Petrobras, dividendos e mais 11 empresas agitam o noticiário desta 4ª

Moody's criticou o uso da Petrobras contra a inflação; MMX arrenda direito da MMX Corumbá para Vetria Mineração

Paula Barra

(Agência Petrobras)

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SÃO PAULO – Com a temporada de balanços ganhando força e uma série de notícias corporativas, a quarta-feira (30) inicia agitada no mercado brasileiro. Nesta manhã, Telefônica Brasil (VIVT4), Gerdau (GGBR4), Arezzo (ARZZ3), Klabin (KBLN3) e Duratex (DTEX3) apresentam seus números do segundo trimestre ao mercado. Ontem à noite, mais quatro empresas reportaram seus dados, com destaque para Cielo (CIEL3).

No noticiário, a Petrobras (PETR3; PETR4) autorizou o estaleiro Ecovix-Engevix a transferir parte de duas plataformas adicionais de petróleo para o estaleiro Cosco, na China, para não perder prazos, disse o estaleiro em e-mail à Bloomberg. A Petrobras disse que atrasos em fases de construção são comuns e mudanças de estratégia não afetarão prazos e requisitos de conteúdo local. 

Além disso, ontem a Moody’s criticou o uso da estatal contra a inflação. O documento reforça a pressão pelo aumento da produção da companhia, condição para aliviar seu fluxo de caixa a partir de 2017 “na melhor das hipóteses”.

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Após a divulgação do relatório, as ações da companhia fecharam em queda superior a 2% na Bolsa de Valores. A análise encaminhada aos investidores abordava a deterioração do crédito para as estatais de petróleo da América Latina. No cenário, a brasileira figura como a companhia com as menores margens de lucro operacional, o maior saldo devedor, os maiores custos de produção, além de “substanciais riscos políticos”.

MMX
A Vetria Mineração, controlada por Triunfo e ALL, assinou contrato com a MMX Corumbá (MMXM3) para arrendamento de direitos minerários localizados em Corumbá (MS), no valor fixo anual de 500 mil dólares, informaram as companhias nesta terça-feira.

A transação contempla, ainda, a assinatura de um documento para aquisição futura, pela Vetria, da totalidade das ações de emissão da MMX Corumbá.

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Eneva
A Eneva (ENEV3), ex-MPX Energia, captou R$ 174,7 milhões no aumento de capital que teve início em maio e foi encerrado no dia 16 deste mês. O montante equivale a cerca de metade das ações totais oferecidas em uma operação que poderia movimentar até R$ 315,6 milhões. Segundo comunicado enviado ontem à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) pela empresa, foram subscritas 37.581.638 novas ações ordinárias. 

Gafisa
A construtora Gafisa (GFSA3) e sua divisão de baixa renda Tenda informaram na noite de terça-feira que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aceitou o pedido Tenda de conversão de categoria de registro de emissor de valores mobiliários para categoria “A”, que autoriza a negociação de quaisquer valores mobiliários em mercados regulamentados. 

Em comunicado, as companhias informaram que a conversão “faz parte dos atos programados para a primeira fase do processo anunciado em fevereiro”, quando o Conselho de Administração da Gafisa autorizou estudos para potencial separação dos dois negócios, dentro de uma estratégia para que Gafisa e Tenda sejam listadas em separado na bolsa.

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Oi e Telefônica
A operadora Oi (OIBR4) tenta negociar o adiamento do leilão de 4G da faixa de 700 MHz (Megahertz), que está programado para setembro, em meio ao processo de reestruturação, apurou o Estadão. Fontes afirmam ainda que a Telefônica (VIVT4) também estaria fazendo coro à Oi. 

Segundo uma outra fonte disse ao jornal, a Telefônica também estaria pressionando Brasília pelo adiamento do leilão por ainda não ter se beneficiado totalmente do investimento no 3G. 

Duratex
Além do resultado do segundo trimestre, a Duratex (DTEX3) aprovou o pagamento de R$ 0,109704 por ação em juros sobre capital próprio, que serão pagos em 15 de agosto deste ano, com base na posição acionária de 30 de julho e com retenção de 15% do imposto de renda na fonte.

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Indústrias Romi
A fabricante de máquinas e ferramentas Romi (ROMI3) anunciou nesta terça-feira programa de recompra de cerca de até 8 por cento de suas ações em circulação no mercado, ou cerca de 3 milhões de papéis.

A companhia também informou que encerrou o segundo trimestre com prejuízo líquido de 722 mil reais ante resultado positivo um ano antes de 5,13 milhões de reais, em meio à fraca performance do setor industrial brasileiro que fez a receita da companhia cair abaixo da média histórica.

Santander
O Santander (SANB11) esclareceu, após notícia de que estaria em fase final de negociando para compra do Banco Bonsucesso, que está analisando alternativas para reforçar sua atuação no critério consignado e, para tanto, está mantendo negociações com o Banco Bonsucesso. No entanto, até o momento, nenhum documento vinculante foi assinado. 

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Aliansce
A Aliansce (ALCS3) informou que os fundos de investimento pela ARX Investimentos aumentaram o número de ações ordinárias detidas da companhia, atingindo o total de 16.505.973 ações ordinárias, equivalentes a 10,38% do total de ações ONs de emissão da companhia. Segundo o comunicado, o aumento tem o exclusivo objetivo de investimento, não havendo qualquer interesse em alterar a composição do controle ou estrutura de administração da companhia.

Cosan Logística
A Cosan Logística, empresa de serviços de transporte e logística da Cosan (CSAN3), pediu registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme informações disponibilizadas no site da autarquia. 

Em fevereiro, a Cosan anunciou a criação da Cosan Logística como empresa responsável pelo investimento na Rumo Logística, seu braço de logística. A investida seguiu divulgação de proposta de incorporação da ALL (ALLL3) pela Rumo.

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Randon
Os funcionários de seis empresas do Grupo Randon (RAPT4), de Caxias do Sul, aprovaram a flexibilização da jornada de trabalho proposta pelo conglomerado como medida de adequação à retração do mercado, em votações feitas nesta terça-feira, 29. De agosto a outubro, cerca de 8 mil trabalhadores terão folgas de até quatro dias por mês, adicionais às regulares, de acordo com a necessidade de cada indústria. As empresas descontarão dos salários o equivalente a 50% do período parado e abonarão os 50% restantes.

A Randon divulgou nota na qual explica que a flexibilização está vinculada “à atual instabilidade do mercado nacional, que afeta diretamente a área de transporte de cargas e aquisição de caminhões e, em decorrência, o fornecimento de reboques e semirreboques, além da cadeia de autopeças dedicada ao setor”. As empresas que adotarão a flexibilização são a Randon Implementos Caxias do Sul, Randon São Paulo, Suspensys, Castertech, Master e Jost Brasil. Como não enfrentaram queda de demanda, a Fras-Le e a Randon Veículos não recorreram à medida.

No primeiro semestre do ano, a receita líquida consolidada do Grupo Randon chegou a R$ 1,98 bilhão, valor 2,6% inferior ao do mesmo período de 2013. Dados consolidados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) indicam que, no Brasil, o emplacamento de reboques e semirreboques caiu 10% na comparação entre os mesmos períodos, de 32.010 para 28.633.

Tecnosolo
A Tecnosolo (TCNO4)  informou nesta manhã que o investidor Falkon Equities, representado pelo BTG Pactual, reduziu sua participação acionária para 43.112.800 ações preferenciais emitidas pela companhia, correspondendo a aproximadamente 67,36% dos papéis emitidos. Em comunicado, ele ressalta que a redução de participação tem por objetivo mera realização de operações financeiras, não objetiva alterar a composição do controle da companhia.