Bancos caem 2%, MRV salta 4% e Magazine Luiza derrete 22% em 5 pregões

Confira aqui os principais destaques da Bovespa nesta sexta-feira

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O mercado acelera perdas após divulgação dos dados de geração de emprego dos Estados Unidos, movimento que derruba boa parte das ações da Bovespa. Entre as quedas, apareciam os papéis dos bancos, siderúrgicas, Vale e Petrobras. Já destoando da queda da Bolsa hoje, as ações da MRV Engenharia liderava os ganhos do Ibovespa, após balanço do quarto trimestre. Confira abaixo o que é destaque neste pregão, segundo cotação das 14h44 (horário de Brasília):

Petrobras (PETR3, R$ 9,20, -0,11%; PETR4, R$ 9,27, -0,11%)
As ações da Petrobras caem após notícia de que a estatal pode cortar pela metade a encomenda de 28 sondas à Sete Brasil, devido à falta de dinheiro em caixa e das dificuldades para levantar financiamento com o endividamento atual. Ainda na noite de ontem, a estatal informou ao mercado que o juiz da causa movida contra a estatal em Nova York nomeou Universities Superannuation Scheme como autor líder da ação conjunta. Atenção para hoje, que será realizada uma teleconferência entre o juiz, a Petrobras e o autor líder para agendar as próximas etapas do processo. Nesta sexta, o JP Morgan cortou os títulos da Petrobras para neutro, alegando que a instituição não vê como atrativa a relação de risco do potencial de altas e baixas da companhia, uma vez que caso a petrolífera entregue seus resultados com a baixa contábil até final de abril o papel pode subir, e caso contrário, poderá cair.

Vale e siderúrgicas
As ações da Vale (VALE3, R$ 19,29, -1,08%; VALE5, R$ 16,75, -1,12%) caem pressionadas pelo minério do ferro, que tem novo recuo nesta sessão após as falas de ontem do premiê chinês. Ontem o país, o maior consumidor de minério do mundo, estabeleceu sua menor meta de crescimento em 15 anos, levando a cotação da commodity para valores abaixo de US$ 60 por tonelada. Além da mineradora, a holding Bradespar (BRAP4), que detém participação na Vale, recua 1,31%, para R$ 12,01. As siderúrgicas também caem forte, ficando entre as maiores quedas do dia: Usiminas (USIM5, R$ 4,38, -1,57%), CSN (CSNA3, R$ 4,96, -2,75%), Gerdau (GGBR4, R$ 10,40, -2,07%) e Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 11,58, -1,78%). 

Masterclass

As Ações mais Promissoras da Bolsa

Baixe uma lista de 10 ações de Small Caps que, na opinião dos especialistas, possuem potencial de valorização para os próximos meses e anos, e assista a uma aula gratuita

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Bancos
Os papéis do setor financeiro seguem o mau humor do mercado e caem forte nesta sexta-feira. Destaque para os grandes bancos: Itaú Unibanco (ITUB4, R$ 34,95, -2,81%), Bradesco (BBDC3, R$ 35,42, -1,61%; BBDC4, R$ 35,81 -1,40%), Banco do Brasil (BBAS3, R$ 22,06, -2,13%) e Santander (SANB11, R$ 13,96, -2,24%). 

MRV Engenharia (MRVE3, R$ 6,85, +3,95%)
A MRV Engenharia viu seu lucro líquido avançar 42,1% no quatro trimestre na comparação anual, apoiado em vendas e lançamentos maiores, que compensaram o impacto de despesas e distratos no período. Segundo a Concórdia Corretora, a companhia apresentou bons números no trimestre. Destaque para o comentário da companhia, que disse que a demanda por empreendimentos nas faixas 2 e 3 do Minha Casa, Minha Vida deve permanecer aquecida. Hoje, Dilma Rousseff discursou em Minhas Gerais durante cerimônia de entrega de casas do programa. A presidente disse que o País passa por ajustes necessários, mas que isso é para garantir que programas como o Minha Casa, Minha Vida.

Suzano (SUZB5, R$ 12,93, +0,62%)
Após abrir com queda de mais de 1%, as ações da companhia de papel e celulose se recuperam nesta sexta. A votação que ocorreria nesta quinta-feira na CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) sobre liberação de plantio comercial de eucalipto geneticamente modificado da Futuragene, empresa da Suzano, foi adiada para abril após protestos de manifestantes contrários à tecnologia. Cerca de 1.000 mulheres integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram a sede da empresa de biotecnologia em Itapetininga (SP) e, em paralelo, manifestantes protestaram em Brasília no prédio da AEB (Agencia Espacial Brasileira), onde ocorreria a votação.

Continua depois da publicidade

Magazine Luiza (MGLU3, R$ 5,26, -4,36%)
Após derreterem até 7,27% nesta sessão, os papéis da Magazine Luiza aliviam as perdas após Dilma Rousseff falar em Minas Gerais sobre a possibilidade de incluir o programa Minha Casa Melhor no programa do Minha Casa, Minha Vida. De acordo com a presidente, o programa foi suspenso pois houve muitos casos de inadimplência.

“É um processo de avaliação”, explicou a presidente falando sobre a possibilidade de inclusão do programa no Minha Casa, Minha Vida, dizendo que ainda que o programa de habitação é um dos mais importantes de seu governo. Em seu quinto pregão consecutivo e acumulando perdas de 22,5%, os papéis batem hoje o menor patamar desde agosto de 2013.

ALL (ALLL3, R$ 4,64, -3,73%) 
As ações da ALL aparecem como a maior queda do Ibovespa nesta sexta-feira. Esse é o sexto pregão consecutivo, quando acumula desvalorização de 18,3%.  

Continua depois da publicidade

CCX (CCXC3, R$ 0,15, -25,00%)
A CCX informou que uma arbitragem foi pedida no âmbito do acordo de compra de ativos de 26 de março de 2014 dos projetos de mineração de Cañaverales e Papayal e do projeto de mineração subterrânea de San Juan. “É possível que a companhia fique em delicada situação econômico-financeira, uma vez que em seus planos de negócio pretendia valer-se dos recursos provenientes dessa transação, aproximadamente US$ 90 milhões, para seguir cumprindo suas obrigações”, diz o comunicado.

O pedido de arbitragem tem caráter preliminar. A companhia afirmou que vem adotando as providências necessárias para o cumprimento das condições estabelecidas no acordo para o fechamento efetivo da operação. Ainda existem condições precedentes pendentes, “cuja satisfação não está totalmente sob o controle da CCX”, disse a empresa.

Odontoprev (ODPV3, R$ 10,62, -1,21%)
A Odontoprev teve sua recomendação rebaixada hoje pelo Credit Suisse para neutra.  

Publicidade

Positivo (POSI3, R$ 2,17, -3,98%)
A Positivo Informática teve lucro líquido de R$ 5,3 milhões no quarto trimestre de 2014, o que representa queda de 83% ante o mesmo período de 2013. Por outro lado, no acumulado de 2014, o lucro foi de R$ 23,3 milhões, valor 49,3% maior que o verificado um ano antes.

Cetip (CTIP3, R$ 33,45, -2,05%)
A Cetip registrou um lucro líquido contábil de R$ 117,6 milhões no quarto trimestre, uma alta de 22,4% ante mesmo período do ano passado. Além disso a Cetip mostrou que planeja elevar a remuneração a seus acionistas e recomprar ações este ano, enquanto enfrenta aumento da aversão ao risco e redução da atividade do mercado de capitais brasileiro. O Conselho da companhia propôs elevar a remuneração aos acionistas para 85% do lucro anual de 2014, frente a 75% em 2013, de acordo com o relatório de resultados da empresa. A proposta será levada a assembleia geral a ser realizada em abril.

Kroton (KROT3, R$ 10,03, +2,56%)
A Kroton tem dia positivo após a informação de que a Anhanguera teve aprovados pelo MEC a criação de novos cursos em Osasco, Bauru e Limeira. Apesar desta alta, as ações da companhia ainda acumulam perdas de 4,62% na semana, enquanto no ano a desvalorização chega a 36,06%.

Continua depois da publicidade

Oi (OIBR4, R$ 6,60, -0,15%)
A Oi virou para queda após operar no positivo hoje após a companhia informar que a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) autorizou hoje que a Oi realize as operações de permuta e de opções com a Portugal Telecom relacionada à compra de títulos da Rio Forte Investimentos. A Rio Forte era ligada ao grupo controlador da Portugal Telecom, do Banco Espírito Santo, e vendeu títulos à empresa de telefonia semanas antes de se tornar insolvente.

Mais cedo, as ações da companhia chegaram a disparar 4,8% após notícia do jornal Valor Econômico, que afirmou que a companhia optou por buscar um novo sócio, uma vez que esfriou a aproximação com a Telecom Itália, negociando agora com um investidor russo, segundo uma fonte. A negociação, agora, envolve a participação da Portugal Telecom SGPS, que detém 25,6% da Oi. A tele portuguesa foi vendida, em janeiro, por € 7,4 bilhões para a francesa Altice. Esta operação deve ser finalizada no segundo semestre. De acordo com fato relevante desta sexta, a