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SÃO PAULO – O minério de ferro desabou 6% nesta quinta-feira (2) em meio a novas declarações sobre a commodity. Depois da Austrália cortar em 10% sua previsão para minério nesta semana, o CEO (Chief Executive Officer) da Rio Tinto, Sam Walsh, preferiu ignorar previsões mais pessimistas, dizendo que terá um “final feliz” para o produto e que manterá sua produção elevada.
Nesta sessão, a commodity negociada no porto de Qingdao, na China, recuou 6,03%, indo de US$ 59,20 a tonelada para US$ 55,63 a tonelada. Além das declarações de Walsh, pesa também resultado do PMI da Indústria de Aço da China que caiu de 42,4 para 37,4 em junho.
Em meio à derrocada do preço do minério, os ADRs (American Depositary Receipts) da Vale, negociados na Bolsa de Nova York, recuavam 1,04% às 09h29 (horário de Brasília), a US$ 5,70 – indicando uma abertura negativa das ações na Bovespa.
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“Ciclos da indústria pode ter apanhado alguns despreparados e outros à procura de respostas”, disse o CEO da segunda maior mineradora do mundo, em discurso em Londres ontem à noite. Enquanto pequenos produtores podem quebrar, Walsh disse que é importante a Rio Tinto ver sua expansão de 10 anos se concretizar.
Os preços da commodity afundaram para baixo de US$ 50 a tonelada neste ano após ter atingido US$ 190 a tonelada em 2011, uma valorização que levou as mineradoras ao redor do globo a um frenesi para produzir mais. Nos últimos anos, como o “boom” imobiliário e da construção na China fracassou, a demanda por minério de ferro caiu enquanto a produção seguiu em alta. A Rio Tinto produziu 324 milhões de toneladas de minério de ferro em 2014, acima dos 209 milhões de toneladas em 2013 e 199 milhões de toneladas em 2012.
Na segunda-feira desta semana (29), a Austrália reduziu em 10% suas expectativas para os preços do minério de ferro, citando o mercado fraco de aço na China, enquanto prevê uma queda de 11% na receita com exportação de recursos no atual ano fiscal. O governo afirmou nesta terça-feira prever agora que o preço médio do minério de ferro fique em US$ 54,40 a tonelada em 2015, abaixo da projeção anterior de US$ 60,40 a tonelada. A projeção para o próximo ano foi reduzida de US$ 56,80 para US$ 52,10 a tonelada.
