Petrobras é elevada pelo JP e Conselho adia decisão sobre Parente; recomendações e mais no radar

Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (24)

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O noticiário político continua movimentado, em um dia em que o mercado aguarda por novidades na economia com anúncios de medidas pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Além disso, o noticiário segue movimentado para a Petrobras. Confira os destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (24):

Petrobras
O Conselho de Administração da Petrobras (PETR3;PETR4se reuniu ontem (23) extraordinariamente para apreciar a indicação do executivo Pedro Parente para a presidência da estatal, mas não tomou nenhuma decisão. Além do comando da estatal, Parente também foi indicado pelo presidente interino Michel Temer para presidir o Conselho de Administração. Em nota ao mercado divulgada após a reunião, a Petrobras anunciou apenas que o Comitê de Remuneração e Sucessão informou ao Conselho de Administração que está em andamento uma “avaliação dos requisitos necessários para a investidura nos cargos indicados, bem como, sobre todos os demais procedimentos de governança corporativa, conformidade e integridade necessários ao processo sucessório”. Segundo o Valor Econômico, o Conselho voltará a deliberar sobre o assunto no próximo dia 30. 

Além disso, o JPMorgan elevou a recomendação para as ações da Petrobras de underweight (exposição abaixo da média) para neutra; o preço-alvo das ações foi elevado de R$ 12,00 para R$ 15,00 e dos ADRs (American Depositary Receipts) foi elevado de US$ 5,80 para US$ 7,40. 

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Ainda no radar da estatal, o petroleiro Victor Geraldo Brito, 29 anos, morreu na tarde de ontem (22), na plataforma Cherne 2 (PCH-2), na Bacia de Campos, no norte fluminense. Auxiliar de movimentação de cargas da empresa RIP Serviços Industriais, a vítima caiu de uma altura de 12 metros e não resistiu ao impacto. O Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) será representado pelo diretor Wilson Reis na comissão de investigação do acidente. Ele embarca nesta terça-feira (24) para a unidade marítima, de modo a acompanhar as causas do acidente.

BTG Pactual
Cingapura emitiu nesta terça-feira uma ordem de fechamento das operações do BSI na cidade-Estado, em meio a uma investigação criminal na Suíça contra o banco suíço de investimento, na maior operação internacional sobre entidades financeiras que lidaram com um fundo estatal da Malásia com problemas. A Autoridade Monetária de Cingapura (MAS) afirmou nesta terça-feira que retirou do BSI status de banco mercantil na cidade-estado por conta de graves violações a regras contra lavagem de dinheiro, na primeira vez em que 32 anos que uma medida deste tipo é tomada contra um banco.

Em comunicado que ressalta uma “cultura de risco inaceitável”, problemas regulatórios e conduta errada de alguns dos funcionários do BSI, a MAS informou que está revendo transações de outros bancos em Cingapura. “A MAS está conduzindo análises sobre várias outras instituições financeiras e contas bancárias por meio das quais transações suspeitas e incomuns foram realizadas”, disse a autoridade montetária. 

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O BSI, detido pelo brasileiro BTG Pactual (BBTG11), está tendo seu controle vendido para o banco também suíço EFG International por 1,33 bilhão de francos suíços. Em comunicado, a autoridade financeira da Suíça Finma afirmou que a aquisição continuará do BSI continuará em frente, mas sob a condição do BSI ser totalmente integrado e depois dissolvido. A MAS afirmou que os ativos do BSI em Cingapura serão transferidos ao EFG. A Finma informou que está confiscando 95 milhões de francos suíços em lucros do BSI e que lançou procedimentos de aplicação de regras contra dois antigos ex-diretores sêniores da instituição.

A autoridade de Cingapura não citou explicitamente o nome do fundo estatal no centro do escândalo 1Malaysia Development Bhd em seu comunicado. Mas a Finma afirmou que o BSI cometeu sérias violações sobre lavagem de dinheiro por meio de relacionamentos comerciais e transações vinculadas a escândalos de corrupção envolvendo o 1MDB. O fundo, criado pelo premiê malaio Najib Razak em 2009 pouco depois de assumir o governo, está sendo investigado por lavagem de dinheiro em pelo menos seis países. 

Pão de Açúcar
O Pão de Açúcar (PCAR4) informou que recebeu da Nyse, a Bolsa de Valores de Nova York, uma notificação dizendo que os documentos da companhia brasileira não estão em conformidade com os requisitos de listagem da bolsa americana. Com isso, a varejista tem agora seis meses para entregar o formulário 20-F para a SEC (Securities Exchange Comission, similar à nossa CVM). Os ADRs (American Depositary Receipts) da empresa continuam listados na Nyse.

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CCR
A CCR (CCRO3) informou nesta segunda-feira, por meio de Fato Relevante, um aditivo do contrato entre a CCR SPVias e o governo do Estado de São Paulo, por meio da Agência Reguladora de Transportes do Estado de São Paulo (Artesp), que prevê a implantação de uma duplicação da Rodovia João Mellão (SP-255), entre os quilômetros 254+280 e 261+420, no trecho urbano de Avaré, no interior do Estado. Segundo a CCR, o investimento total da obra será de R$ 177,099 milhões. A recomposição do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão será feita por meio da extensão do prazo do acordo em 10 meses e sete dias.

Usiminas
A Ternium informou que subscreveu ações no aumento de capital da Usiminas (USIM5), reservando 38,7 milhões de ações ordinárias, em um valor total a que tinha direito de R$ 193,5 milhões. A companhia informou ainda que tem interesse em subscrever eventuais sobras de papéis não reservados por acionistas “até um valor a ser especificado” mais adiante na operação de aumento de capital. O montante final de ações a serem adquiridas pelo grupo Ternium deve ser divulgado em 14 de junho, quando a segunda etapa da oferta será concluída. Na semana passada, a CSN (CSNA3), maior acionista minoritária da Usiminas, informou que havia subscrito cerca de 35,8 milhões de ações no aumento de capital da rival, em um valor total de R$ 178,8 milhões. 

Além disso, a Nippon Steel obteve aval do Cade para subscrever ações da Usiminas; a operação foi aprovada sem restrições. No pedido, companhias relatam que “a Usiminas encontra-se em situação financeira crítica, correndo o risco de adentrar processo de recuperação judicial caso não consiga resolver a crise financeira de maneira rápida e apropriada”, o que justificaria o aumento de capital, segundo parecer do Cade.

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Light
O Conselho de Administração da Light (LIGT3) aprovou a emissão de R$ 175 milhões em debêntures da Light Sea. A 11ª emissão da distribuidora de energia elétrica será em série única e terá data de emissão de 13 de junho, segundo a companhia informou em comunicado. O prazo dos títulos é de 24 meses e a remuneração será a variação do CDI somada a um spread de 4,05% ao ano. Os títulos são exclusivos para investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em aplicados em produtos financeiros).  

Viver
A Viver (VIVR3) aprovou em Reunião Extraordinária desta terça a venda de todas as quotas da Inpar Projeto 128. A venda foi realizada pelo valor de R$ 4,85 milhões. 

Duratex
A recomendação das ações da Duratex (DTEX3) foi elevada de neutra para overweight pelo JPMorgan. 

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Santander
O Itaú BBA rebaixou a recomendação para as units do Santander (SANB11) para underperform.

Iochpe-Maxion
Iochpe Maxion (MYPK3) informou que a Greenbrier acertou a compra de 19,5% da Amsted-Maxion Cruzeiro por um valor de US$ 10 milhões. 

Educacionais
O setor educacional espera a manutenção das vagas prometidas para o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) no segundo semestre, embora ainda não esteja claro o orçamento para o programa diante de um déficit primário de mais de 170 bilhões de reais projetado para 2016. “As 50 mil vagas (para o segundo semestre) que foram anunciadas lá atrás, geraram uma agenda, uma expectativa do setor”, disse o presidente da Federação Nacional de Escolas Particulares (Fenep), Eugênio Cunha. Segundo ele, o ministro da Educação, Mendonça Filho, tem se mostrado acessível e há expectativa de que ele consiga “organizar o ministério”.

(Com Agência Estado e Reuters) 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.