Veja as 15 notícias que agitam o radar desta segunda-feira

Nos destaques, acionistas da Souza Cruz consideram oferta feita pela BAT baixa; Gafisa tem lucro de R$ 8 milhões no quarto trimestre

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece agitado nesta segunda-feira. Nos destaques, a Petrobras (PETR3; PETR4) segue no radar em meio às investigações da Operação Lava Jato e às expectativas de que a empresa apresente seu balanço do terceiro trimestre de 2014 auditado, trazendo as baixas contábeis relativas a corrupção. 

Nesta quarta-feira, o juiz da Corte de Nova York, Jed Rakoff, deve escolher o investidor líder da ação coletiva contra a Petrobras. A definição deveria ter ocorrido no último dia 20, mas foi adiada pelo juiz para obter mais informações das partes.

Souza Cruz
Segundo uma reportagem do Valor, acionistas da Souza Cruz (CRUZ3) avaliaram a oferta feita pela controladora British American Tobacco Internacional. A proposta é de R$ 26,75 por ação. 

Continua depois da publicidade

Gafisa
O lucro líquido da construtora e incorporadora Gafisa (GFSA3) alcançou R$ 8 milhões no quarto trimestre de 2014, uma queda de 99% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados divulgados na noite de sexta-feira. No último trimestre de 2013, o lucro consolidado somou R$ 921,28 milhões. A companhia, contudo, reverteu o prejuízo registrado no terceiro trimestre de 2014 de R$ 9,956 milhões.

Marfrig
A empresa de alimentos Marfrig (MRFG3) encerrou o quarto trimestre com prejuízo de R$ 284,7 milhões, uma piora em relação ao resultado negativo de igual período do ano anterior, de R$ 83,4 milhões, informou a companhia em comunicado nesta segunda-feira. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da companhia subiu 32,4% na mesma base de comparação, para R$ 519,1 milhões.

Elétricas
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) aprovou a revisão extraordinária das tarifas das distribuidoras de eletricidade com aumento médio de 23,4% nas contas de luz do País. Para alta tensão, como empresas e indústrias, a média do reajuste no País será de 24,2%. Já para baixa tensão, como residências e comércio, o aumento médio nacional será de 20,1%. As novas tarifas entram em vigor nesta segunda-feira. Para a Eletropaulo (ELPL4), por exemplo, o aumento médio será de 31,9%. Para a Cemig (CMIG4), o índice médio será de 28,8%, enquanto para a Light (LIGT3) será de 22,5%. Para a paranaense Copel (CPLE6), a revisão extraordinária prevê um aumento médio de 36,4%.

Continua depois da publicidade

Vale
A Vale (VALE3; VALE5) informou que concluiu a transação com a Cemig Geração e Transmissão para formação da joint venture Aliança Geração de Energia. O acordo entre as duas empresas foi anunciado dia 19 de dezembro de 2013. 

Braskem
A Braskem (BRKM5) e a Petrobras (PETR3; PETR4) concordaram em um novo aditivo para o contrato de fornecimento de nafta, com validade até 31 de agosto. Segundo uma nota, emitida pela petroquímica, “a Braskem permanece empenhada para, em conjunto com a Petrobras e o governo, encontrar uma solução estrutural que permita a assinatura de um contrato de fornecimento de nafta de longo prazo, que assegure a competitividade da indústria química e petroquímica brasileira”. 

Direcional
A construtora mineira Direcional (DIRR3) firmou acordo estratégico, no sábado (28), com o grupo árabe Red Sea Housing Services para desenvolver casas populares fora do Brasil, conforme fato relevante enviado na madrugada deste domingo (1) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O país escolhido na primeira etapa do acordo, em linha com a estratégia de explorar mercados com potencial de crescimento, é a Arábia Saudita.

Continua depois da publicidade

Nesta fase, a construtora brasileira prestará serviços à Red Sea Affordable Housing, subsidiária integral do grupo árabe, e assistência no desenvolvimento dos empreendimentos populares pelo prazo de um ano prorrogável até a conclusão dos empreendimentos e renovável por mais 12 meses. Em contrapartida, receberá 50% da geração de caixa desta empresa advindos da construção de empreendimentos populares feitos de acordo com o contrato de prestação de serviços.

Bradespar (BRAP4)
A holding que detém participação na Vale (VALE3; VALE5) divulgou após o fechamento dos mercados na sexta-feira que os membros da diretoria da companhia resolveram enviar ao conselho de administração da empresa uma proposta de pagamento de remuneração mínima aos acionistas da Bradespar em 2015 no montante de US$ 140 milhões. O conselho deverá deliberar sobre a proposta em reunião nos dias 24 de abril e 30 de outubro. Caso aprovada, o pagamento será feito em duas parcelas semestrais de US$ 70 milhões cada, com pagamento nos dias 15 de maio e 13 de novembro, convertidas em real de acordo com as cotações do dólar um dia antes das reuniões do conselho. 

Tecnisa (TCSA3)
Após ter sido questionada pela BM&FBovespa sobre notícia de que a empresa estaria avaliando seus ativos para compará-los com a precificação das ações para decidir se manteria seu capital aberto, publicada na Agência Estado, a Tecnisa informou logo após o fechamento da Bolsa, que “não há, no momento, qualquer avaliação por parte dos administradores ou do acionista controlador com relação ao cancelamento de registro de companhia aberta junto à Comissão de Valores Mobiliários”.

Continua depois da publicidade

Totvs (TOTS3)
A companhia informou nesta sexta que seu conselho de administração aprovou hoje um programa de recompra de até 
1.600.000 ações ordinárias da companhia, correspondentes à 1,2% do total de ações da companhia em “free float” (circulação no mercado). De acordo com comunicado, a Totvs acrescenta que o programa tem prazo de até 365 dias, contados a partir do dia 2 de março, com final em 1 de março do ano que vem.

Iochpe-Maxion (MYPK3
A companhia teve seus ratings rebaixados de “brA” para “brA-” pela agência de risco Moody’s, com perspectivas negativas. “O perfil de risco de negócios da Iochpe-Maxion tem enfraquecido em função da deterioração estimada na demanda doméstica, com baixas taxas de confiança da indústria e dos consumidores, elevação do custo de financiamento de veículos e inflação alta, o que pode impactar a eficiência operacional da empresa no médio prazo”, declarou a equipe de analistas da Moody’s em relatório.

JBS (JBSS3)
A JBS informou na sexta-feira que cancelou de pedido da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de sua subsidiária JBS Foods, tendo em vista a atual conjuntura do mercado. No início de fevereiro, a companhia de locação de veículos e equipamentos pesados Ouro Verde desistiu de sua oferta, também devido a condições econômicas desfavoráveis. Esta é a quarta vez que a filial da JBS, maior produtora de carnes do mundo, suspende esta emissão, que foi reaberta em outubro passado.

Continua depois da publicidade

Ex-OGX (OGXP3)
A companhia petrolífera Óleo e Gás Participações afirmou que a forte queda nos preços do petróleo nos últimos meses obrigou a empresa a reavaliar a viabilidade econômica do campo de Tubarão Martelo – considerado no passado o campo que poderia “salvar” a companhia -, algo que pode culminar com a devolução do ativo à Agência Nacional do Petróleo (ANP). Diante do quadro, a empresa contratou uma empresa especializada para elaborar uma previsão independente da produção do campo e, a partir desta estimativa, os conselhos das companhia envolvidas vão “avaliar se as medidas de redução de custos implementadas ou em negociação serão suficientes para manter a continuidade da operação do campo e decidirão por sua manutenção, pela desativação temporária das instalações de produção ou pela devolução para a ANP.

Triunfo (TPIS3)
Segundo a Bloomberg, citando fontes com conhecimento no assunto, a Triunfo contratou o BTG Pactual para vender suas fatias em participações de subsidiárias. A notícia surge após as ações da companhia registrarem dois dias de fortes quedas, acumulando 15% de desvalorização, sendo 8% apenas nesta sexta, atingindo os R$ 3,95, seu menor patamar desde maio de 2010.

(Com Reuters)