Santander estuda oferta única por Citi Brasil e Argentina; confira mais 11 notícias no radar

Confira o que é destaque no noticiário corporativo desta quarta-feira (14)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário desta quarta-feira (14) é bastante movimentado na pauta corporativo. Em destaque, está a volta dos irmãos Batista para o comando do grupo JBS, a condenação da CVM aos ex-executivos da ex-HRT, atual PetroRio e a notícia de que o Previ também venderá sua fatia na CPFL. Confira o que é destaque no noticiário corporativo de hoje: 

Santander e Citi 
De acordo com informações do jornal argentino El Cronista, o Santander estuda proposta em bloco pelos ativos do Citi para o Brasil e para a Argentina. Segundo o jornal, executivos do banco foram para Nova York para fazer a oferta. 

JBS
A Justiça federal de Brasília autorizou na noite de terça-feira (13) a volta do empresário Wesley e Joesley Batista para o comando das empresas do grupo J&F, dono da JBS (JBSS3). Assim, Wesley volta à presidência da JBS. A decisão foi tomada depois que o grupo J&F e o Ministério Público chegaram a um acordo para o depósito de R$ 1,5 bilhão em garantias para a liberação dos executivos. 

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Os dois tinham sido afastados de suas funções no âmbito da Operação Greenfield, que investiga indícios de irregularidades nos investimentos de fundos de pensão. Eles fazem parte da lista de 40 pessoas que estão sendo investigadas pelas autoridades e tiveram mandados de condução coercitiva contra si expedidos na semana passada. Os procuradores do Ministério Público Federal apontaram em relatório que embasou a Greenfield esquemas de superavaliação que envolveram as empresas de papel e celulose do grupo J&F, à época Florestal e Eldorado. Os fundos de pensão Funcef e Petros teriam saído prejudicados das operações. Segundo a decisão da Justiça que determinou o afastamento dos irmãos da J&F, esses esquemas teriam sido montados por eles.

Eletrobras
O valor mínimo de alienação das 76.761.267 ações ON da Eletrobras (ELET3;ELET6) será de R$ 912,7 milhões, incluído valor referente à oferta aos empregados e aposentados da Celg Distribuição, segundo resolução publicada no Diário Oficial. 

Com o valor mínimo anterior de R$ 1,43 bilhão para fatia da Eletrobras na Celg-D, incluído o valor referente à oferta aos empregados e aposentados, o leilão anterior para venda da distribuidora não teve interessados. Na hipótese de a CelgPar decidir também pela alienação de ações de sua titularidade conjuntamente com a Eletrobras, o preço mínimo da Celg D detida pela Eletrobras e pela CelgPar passará a ser de R$ 1,71 bilhão, ante R$ 2,67 bilhões previstos anteriormente.

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Linx
O Conselho da Linx (LINX3) aprovou oferta de 24 milhões de novas ações ON. A oferta pública de distribuição primária terá esforços restritos de colocação, segundo comunicado. A oferta restrita tem como público-alvo, “exclusivamente”, acionistas da cia., no caso da oferta prioritária, e, caso haja ações remanescentes, investidores profissionais. “Não será admitida distribuição parcial no âmbito da oferta restrita”.

“Caso não exista demanda para a subscrição da totalidade das ações ofertadas no âmbito da oferta restrita pelos acionistas e pelos investidores institucionais até a data de conclusão do procedimento de bookbuilding, a oferta restrita será cancelada”

Segue o cronograma: a fixação do preço por ação será em 26 de setembro; o início das negociações das novas ações na BM&FBovespa será em 28 de setembro e a companhia pretende utilizar os recursos “para realizar novas aquisições de empresas que viabilizem a implementação de sua estratégia de crescimento”. O BTG Pactual é o coordenador-líder da oferta.

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CPFL
O Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, deve seguir a Camargo Corrêa na venda de fatia na CPFL Energia (CPFE3) ao grupo chinês, disse ao Valor Econômico, Gueitiro Genso, presidente do fundo. Porém, ainda não há nada assinado, disse Genso ao jornal.

“Houve reunião na semana passada e caminhamos para a venda Previ pode levantar R$ 7,28 bilhões com venda de toda a fatia na CPFL”. O fundo detém 29,4% na CPFL.

O Previ também avalia listar Neoenergia na bolsa até o segundo trimestre do ano que vem, disse Genso ao jornal. Vale ressaltar que, em 2 de setembro, a chinesa State Grid comprou fatia de 23,6% da Camargo Corrêa na CPFL por R$ 5,9 bilhões.

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PetroRio
A CVM condenou ex-executivos da HRT, atual PetroRio (PRIO3) por insider trading. O processo instaurado pela Superintendência de Relações com o Mercado e Intermediários da CVM apurou responsabilidade de Antônio Carlos Sobreira de Agostini, Eduardo de Freitas Teixeira, John Milne Albuquerque Forman e Maria Emília Rocha Mello de Azevedo Salgado pelo suposto uso de informação privilegiada na negociação de ações da companhia antes da divulgação de fatos relevantes relacionados à exploração de poços offshores situado na Namíbia em 2013.

A SMI constatou que investigados venderam quantidade significativa de ações nesses períodos, diz CVM. O fato de terem sido administradores simultaneamente na HRT, atualmente PetroRio, evidencia que os 4 investigados eram conhecidos entre si, segundo a CVM.

“Além disso, eles foram colegas de outros administradores que permaneceram na companhia, o que revelaria uma relação próxima entre os investigados e os administradores da HRT à época da publicação dos fatos relevantes”

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Condenações: Antônio Carlos Sobreira de Agostini – multa de R$ 456.560, correspondente a 2 vezes a perda evitada; John Milne Albuquerque Forman – multa de R$ 338.500, correspondente a 2 vezes a perda evitada. 

O colegiado da CVM ainda decidiu, por unanimidade, absolver John Milne Albuquerque Forman, Eduardo de Freitas Teixeira e Maria Emília Rocha Mello de Azevedo pelas demais negociações envolvendo ações da HRT.

Os acusados poderão apresentar recurso com efeito suspensivo ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.

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Oi
A Pharol comunica acordo com Société Mondiale sobre AGEs de 8 de setembro da Oi (OIBR4). A Bratel, 100% controlada da Pharol, celebrou acordo com Société Mondiale Fundo de Investimento em Ações sobre convocação e realização das assembleias extraordinárias da Oi convocadas para 8 de setembro, disse a Pharol em comunicado junto à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, reguladora do mercado em Portugal.

“Em resultado deste acordo, ficam extintos todos os processos judiciais intentados pela Société Mondiale relacionados com a convocação das referidas assembleias”, afirmou. “Também em consequência do mesmo acordo a Société Mondiale está a requerer nesta data, a desconvocação das assembleias junto do Presidente do Conselho da Administração da Oi”, encerra o comunicado.

A Oi ainda informou que o Bank of America Merrill Lynch passou a deter 5,20% do total de ações preferenciais. 

Vale
Segundo matéria da Bloomberg, a mina de minério de ferro da Samarco, joint venture entre a Vale (VALE3;VALE5) e a BHP, está enfrentando custos mais elevados do que anteriormente calculados após o rompimento da barragem em Minas Gerais, depois de uma juiza determinar avaliações independentes dos danos, de acordo com Eduardo Aguiar, do Ministério Público Federal.

A companhia terá que financiar 3 estudos independentes a serem entregues à juiza Rosilene Maria Clemente, disse Aguiar em entrevista por telefone na terça-feira para a agência. Aguiar é um dos 4 procuradores que buscam derrubar um acordo assinado entre as empresas e o governo, em março. Ele disse que sua equipe irá selecionar especialistas para realizar os estudos, com resultados a serem entregues em cerca de 60 dias

A quantidade de dinheiro que as companhias vão pagar e os períodos de compliance podem mudar significativamente, disse ele. “É muito provável que cheguemos a um novo número que seja maior do que aquele pensado no primeiro acordo”. A Vale e BHP se recusaram a comentar e a Samarco não respondeu aos pedidos. 

Fleury
A Fleury (FLRY3) teve a recomendação iniciada com neutra pelo Credit Suisse e preço-alvo de R$ 42,00.

Minerva
A Minerva (BEEF3) teve a recomendação reiniciada pelo Santander com compra e preço-alvo de R$ 15,00. De acordo com os analistas do banco, há cinco motivos para tanto: um bom potencial de valorização frente o preço atual, valuation atrativo, expectativo de crescimento dos lucros, dinâmica favorável da indústria e forte posição no mercado. 

Hypermarcas
O  Cade julga acordo da Hypermarcas (HYPE3) com a Reckitt Benckiser hoje às 10h (horário de Brasília). 

Aliansce
Os acionistas da Aliansce Shopping Centers (ALSC3) aprovaram ontem em assembleia a aquisição de uma fatia de 25,1% do Shopping Leblon, por meio de sua subsidiária Vivaldi. O montante a ser pago pela participação é de R$ 309,9 milhões. 

(Com Bloomberg e Agência Estado)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.