Petrobras sobe 5% com rumor eleitoral e BR Pharma avança 40% em 8 dias; veja mais

Cenário político volta a esquentar e impulsiona ações das estatais e bancos; Vale segue no radar

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em meio à uma segunda-feira (25) agitada pelo noticiário corporativo e com grandes expectativas no cenário político, o destaque desta sessão fica com a forte alta nas ações das estatais e bancos – empresas que mostraram mais sensibilidade na Bolsa durante o “rali eleitoral”. Segundo rumores de mercado, Marina Silva, candidata do PSB, estaria à frente de Dilma Rousseff em um provável segundo turno. 

Ainda do lado positivo, as ações do setor imobiliário apareciam às 15h39 (horário de Brasília) entre as maiores altas do Ibovespa. Enquanto do lado negativo, destaque para a JBS (JBSS3), que chegou a cair mais de 4% no intraday, mas ameniza as perdas desta sessão, repercutindo à matéria publicada na Carta Capital. 

Vale monitorar também as ações da Vale (VALE3; VALE5), reagindo a queda no preço do minério de ferro – principal produto da exportadora. Fora do Ibovespa, chama a atenção do mercado a forte alta nas ações da Brasil Pharma (BPHA3) – nos últimos 8 pregões, elas ficaram no positivo em 7, acumulando alta de cerca de 40%. 

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Confira os principais destaques da Bolsa nesta sessão:

Petrobras (PETR3, R$ 20,71, +5,02%; PETR4, R$ 21,97, +5,02%)
As ações da Petrobras sobem forte nesta sessão em meio ao cenário político agitado novamente, à espera da divulgação do Ibope na próxima terça-feira. Consultas telefônicas feitas pelos partidos mostraram que Marina Silva estaria bem à frente de Aécio Neves, com percentual em torno dos 27% das intenções de voto, segundo informações do Bom Dia Mercado, do Broadcast, serviço em tempo real do Estado de S. Paulo. Já a atual presidente ficaria com 38% das intenções, mantendo a porcentagem da última pesquisa. Dessa maneira, haveria um 2º turno entre Dilma e ex-senadora. 

Conforme rumores de mercado, além de um primeiro turno favorável à Marina Silva, a disputa com Dilma em um provável 2º turno, seria ainda melhor para a substituta de Eduardo Campos. A pesquisa que será divulgada amanhã pode mostrar Marina Silva à frente de Dilma, com uma vantagem de 8 pontos percentuais, apontam os rumores. 

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Além disso, o mercado segue atento à agenda eleitoral. Amanhã à noite ocorrerá o primeiro debate dos presidenciáveis na TV Bandeirantes, enquanto na quarta-feira a candidata Marina Silva será entrevistada no Jornal Nacional, na Globo.

Ainda no radar da empresa, o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, aceitou um acordo em que ele faria delação premiada com procuradores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, a presidente Dilma Rousseff disse no domingo que “não se pode confundir as pessoas com as instituições” e que a Petrobras está acima de eventuais desvios de conduta cometidos por seus integrantes. Essa decisão pode mudar o rumo das investigações sobre a petrolífera já que Costa teria afirmado na prisão que se contasse tudo que sabe à Justiça, as eleições deste ano não ocorreriam. 

Bancos
Além da Petrobras e Banco do Brasil (BBAS3, R$ 31,20, +3,21%) – duas estatais -, as ações dos bancos privados também reagem ao noticiário político agitado desta segunda-feira. Vale mencionar que juntos com as estatais, as ações do setor bancário são as mais sensíveis com o “rali eleitoral”. No radar das empresas, segue a expectativa da divulgação da pesquisa eleitoral Ibope na próxima terça-feira e que deve mostrar Marina Silva à frente de Dilma Rousseff por 8 pontos percentuais no segundo turno, de acordo com rumores de mercado. Além disso, amanhã acontece o primeiro debate político entre os presidenciáveis, na TV Bandeirantes. 

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Nesta sessão, destaque para as ações do Santander (SANB11, R$ 15,75, +3,08%), Bradesco (BBDC3, R$ 39,04, +2,20%; BBDC4, 38,48, +2,34%) e Itaú (ITUB4, R$ 38,35, +2,32%).

Imobiliárias
Em dia positivo no mercado brasileiro, as ações das imobiliárias aparecem entre as maiores altas do Ibovespa. Nesta sessão, somente 13 das 71 ações do índice operavam no negativo. Entre os principais destaques, os papéis da Cyrela (CYRE3, R$ 13,70, +3,47%), Rossi (RSID3, R$ 1,31, +3,97%) e MRV Engenharia (MRVE3, R$ 8,36, +2,08%), que subiam mais de 2%.

Duratex (DTEX3, R$ 9,37, +2,63%)
As ações da Duratex sobem nesta sessão, após serem elevada de underweight (desempenho abaixo da média do mercado) para equalweight (desempenho em linha com a média do mercado) pela Brasil Plural, nesta segunda-feira (25).

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Ambev (ABEV3, R$ 16,68, +2,65%)
Outro ação alvo da Brasil Plural, as ações da Ambev reagem à notícia de que a empresa foi iniciada com overweight (desempenho acima da média do mercado), informou a corretora nesta segunda-feira. 

JBS (JBSS3, R$ 9,09, -0,55%)
As ações da JBS caem nesta sessão em meio à matéria da revista Carta Capital, divulgada neste final de semana, com o título “JBS, negócio suspeito” e que trouxe novidades sobre a associação celebrado entre os Bertin e a família Batista, da JBS. Segundo a reportagem, um acordo nunca revelado ao mercado mostra que as famílias Bertin e Batista, sócias na Friboi, enganaram acionistas minoritários e a Receita Federal.

De acordo com a matéria, os Bertin se comprometeram, em troca de R$ 750 milhões, a repassar aos Batista 12% dos aproximadamente 22% da futura participação no controle da JBS. Com isso, os Bertin ficariam com uma participação menor da empresa, cerca de 10%, enquanto os Batista controlariam perto de 38% e não 26%, segundo indicavam os termos da aquisição anunciados publicamente. Após o negócio, o valor da empresa da família Bertin não passaria de R$ 1,5 bilhão, muito abaixo dos R$ 12 bilhões anunciados ao mercado. 

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Esse é o terceiro pregão de queda dos papéis, período em que acumulam desvalorização de 10,7%. Hoje, os papéis chegaram a atingir que de 4,81% na mínima do pregão, a R$ 8,70.  

Vale (VALE3, R$ 31,26, -0,35%; VALE5, R$ 27,71, -0,72%)
Os papéis da Vale registram queda hoje, reagindo ao preço do minério de ferro – principal produto da exportadora. A Bradespar (BRAP4, R$ 21,67, -1,28%), holding que detém participação na mineradora, segue o movimento. A commodity cai 1%, a US$ 89,20 por tonelada, nesta sessão e chega a sua 6ª queda seguida. No acumulado do ano, a commodity acumula desvalorização de 34%.

Brasil Pharma (BPHA3, R$ 4,60, +5,02%)
Fora do índice, as ações da Brasil Pharma dão continuidade ao movimento positivo da sexta-feira, após subirem com notícia de que o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou a ação da Procuradoria Geral da República de impedir a venda de itens de conveniências em farmácias. Segundo analista de mercado, que não quis se identificar, a notícia é bem importante para o setor, pois cria precedentes pra venda de itens de conveniência em farmácias de todo país.

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OdontoPrev (ODPV3, R$ 9,49, +1,71%)
As ações da OdontoPrev reagem ao acordo anunciado nesta segunda-feira. Segundo comunicado enviado ao mercado, foram cumpridas todas as condições precedentes constantes no acordo de associação com a BB Seguros. “Neste âmbito, a Brasildental aderiu ao acordo de associação, passando a ser considerada uma de suas partes, e a Odontoprev celebrou com a BB Seguros o acordo de acionistas da Brasildenta”, informou a companhia