Levy do inferno ao céu e mais 3 notícias que agitaram a semana na Bolsa

Depois de mal-estar, até mesmo Mercadante sai em defesa de Levy e do ajuste fiscal, trazendo pressão compradora à Bolsa

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – No fim de semana ninguém poderia prever a forte alta que seria registrada nos últimos quatro dias. Isso porque esta semana começou com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, dizendo em palestra para ex-alunos da escola de negócios da universidade de Chicago que a presidente Dilma Rousseff (PT) nem sempre é muito eficaz nas suas medidas econômicas. A informação noticiada pela Folha de S. Paulo viralizou e contaminou o mercado, que abriu a segunda-feira em baixa. 

Contudo, Levy e Dilma pareceram finalmente ter se acertado e conseguiram trazer de volta um pouco de confiança aos investidores, que retribuíram com uma forte pressão compradora. O Ibovespa subiu 6,05% na semana, a 53.123 pontos, o maior nível de fechamento desde novembro do ano passado. 

Veja quais foram os acontecimentos mais importantes da semana: 

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1. Levy e Dilma afinados
Depois do mal-entendido do fim de semana, o ministro da Fazenda participou de evento do Lide e falou em dois dias seguidos no Senado, nos quais contradisse a notícia da Folha, explicando que foi mal interpretado e que confia no trabalho de Dilma. A presidente também saiu em socorro de Levy, dizendo que ele ficou “muito triste” com o ocorrido e ainda defendeu a necessidade do ajuste fiscal e reafirmou a importância do ministro. Até mesmo o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, defendeu o aperto fiscal como necessário. 

2. Minério de ferro em queda livre
Nem a perspectiva de estímulos na China conseguiu salvar a semana para o minério de ferro e, consequentemente, para uma das mais importantes blue chips da Bolsa brasileira, a Vale (VALE3; VALE5). Isso porque não só a demanda está mais fraca para a commodity, como as mineradoras concorrentes como Rio Tinto e BHP devem expandir as suas produções. No ano, o minério já recuou 31,2%, a US$ 49. Para a consultoria Capital Economics, a commodity deve encerrar 2015 negociada a US$ 45/tonelada.

3. Dólar tem melhor semana desde 2012
A semana mais curta na Bolsa se encerra com um período de grande alívio para o dólar, principalmente em um cenário onde aumenta o otimismo com a capacidade do governo de conseguir realizar o ajuste fiscal. Entre 30 de março e 2 de abril, o dólar comercial registrou queda de 3,43%, fechando a R$ 3,1276 na compra e R$ 3,1292 na venda. Enquanto isso, o dólar futuro caiu 3,79%, para R$ 3,1530, na maior queda semanal desde a semana de 9 de janeiro de 2012, quando recuou 3,91%.

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4. Incerteza com balanço da Petrobras
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em sua terceira semana positiva, vivendo hoje seu sexto pregão de alta, acumulando no período ganhos de 14,3%. As ações dispararam nos últimos quatro dias após a presidente Dilma Rousseff declarar, em entrevista à Bloomberg, que a estatal vai divulgar balanço auditado de 2014 até final de abril. No entanto, reportagem da Folha declarou que a estatal poderá adiar, mais uma vez, a divulgação das perdas contábeis (informação que, de acordo com analistas, foi esquecida em meio à euforia do mercado). 

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