Cielo tem lucro bilionário; auditoria interna no BB e coreano vendendo ações da Saraiva agitam o radar

Confira os principais destaques corporativos da noite desta segunda-feira (1)

Rodrigo Tolotti

Prédio da Cielo

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SÃO PAULO – A temporada de resultados começa a semana agitando o noticiário com mais alguns balanços do segundo trimestre superando a expectativa do mercado. Mas a noite desta segunda-feira (1) ainda tem no radar novidades envolvendo uma auditoria interna no Banco do Brasil e venda de ações na Saraiva. Confira os destaques:

Banco do Brasil (BBAS3)
O Banco do Brasil informou que fará uma auditoria interna imediatamente para averiguar possíveis desvios de recursos em contratos com fornecedores de softwares e serviços de informática. No comunicado, o BB afirma “que o Conselho Diretor determinou a realização imediata de auditoria interna, além de constituir um grupo de acompanhamento composto pelas diretorias Jurídica, Suprimentos Corporativos e Patrimônio, Segurança Institucional e Tecnologia”.

A coordenação será da vice-presidência de Controles Internos e Gestão de Riscos, que avaliará todas as medidas a serem adotadas, inclusive eventual necessidade de divulgação de fato relevante.

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Cielo (CIEL3)
A Cielo apresentou uma alta de 12,8% em seu lucro líquido do segundo trimestre, atingindo R$ 1,06 bilhão, enquanto a receita líquida consolidada ficou em R$ 3,07 bilhões, um aumento de 9,8% ante o mesmo período do ano passado. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) encerrou o trimestre em R$ 1,35 bilhão, queda de 0,5% em relação a um ano antes.

Em comunicado, a empresa disse que “o acréscimo na receita líquida está relacionado a contínua expansão dos negócios do grupo Cielo, incluindo as receitas oriundas do Arranjo Ourocard na Cateno, as vendas de recarga de celular pela M4U e o efeito da apreciação do dólar na receita gerada nos EUA, da controlada Me-S, parcialmente compensado pela redução da taxa bruta de desconto (Gross MDR) na controladora”.

Qualicorp (QUAL3)
A Qualicorp encerrou o segundo trimestre com lucro líquido atribuído aos sócios da empresa controladora de R$ 66,1 milhões, o que representa uma queda de 1,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comunicado, a empresa lembrou que os números de 2015 haviam sido afetados pela venda da Potencial, no valor de R$ 45,7 milhões, o que prejudica a comparação.

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Enquanto isso, a receita líquida da empresa cresceu 16,5% no trimestre, a R$ 472,6 milhões, ficando acima dos R$ 452,6 milhões projetados pelo analistas consultados pela Bloomberg. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) recuou 5,4%, a R$ 175,3 milhões, enquanto o Ebitda ajustado avançou 15,5%, para R$ 192,2 milhões.

MDias Branco (MDIA3)
A fabricante de alimentos M. Dias Branco, dona das marcas Adria e Basilar, registrou lucro líquido de R$ 184 milhões no segundo trimestre, uma queda de 3,5% em relação ao mesmo período de 2015. Por outro lado, o resultado ficou acima dos R$ 155,8 milhões projetados pelos analistas consultados pela Bloomberg. 

A companhia lembra ainda que o balanço do segundo trimestre de 2015 foi levemente melhor do que o deste ano em decorrência de um reconhecimento de créditos tributários relativos a PIS e Cofins incidentes sobre importações.

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Enquanto isso, a receita líquida da companhia cresceu 18%, para R$ 1,32 bilhão, em reflexo do aumento de 8,8% nas vendas. Por outro lado, houve um crescimento de 22,9% nas despesas operacionais, incluindo uma perda de R$ 7 milhões em gastos não recorrentes.

Duratex (DTEX3)
O lucro líquido da Duratex caiu 98,1% em ano, ficando em R$ 723 mil no segundo trimestre, enquanto a receita líquida aumentou 4,9%, para R$ 1,013 bilhão, no mesmo período. A companhia teve queda de 2,8% na receita no mercado interno, e alta de 50,5% no externo. Já a geração de caixa medida pelo Ebitda caiu 13,5%, para R$ 210,45 milhões.

Cemig (CMIG4)
A Cemig aprovou a contratação do Itaú BBA para a prestação de assessoria financeira, visando desenvolver e propor um modelo de negócios que viabilize a capitalização da Casmig (Companhia de Gás de Minas Gerais), de modo a financiar seu plano de obras e ampliar o seu atendimento ao mercado de Minas Gerais.

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Saraiva (SLED4)
A Saraiva informou que o fundo GWI Asset Management reduziu sua participação em ações preferenciais da companhia para 38,55%. No dia 31 de maio, a GWI afirmou que detinha 44,9% dos papéis, o que representava 17.079.432. Ou seja, desde então, o fundo vendeu 2.415.466 ações preferenciais da Saraiva.

Segundo o fundo, o objetivo de sua participação na empresa é unicamente de investimentos. Vale lembrar que a Saraiva enfrenta uma disputa societária que na última semana levou a mudanças em seu conselho de administração e fiscal.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.