Mercado bipolar: Yellen faz Wall Street subir até 2,5% e depois fechar estável

Discurso da presidente do Federal Reserve fez mercado disparar durante a tarde, mas análise da fala levou os índices a perderem força depois

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O S&P 500 fechou perto da estabilidade nesta quarta-feira, devolvendo os ganhos no fim da sessão conforme investidores digeriam comentários da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, que manteve as opções por mais altas de juros abertas, mas também viu riscos à economia dos Estados Unidos.

O índice Dow Jones caiu 0,62 por cento, a 15.914 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 0,02 por cento, a 1.851 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 0,35 por cento, a 4.283 pontos.

Porém, a fala de Yellen teve o impacto inverso no mercado no início da tarde, fazendo com que o Nasdaq, por exemplo, subisse quase 2,5 por cento com a expectativa de poucas – ou nenhuma – alta de juros nos próximos meses. O Dow Jones e o S&P 500 tiveram a quarta sessão seguida de baixas, enquanto o Nasdaq interrompeu a sequência de três dias de baixas.

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O mercado acionário operou em alta durante a maior parte da sessão, após Yellen falar com o Congresso que não espera que o banco central reverta o programa de alta de juros iniciado em dezembro. Mas Yellen também reconheceu a piora nas condições financeiras e a incerteza em relação à China.

“O mercado estava forte (mais cedo na sessão) porque Janet Yellen confirmou o fato de que o Fed irá devagar na alta de juros porque a economia está mostrando alguns sinais de fraqueza”, disse o presidente do Chase Investment Counsel, Peter Tuz. “Mas talvez ela esteja dizendo que a economia está mais lenta do que muitos de nós estávamos pensando.”

Ações dos setores de matéria-prima e energia tiveram as maiores baixas após novas perdas nos preços do petróleo nos Estados Unidos. A queda de 3,8 por cento nas ações da Walt Disney responderam pela principal influência negativa no Dow Jones.

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Com Reuters

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.