9 ações nas mínimas de pelo menos 9 anos; apenas 3 ações se “salvam” hoje

Confira os principais destaques do pregão desta segunda-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – O mercado teve um breve respiro nesta segunda-feira (24) mas voltou a cair forte, pressionado por pessimismo sobre a economia chinesa. Na mínima do dia, o índice chegou a desabar 6,5%. 

O mau humor do mercado levou várias ações do Ibovespa a renovarem mínimas em anos. As ações preferenciais da Petrobras voltaram ao menor patamar de janeiro de 2005, enquanto os papéis da Vale foram para a mínima de setembro de 2007 e Bradespar, holding que detém participação na mineradora, para agosto de 2005.

Já as siderúrgicas Gerdau, Metalúrgica Gerdau, CSN e Usiminas voltaram para os menores patamares desde maio de 2004, agosto de 2003, junho de 2004 e setembro de 2003, respectivamente. Também entre as maiores quedas do dia as ações da Oi e Gol renovaram mínima histórica. 

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Do índice, 18 ações mostraram queda superior a 5%, enquanto apenas 2 ações subiraam hoje – Cia Hering e Natura -, com altas entre 1% e 2%. Para conferir o desempenho de todos os papéis do Ibovespa confira a ferramenta altas e baixas do InfoMoney.

Veja abaixo os destaques do pregão desta segunda-feira (24):

Petrobras (PETR3, R$ 8,70, -5,43%PETR4, R$ 7,76, -6,51%)
Como era de se esperar com o “dia negro” no mercado asiático, as ações da Petrobras caíram forte nesta sessão, pressionada pela derrocada do petróleo Brent, que recua 4,31% a US$ 43,50 o barril.  

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No noticiário, a companhia desativou a unidade de craqueamento catalítico fluido (FCCU, na sigla em inglês) com capacidade de produção de 56 mil barris por dia de gasolina na refinaria de Pasadena, Texas, Estados Unidos, com capacidade para 100 mil barris por dia, após um incêndio durante a noite de domingo, afirmaram fontes familiarizadas com as operações da fábrica.

Ainda no radar da empresa, os ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Fazenda, Joaquim Levy, instituíram grupo de trabalho com o objetivo de avaliar os impactos sobre a concorrência, a regulação e as políticas públicas do processo de desinvestimento da Petrobras “em atividades com características de monopólio natural”.

Além disso, o fundo de investimentos alemão HSBC Inka, controlado pelo HSBC, retirou as acusações feitas contra Petrobras em um processo em Nova York, segundo informações do Valor. A ação havia sido arquivada na quarta-feira, acusando a companhia de inflar valores de ações e títulos de dívida vencidos entre 19 de agosto de 2012 e 13 de maio deste ano. Em seguida, a Inka ajuizou uma nova ação judicial contra a estatal em Nova York, mas sem citar o HSBC como seu controlador. Com a mudança, a companhia segue ré de 13 ações individuais, além da ação coletiva – a “class action” – que corre paralelamente nos Estados Unidos.

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Vale (VALE3, R$ 15,40, -7,78%VALE5, R$ 12,38, -7,96%) e siderúrgicas
A mineradora Vale e as siderúrgicas afundaram nesta segunda-feira seguindo o desempenho do mercado chinês e do minério de ferro. Enquanto isso, CSN (CSNA3, R$ 2,83, -7,21%), Gerdau (GGBR4, R$ 4,77, -7,38%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 2,60, -12,46%) e Usiminas (USIM5, R$ 2,75, -10,42%) despencaram. 

As fortes desvalorizações do yuan trouxeram indefinição ao cenário global e fizeram com que a bolsa de Xangai despencasse 8,46%. Ao mesmo tempo, as cotações de commodities recuam às mínimas em 16 anos. O minério de ferro spot com 62% de pureza no porto de Qingdao afunda 5,03% a US$ 53,28 a tonelada.

Bancos
Com o ajuste do mercado, os papéis dos bancos mostraram recuperação nesta tarde depois de fortes quedas. O Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 25,88, -1,97%), Bradesco (BBDC3, R$ 24,49, -0,45%; BBDC4, R$ 22,87, -1,76%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 17,93, -2,76%) e Santander (SANB11, R$ 14,00, -0,99%) fecharam em quedas mais amenas.

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Suzano (SUZB5, R$ 16,01, -5,04%)
A companhia segue o desempenho dos mercados globais, e não consegue evitar a queda nem com a disparada do dólar, que chegou a R$ 3,57 na máxima do dia. No noticiário, em resposta à taxação antidumping aplicada pelo Departamento de Comércio dos Estados Unidos, a Suzano informou, no sábado, que não planeja alterar a sua estratégia de exportação para os Estados Unidos, enquanto não for proferida uma decisão final na investigação, prevista para o primeiro trimestre de 2016.

Segundo a companhia, o caso sob investigação não se refere a preços abaixo do custo de produção, mas sim à avaliação dos valores praticados no mercado norte americano comparados à atuação da empresa no mercado doméstico. Esta comparação, segundo a Suzano, sofre forte influência cambial dependendo do período de investigação.

Klabin (KLBN11, R$ 19,45, -2,75%)
A Aneel autorizou o adiamento do cronograma de implantação da Usina Termoelétrica Klabin Celulose, em Ortigueira (PR), segundo resolução publicada no Diário Oficial. A Klabin pediu postergação do cronograma de implantação citando dificuldades relacionadas à definição da composição acionária, estruturação financeira, revisão do escopo técnico da fábrica de celulose e complexidades nos estudos para conexão dessa usina, segundo documento da Aneel. A UTE tem potência instalada total de 330.000 kW.

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Telefônica (VIVT4, R$ 38,15, -3,76%) e TIM (TIMP3, R$ 8,29, -6,33%)
A Telefônica Vivo não está mais disposta a participar da consolidação do número de operadoras de telefonia no país, segundo o Valor Econômico. Segundo o jornal, a companhia quer tocar sua vida, do alto de seus R$ 70 bilhões de valor de mercado, e mira a Sky para ganhar força no que é menor em sua carteira de serviços: TV por assinatura. Em outras palavras, comprar a TIM no modelo tripartite – dividindo com Oi e Claro – não está em seus planos, no cenário atual. A compra da Sky seria uma operação do porte da GVT, entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões.

Ainda sobre a notícia, onde o Valor diz que a TIM estaria preparando uma oferta de compra não solicitada da Nextel Brasila, a companhia afirmou em comunicado que não existe preparação de oferta em andamento para tal operação, sendo que a TIM considera tratar-se apenas de rumores de mercado sobre cenários futuros.

B2W (BTOW3, R$ 15,48, +11,37%)
As ações da B2W Digital, que reúne as marcas Americanas, Submarino, Shoptime e Sou Barato, disparam em sessão de pânico no mercado, destoando do movimento da maior parte dos papéis da Bovespa. O movimento ocorre sem nenhum motivo aparente e depois do papel ter fechado na sexta-feira no menor patamar desde 24 de janeiro do ano passado.   

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Quem comprou ações na mínima do dia ganhou até 10%; mas quem teve coragem?

Educacionais
Depois de chegar a cair mais de 8% na mínima do dia, as ações da Estácio (ESTC3, R$ 12,47, -0,24%) fecharam em leve queda nesta sessão, enquanto os papéis da Kroton (KROT3, R$ 9,07, -2,89%) registraram baixa de quase 3%. Nesta segunda-feira, a Itaú BBA elevou a recomendação das ações da Estácio de market perform (desempenho em linha com a média) para outperform (desempenho acima da média). Além disso, a corretora reiniciou cobertura da Anima (ANIM3, R$ 12,82, -2,21%) para outperform.

Brasil Pharma (BPHA3, R$ 0,69, +2,99%)
A Brasil Pharma teve seu rating de longo prazo rebaixado pela Fitch Ratings para ‘B+(bra)’ , de ‘BB(bra)’. A agência colocou o rating em observação negativa. Em comunicado, explicou o motivo do rebaixamento: “reflete a contínua incapacidade de a companhia retornar a uma geração de caixa operacional materialmente positiva e as maiores incertezas em relação à equalização de sua estrutura de capital em bases sustentáveis”.