Ibovespa Futuro segue alta das bolsas mundiais e espera por balanços; Petrobras no radar

Em início de temporada de resultados, índice têm nova alta; Nasdaq chegou ontem em patamar mais alto do que o do auge da Bolha da Internet

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em alta nesta sexta-feira (24) seguindo o movimento do último pregão ganhando força das bolsas mundiais. Ontem, o Nasdaq fechou a 5.056 pontos, superando o recorde atingido em março de 2000 no auge da Bolha da internet. Por aqui os resultados de Fibria e Souza Cruz estão no radar. 

Às 9h05 (horário de Brasília) o contrato futuro do Ibovespa para junho subia 0,50%, a 56.730 pontos, enquanto o dólar futuro para maio caía 0,15%, a R$ 2,975. 

Mercado ainda espera por pedidos de bens duráveis nos Estados Unidos a menos de uma semana da reunião do FOMC (Federal Open Market Comittee). Na agenda doméstica haverá a Nota de Política Monetária. 

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Hoje os ADRs (American Depositary Receipts) da Petrobras negociados no pré-market da Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) subiam 1,06%, a US$ 9,50. A companhia divulgou na quarta-feira (22) o seu balanço auditado para o exercício de 2014, no qual registrou um prejuízo de R$ 21,587 bilhões, causado principalmente pelas perdas de R$ 44,63 bilhões por desvalorização de ativos e de R$ 6,194 bilhões com corrupção. Apesar do balanço mostrar um forte prejuízo, investidores se animaram com a transparência mostrada pela gestão do presidente da companhia, Aldemir Bendine. 

Ainda no noticiário corporativo, a Fibria (FIBR3), maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, teve prejuízo líquido de R$ 566 milhões no primeiro trimestre, revertendo resultado positivo de R$ 19 milhões no mesmo período do ano passado. O prejuízo foi inferior à média de estimativas de analistas coletadas pela Reuters, que apontava para resultado negativo de R$ 833 milhões no período. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado da companhia ficou em R$ 1,007 bilhão, alta de 48% na comparação anual.

Europa sobe com resultados, mas Xangai devolve ganhos
Depois de uma longa sequência de altas que levaram a Bolsa de Xangai a renovar máximas em sete anos, o índice da bolsa chinesa teve uma leve baixa de 0,46% nesta sexta-feira (24) depois que o regulador de títulos mobiliários do país disse que irá acelerar a aprovação de ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), num aparente esforço de resfriar o quente mercado. 

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Mais tarde, o órgão fiscalizador do mercado acionário chinês aprovou uma nova série de 25 IPOs, e disse que publicará duas listas de ofertas públicas iniciais aprovadas por mês, ante uma atualmente. Isso mostra que “reguladores estão preocupados com o ritmo do rali atual do mercado”, disse o analista da Guodu Securities Xiao Shijun. “Isso trará alguma pressão no curto prazo ao mercado.”

O índice Nikkei, do Japão, encerrou com queda de 0,8% após atingir uma máxima de 15 anos na quinta-feira, mas ainda acumulou alta de 1,9% na semana.

Na Europa, por outro lado, a sessão é de alta generalizada com resultados de empresas e espera pela reunião dos ministros das finanças da zona do euro. A Grécia fica sob observação, já que está ficando sem caixa e precisa de mais um resgate para conseguir pagar as suas dívidas, salários e aposentadorias. Ministro das Finanças grego, Yannis Varoufakis, foi duramente criticado por seus pares por sua recusa a medidas para reformar a economia, segundo disseram fontes à Bloomberg. 

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Em Wall Street na quinta-feira, o índice Nasdaq superou seu recorde anterior de março de 2000, no auge da bolha da Internet.

O Ibovespa Futuro é um bom termômetro de como será o pregão, mas nem sempre prevê adequadamente movimentos na Bolsa a partir do sino de abertura.

 (Com Reuters)