessórios”, avaliam. De acordo com o Credit, a companhia o parece estar colhendo os frutos de várias inciativas que foram implementadas nos últimos anos e tem conseguido ganhar participação de mercado. 

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Itaú Unibanco (ITUB4)
De acordo com a coluna do Broad, do jornal O Estado de S. Paulo, o Itaú Unibanco analisa a possibilidade de abrir a sua plataforma de investimentos, o que significa oferecer a seus clientes produtos de outras casas, como Certificado de Depósito Bancário (CDB) e fundos de investimento. Contudo, a coluna informa que há um dilema. De um lado, teria mais força para manter os investimentos dos correntistas de alta renda dentro de casa, quando grandes bancos travam forte disputa por este público. Do outro, a abertura colocaria ponto final em taxas de administração mais altas. 

Vale (VALE3; VALE5)
Em resposta a notícia veiculada na imprensa sobre expectativas pela retomada das operações da controlada Samarco, a mineradora informou que ainda não obteve a anuência junto aos órgãos governamentais e que não é possível precisar uma data para a volta às atividades após o trágico acontecimento em Mariana (MG). Sobre o plano de a Samarco retomar operações com cerca de 60% da capacidade, a companhia respondeu a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que a estratégia já havia sido comunicada em dezembro de 2016. A Vale também comunicou os investidores que está prevista para 20 de abril a realização de assembleia geral ordinária.

BTG Pactual (BBTG11)
Segundo informações do jornal Valor Econômico, depois de desistir de comprar 100% do banco Banif Brasil em agosto, o BTG está em negociações para adquirir uma série de ativos da instituição financeira portuguesa. Na última terça-feira, o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou, sem restrições, a ‘potencial’ compra de pelo menos 36,19% das ações do capital votante da incorporadora LDI Desenvolvimento Imobiliário, da Banif.

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Educacionais
O Ministério da Educação fixou prazos de validade dos atos de credenciamento e recredenciamento de instituições de educação superior. A decisão consta em nova portaria publicada no Diário Oficial, que anula o documento anterior, de 4 de janeiro do ano anterior.

Braskem (BRKM5)
Em resposta após notícia do jornal O Estado de S. Paulo sob o título “Braskem tentará levantar pelo menos US$ 500 mi com emissão no exterior”, a Braskem afirmou que “constantemente acompanha os mercados de capitais local e internacional e suas oportunidades de acesso para financiamento, refinanciamento e alongamento de seu perfil de endividamento”.

A companhia disse que as oportunidades são analisadas pela administração em conjunto com seus assessores, para avaliar se enquadram no perfil buscado por ela. “Nesse contexto, a companhia vem estudando, dentre diversas alternativas que se apresentam, a possibilidade da captação no mercado internacional, sem, contudo, que haja nesse momento qualquer decisão interna aprovando a emissão”, disse a Braskem.

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Além disso, a companhia corrigiu as informações da matéria sobre os saldos de bônus que vencerão em 2017 e 2018, que são, respectivamente, US$ 56,7 milhões e US$ 135,5 milhões conforme últimas informações trimestrais divulgadas e não US$ 72 milhões e US$ 234 milhões, como divulgado pela matéria.

Banco Pine (PINE4)
O Banco Pine informou que seu conselho de administração decidiu não pagar dividendos nem juros sobre capital próprio referentes ao resultado do quarto trimestre. Vale ressaltar que no terceiro trimestre, a instituição reverteu um lucro de R$ 5 milhões registrados em 2015 para um prejuízo de R$ 7 milhões no período entre julho e setembro.

Além disso, em novembro, o Pine afirmou que estuda realizar uma OPA (Oferta Pública de Aquisição) para cancelar seu registro como companhia aberta. Mesmo assim, na ocasião, a empresa também deixou claro que “até o momento não há qualquer definição sobre o assunto”.

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“As estratégias para condução do negócio da Companhia estão sendo avaliadas pela sua administração, e não serão divulgadas neste momento a fim de preservar as opções existentes para a Companhia e a possibilidade de alcançar a melhor alternativa. Importa frisar que, até a presente data, não há qualquer definição sobre o fechamento de capital da Companhia”, disse o banco em comunicado no dia 14 de novembro.

CVC Brasil (CVCB3)
A CVC Brasil, maior operadora de turismo do país, teve crescimento de 13,4% nas reservas confirmadas no quarto trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 1,5 bilhão. Incluindo o desempenho de Submarino Viagens e da RexturAdvance, as reservas confirmadas do Grupo CVC somaram R$ 2,275 bilhões, alta anual de 8,5%.

De acordo com a companhia, esse crescimento foi ocasionado, principalmente, pelo forte crescimento das vendas nas mesmas lojas e pela recuperação das reservas do segmento internacional. “A partir do terceiro trimestre, a taxa de câmbio estabilizou, facilitando o acesso a viagens para o exterior”, destacou o vice-presidente administrativo, de finanças e de relações com investidores do Grupo CVC, Luiz Fernando Fogaça.

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O crescimento de vendas medido pelas reservas confirmadas do segmento internacional alcançou 53,2% no último trimestre de 2016 em relação ao mesmo período do ano anterior. 

No caso das vendas de mesmas lojas, houve expansão de 10,7%, que o executivo atribuiu a investimentos em tecnologia e foco na venda de produtos auxiliares, como seguro, aluguel de carro, ingressos, entre outras novas receitas. As reservas embarcadas da CVC aumentaram 4,8% e o número de passageiros embarcados cresceu 8,6%.

No ano, as reservas confirmadas da CVC subiram 6,5%, para R$ 5,54 bilhões, enquanto o Grupo CVC, que inclui os dados de Submarino Viagens e RexturAdvance, teve alta de apenas 1,5%, para R$ 8,76 bilhões. Para 2017, a expectativa da companhia é de números melhores se forem confirmadas as expectativas de um desempenho positivo da economia brasileira. “A expectativa é de que seja melhor do que 2016 em função da economia…se o PIB não for negativo, já ajuda”, afirmou Fogaça.

O BTG Pactual considerou os resultados positivos, confirmando uma execução sólida da companhia. Os analistas do banco mantém recomendação de compra para as ações a um preço-alvo de R$ 31 por ação, considerando uma de suas top picks. 

Renova (RNEW11)
A Renova Energia, braço de investimentos em geração renovável da mineira Cemig, afirmou nesta terça-feira que até o momento não existe qualquer decisão formal sobre venda de ativos, após a Reuters noticiar na véspera que a companhia negocia a venda de um parque eólico na Bahia para a subsidiária brasileira da norte-americana AES.

Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a AES Brasil já concluiu uma due diligence da usina e apresentou uma proposta na semana passada, em um negócio que pode envolver entre 600 milhões e 700 milhões de reais.

A Renova esclareceu ainda que tem avaliado diversas opções para reduzir seu endividamento e adequar seu plano de negócios, dentre as quais a venda de ativos ou a entrada de novos sócios na companhia.

Iochpe-Maxion (MYPK3)
A Iochpe-Maxion afirmou que vem mantendo tratativas com os demais atuais acionistas das suas joint ventures do setor ferroviário Amsted-Maxion Fundição e Equipamentos Ferroviários e Amsted-Maxion Equipamentos e Serviços Ferroviários, visando principalmente a uma possível nova capitalização nas referidas joint ventures por um dos demais atuais acionistas.

De acordo com o comunicado, como resultado da possível nova capitalização, Amsted-Maxion Hortolândia receberia um novo aporte de capital no valor de US$ 20 milhões e a Amsted-Maxion Fundição receberia novo aporte de capital no valor de US$ 3,25 milhões.

(Com Bloomberg, Reuters e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.