Petrobras, Lava Jato, 5 resultados e prévia do “novo” Ibovespa no radar

Confira os principais destaques corporativos da manhã desta terça-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

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SÃO PAULO – A noticiário corporativo aparece movimentado nesta terça-feira entre conclusão de reunião da Petrobras, que preferiu não optar por um reajuste agora, desdobramentos da Operação Lava Jato, cinco resultados do segundo trimestre, prévia da nova carteira do Ibovespa e mais 6 destaques. Confira abaixo o que pode movimentar este pregão:

Petrobras
O conselho de administração da Petrobras (PETR3; PETR4) concluiu, durante reunião em 24 de julho, que não há condições de mercado para um reajuste nos preços da gasolina, no momento, com cenário de alta do dólar e queda do consumo interno, diz reportagem de O Estado de S. Paulo, que cita pessoas não identificadas. Na mesma reunião, o conselho aprovou a reestruturação e venda dos ativos da TAG (Transportadora Associada de Gás). Na próxima reunião, o conselho discutirá a situação da Sete Brasil. 

Ainda no radar, a Petrobras e a portuguesa Galp devem adiar a perfuração de dois poços inicialmente previstos para este ano no bloco BM-S-24, onde está a descoberta de Júpiter, no pré-sal da Bacia de Santos, informou a portuguesa nesta segunda-feira, em seu balanço financeiro. A perfuração dos poços estava prevista para o segundo e quarto trimestres deste ano.

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Operação Lava Jato
A Polícia Federal lança hoje a 16ª fase da Operação Lava Jato, batizada de “Radioatividade”, que tem como foco contratos firmados por empresas já mencionadas na operação com a Eletronuclear, subsidiária da Eletrobras (ELET3; ELET6). No total, são 30 mandados judiciais, sendo 23 mandados de busca e apreensão, dois de prisão temporária e cinco de condução coercitiva em Brasília, Rio de Janeiro, Niterói, São Paulo e Barueri. 

Veja mais em: PF deflagra 16ª fase da Operação Lava Jato e cumpre 30 mandados

Braskem
As ações da Braskem (BRKM5) registraram a maior queda do Ibovespa ontem com informações de que o contrato de nafta firmado com a Petrobras entre 2009 e 2014 trouxe prejuízo de R$ 6 bilhões à estatal. Conforme denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa teria recebido propina da Odebrecht para manter os preços da matéria-prima favoráveis à Braskem. Em relatório de hoje, o BTG Pactual comenta que, embora a empresa tenha uma história de tipicamente ir bem no ambiente econômico atual, graças a suas vantagens competitivas, força estrutural e receita em dólar, os desdobramentos da Operação Lava Jato são impossíveis de se prever, sendo, no momento, melhor ficar à margem da ação.  

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Raia Drogasil e Equatorial
O BTG Pactual disse, em relatório, que vê chances das ações da Raia Drogasil (RADL3) e Equatorial (EQTL3) entrarem na nova carteira teórica do Ibovespa, cuja primeira prévia será divulgada dia 3 de agosto. A nova carteira passa a vigorará entre setembro e dezembro. Por outro lado, o banco acredita que os papéis da Marcopolo (POMO4) e Gafisa (GFSA3) devem deixar o índice. 

Duratex
Dando continuidade à temporada de balanços, 4 empresas (Via Varejo, M.Dias Branco, JSL e Cremer) reportaram seus números na noite de ontem, enquanto Duratex (DTEX3) divulgou nesta manhã. O lucro líquido da fabricante de painéis e pisos laminados Duratex caiu 36,4% no segundo trimestre deste ano, ante o mesmo período do ano passado, para R$ 36,6 milhões. No semestre, o lucro líquido da companhia teve queda de 52,8%, para R$ 103,79 milhões, apesar do crescimento de 4,2% da receita líquida, para R$ 1,966 bilhão. 

Via Varejo
Dos resultados da véspera, a ViaVarejo (VVAR11), dona das Casas Bahia e Ponto Frio, registrou prejuízo de R$ 13 milhões no segundo trimestre, contra lucro líquido de R$ 187 milhões no mesmo período do ano anterior. Segundo o Itaú BBA, os números foram fracos e o ambiente consumidor desafiador provavelmente limitarão o desempenho da ação no curto prazo.

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M.Dias Branco
Por sua vez, a M.Dias Branco (MDIA3) registrou lucro líquido consolidado de R$ 190,8 milhões no segundo trimestre, resultado 30% acima do registrado no mesmo período do ano passado. Em relatório, a companhia disse que os resultados foram influenciados pela desaceleração da economia brasileira, que causou retração no consumo dos produtos. Após o balanço, a empresa teve sua recomendação rebaixada pelo Itaú BBA, para underperform (desempenho abaixo da média). O Bradesco BBI citou que volumes fracos de biscoitos e macarrão refletem a desaceleração econômica do País, mas espera expansão das margens à frente.

JSL
A empresa de logística JSL (JSLG3) informou que atingiu um lucro líquido de R$ 10,5 milhões durante o segundo trimestre, alta de 6,1% na comparação com o mesmo período de 2014, impulsionada por maior faturamento e uma melhora na rentabilidade. Durante os três meses, a receita líquida da companhia cresceu 6,2% sobre a mesma base de comparação, para R$ 1,65 bilhão. 

Cremer
Já a Cremer (CREM3) informou que sua receita líquida foi de R$ 213,9 milhões no segundo trimestre, 39,9% acima do registrado no mesmo trimestre de 2014. O lucro líquido alcançou R$ 4,7 milhões, 11,3% abaixo do atingido no mesmo período do ano passado. 

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BR Malls
Já a BR Malls (BRML3) divulgou sua prévia operacional. A companhia viu suas vendas nos shoppings crescerem 0,3% no segundo trimestre, para R$ 5,4 bilhões. Excluindo o efeito das vendas de participações no Big Shopping, Mueller e Fashion Mall, as vendas totais teriam crescido 4,1%, acrescentou a empresa, em comunicado.

As vendas mesmas lojas (abertas há mais de 12 meses) subiram 3,6% no período, ante avanço de 7,5% um ano antes. No trimestre anterior, o indicador avançou 5,9%. A desaceleração “reflete as dificuldades enfrentadas pelo varejo frente a um cenário macroeconômico mais desafiador”, disse a companhia em comunicado.

Copel
O total de energia vendida pela Copel (CPLE6), composto pelas vendas da Copel Distribuição e da Copel Geração e Transmissão em todos os mercados, cresceu 1,2% no primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para 22.171 GWh.

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A venda de energia para o mercado cativo da Copel Distribuição totalizou 12.223 GWh entre janeiro e junho de 2015, alta de 1,3% em comparação ao mesmo período de 2014.

Cemig
O presidente da Companhia Energética de Minas Gerais (CMIG4), Mauro Borges, disse que até o final do ano a empresa, com o seu principal acionista, o governo estadual, conseguirá uma solução favorável às concessões das usinas de Jaguara, São Simão e Miranda. “Continuamos as discussões com o governo, com soluções que contemplem todos os lados. Elas são complexas e toma tempo chegar a um acordo. Mas as tratativas continuam”, afirmou a jornalistas, antes da cerimônia de lançamento do programa estadual Minas Digital, no Palácio Tiradentes.

No dia 24 de junho, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), após quase dois anos, decidiu por não atender ao pedido da companhia em renovar a concessão da usina hidrelétrica de Jaguara e, consequentemente, as de São Simão e Miranda. As três usinas, com prazo de concessão vencido ou a vencer, correspondem a quase 40% da capacidade de geração da estatal mineira. Do fechamento do pregão do dia 23 de junho até agora, os papéis da companhia já caíram 30% na Bolsa. 

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Borges não quis comentar o que a Cemig e o governo estadual estariam oferecendo ao governo nas negociações. E quando questionado sobre qual seria a estratégia para manter sua capacidade de geração sem as respectivas usinas, Borges rebateu: “Essa hipótese só vamos contemplá-la uma vez que esse fato estiver consumado o que acho que está muito longe de acontecer.”

Saraiva
A Saraiva (SLED4) divulgou comunicado ao mercado anunciando o aumento de participação para 5,24% das ações preferenciais da companhia pela UV Gestora.  A gestora passou a deter 994.200 ações preferenciais de um total de 18.973.810 ações em 21 de julho de 2015. A aquisição é estritamente de investimento minoritário e não altera o controle ou a estrutura administrativa da Companhia.

BTG Pactual
A Fitch Ratings, agência de classificação de risco, alterou a perspectiva de positiva para estável à nota atribuída ao BTG Pactual (BBTG11), mantida em “BBB-”. O rebaixamento da perspectiva é reflexo de uma mudança na visão da Fitch sobre a aquisição do private banking suíço BSI diante da piora da economia brasileira. “A expectativa é que a aquisição traga um maior nível de estabilidade ao desempenho do banco, embora as sinergias provavelmente serão limitadas se a estrutura e a equipe do BSI forem mantidas”, afirmou a agência. Os papéis do banco caem por oito pregões seguidos na Bolsa, período em que acumulam perdas de 20%. 

Veja mais em: Entre mínimas históricas e quedas acima de 20%: as vítimas da Bolsa nos últimos 7 pregões

GP Investments 
A GP Investments (GPIV33) comunicou ao mercado que foi realizado hoje o pré-pagamento de 50% do saldo principal total da dívida que a companhia detém com o banco Itaú BBA, no valor aproximado de R$ 161 milhões. A dívida foi contraída pela GP em abril de 2008. Depois do pagamento de hoje, ela passa a ser de aproximadamente R$ 145 milhões.

Totvs
A Totvs (TOTS3) comunicou ao mercado em geral que hoje foi aprovada a distribuição do pagamento de juros sobre capital próprio aos acionistas da companhia no montante total de R$ 29,195 milhões, relativos ao primeiro semestre deste ano, valor este que corresponde a R$ 0,179340618 por ação, e que será imputado ao dividendo mínimo obrigatório.

Terão direito aos juros sobre capital próprio todos os acionistas detentores de ações de emissão da companhia na data base de 3 de agosto de 2015, as ações ficarão ‘ex’ a partir do dia 4 de agosto. O pagamento acontecerá dia 19 de agosto de 2015.