Sabesp dobra lucro no 2º tri e Cesp vê lucro cair 60%; mais 4 resultados no radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta sexta-feira (12)

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O fim da semana também marca o penúltimo dia da temporada de resultados do segundo trimestre, e diversas companhias seguem divulgando seus números do período entre abril e junho. Na noite desta sexta-feira (12), chama atenção os balanços da Cesp, Saraiva e a imobiliária Tecnisa. Confira os destaques:

Sabesp (SBSP3)
A Sabesp registrou lucro líquido de R$ 797,5 milhões no segundo trimestre, resultado mais de duas vezes maior que os R$ 337,3 milhões de um ano antes. Enquanto isso, as receitas de venda de bens e serviços da companhia cresceu 22% no período, somando R$ 3,4 bilhões, ao passo que os custos e despesas cresceram 19%, para R$ 1,74 bilhão.

A empresa teveuma variação positiva em R$ 251,9 milhões nas despesas com variações cambiais sobre empréstimos e financiamentos por conta da maior desvalorização do dólar frente ao real no segundo trimestre deste ano frente ao mesmo período do ano passado.

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Cesp (CESP6)
A Cesp terminou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 101,3 milhões, uma queda de 61,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. Já a receita da companhia caiu 37,4%, para R$ 467,9 milhões, enquanto o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) ficou em R$ 164,4 milhões, uma queda de 67,2% em um ano.

Segundo a companhia, a forte queda das receitas aconteceu depois do térmico das concessões das hidrelétricas Jupiá e Ilha Solteira, em 7 de julho do ano passado. Com isso, a empresa deixou de contar com a energia das usinas pelo regime de preços. Ela passou a contar com uma receita transitória como operadora das usinas, decorrente da venda de energia para o mercado regulado, pelo regime de cotas.

MMX Mineração (MMXM3)
A MMX registrou lucro líquido de R$ 5,1 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 50,1 milhões no mesmo período do ano passado. A companhia, que está em recuperação judicial, está com as operações de extração de minério suspensas no Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais devido às complicadas condições financeiras da empresa e do mercado.

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O lucro da mineradora veio principalmente das receitas financeiras de R$ 19,3 milhões no trimestre, 56,6% maiores que os R$ 12,3 milhões do segundo trimestre do ano passado. Enquanto isso, as despesas financeiras caíram 49,3%, passando de R$ 23,4 milhões no segundo trimestre do ano passado para R$ 11,8 milhões entre abril e junho deste ano.

Tecnisa (TCSA3)
A construtora Tecnisa teve prejuízo líquido de R$ 91,81 milhões entre abril e junho, revertendo o lucro líquido de R$ 31,34 milhões um ano antes. Já a receita líquida da companhia caiu 72,7%, para R$ 100,53 milhões. A queda das vendas brutas da empresa levou à redução da receita no segundo trimestre e da reversão do lucro líquido.

No segundo trimestre, as despesas gerais e administrativas da companhia caíram 38%, para R$ 28 milhões, com um consumo de caixa de R$ 3,28 milhões. A Tecnisa informou também que teria geração de caixa de R$ 79,7 milhões se considerada a redução de R$ 83 milhões da dívida líquida dos projetos consolidados por equivalência patrimonial.

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Viver (VIVR3)
A Viver registrou um prejuízo líquido de R$ 74 milhões no segundo trimestre, uma alta de 9,6% em relação ao resultado negativo de R$ 67,5 milhões do mesmo período de um ano antes. Já as despesas financeiras atingiram R$ 41 milhões, alta de 68,2%, sendo que a piora no resultado financeiro, por sua vez, refletiu a baixa financeira de dívidas capitalizadas, alta alavancagem e provisões para demandas judiciais de clientes.

Enquanto isso, a receita da empresa caiu 9,1% para R$ 23,2 milhões no segundo trimestre, refletindo a ausência de lançamentos e redução de estoque de receita a apropriar no período.

Saraiva (SLED4)
A Saraiva registrou um prejuízo líquido de R$ 15 milhões no segundo trimestre, uma melhora de 74,7% menor ante o resultado negativo de R$ 23 milhões do mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, esta redução do prejuízo reflete os menores desembolsos com despesas operacionais, que caíram 3,3% no trimestre para R$ 133 milhões.

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Na mesma base de comparação, a receita caiu 4,7%, para R$ 371 milhões. Ainda de acordo com a empresa, a receita do mesmo período de 2015 foi melhor porque contou com um forte desempenho de vendas de livros de colorir.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.