Produção da Petrobras, dividendos da Telefônica, ex-OGX e mais 4 notícias agitam a noite

Entre os destaques da noite a Petrobras confirmou a venda de sua participação na Gasmig para a Cemig, enquanto a S&P rebaixou a Oi para "junk"

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Fechando a semana, diversas empresas agitaram a noite desta sexta-feira (18), com destaque para a Petrobras (PETR3; PETR4), que além de anunciar sua produção de junho, também confirmou o acordo com a Cemig (CMIG4) para venda de parte da Gasmig. Além disso, a OGPar (OGXP3) informou que estendeu mais uma vez os testes em Tubarão Azul, enquanto a Randon (RAPT4) anunciou seus dados opercaionais.

Petrobras
A produção de petróleo da Petrobras no Brasil atingiu a marca de 2,008 milhões de barris por dia (bpd) em junho, o que representa uma expansão de 1,7% em relação ao mês anterior. Na comparação com junho de 2013, houve acréscimo de aproximadamente 1,5%. Incluída a parcela operada pela Petrobras para seus parceiros, o volume produzido atingiu 2,135 milhões de bpd, expansão de 2,1% sobre maio deste ano.

No segmento de gás natural, a produção da Petrobras atingiu 66,4 milhões de metros cúbicos diários (m3/d) em junho, um novo recorde histórico. O montante representa uma expansão de 1,5% em relação ao mês anterior e de mais de 4% na comparação com junho de 2013. Quando incluída a parcela operada pela Petrobras para empresas associadas, o volume produzido alcançou 75,540 milhões de m3/d, alta de 2,1% ante o volume de maio.

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A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil em junho atingiu 2,426 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d), uma expansão de 1,6% em relação a maio deste ano e de 2% sobre junho do ano passado. “Incluída a parcela operada pela Petrobras para as empresas parceiras no Brasil, o volume atingiu a marca de 2,610 milhões de boe/d”, destaca a estatal. Houve um incremento de 2% sobre a produção alcançada em maio.

A expansão da produção decorreu, principalmente, do maior volume produzido no pré-sal e da entrada em operação de novos sistemas de produção. A produção no pré-sal atingiu novo recorde no mês passado, ao chegar à marca de 477 mil barris por dia, uma expansão de 6,7% em relação a maio. No dia 24 de junho, a produção atingiu a marca de 520 mil barris por dia, considerando a produção da Petrobras e de volumes de parceiros operados pela estatal.

No exterior, a produção da Petrobras atingiu 206,9 mil barris de óleo por dia, uma redução de 5,2% em relação ao mês anterior. A queda, segundo a Petrobras, decorre de uma “intervenção programada e já concluída” no gasoduto de exportação de gás do campo de Akpo, na Nigéria. “Isso fez com que a produção de média de óleo em junho, de 113,8 mil barris de óleo por dia (bopd), ficasse 6% abaixo dos 121 mil bopd produzidos no mês anterior”, informou a empresa.

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Venda da Gasmig
O Conselho de Administração da Petrobras aprovou a venda da participação acionária de 40% da empresa na Gasmig para a Cemig, em negócio de R$ 600 milhões. A Gasmig, concessionária exclusiva de distribuição de gás natural canalizado no estado de Minas Gerais, é responsável pela distribuição de um volume de 4,1 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural, através de uma rede de mais de 850 km de gasodutos.

A operação faz parte da reestruturação do portfólio da Petrobras na área de Gás e Energia, no âmbito do Plano de Negócios e Gestão 2014-2018, que contempla uma série de desinvestimentos. A Petrobras disse ainda que é a fornecedora do gás natural comercializado pela Gasmig, por meio de contratos de longo prazo, e que a transação não terá impacto sobre esses acordos.

A Cemig, empresa de geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, entre outros negócios em Minas Gerais, é a atual controladora da Gasmig, com 59,57% das ações. De acordo com a petroleira, o Plano de Negócios da Gasmig contempla, além da expansão da rede atual de distribuição, a construção de um gasoduto de distribuição de cerca de 500 km até Uberaba, para o atendimento da demanda no Triângulo Mineiro e da região Centro-Oeste de Minas Gerais.

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Telefônica
A Telefônica Brasil (VIVT4) informou o mercado que foi aprovado, nesta sexta-feira, em assembleia geral, o crédito de R$ 298 milhões a acionistas via juros sobre o capital próprio. O montante corresponde ao valor bruto de R$ 0,248859546574 para os papéis ordinários e R$ 0,273745501232 para os preferenciais da companhia. As ações da Telefônica serão negociadas “ex-juros” a partir de 1º de agosto, ou seja, investidores que terão o papel a partir desta data não terão direito aos proventos.

Oi
A Standard & Poor’s rebaixou o rating de crédito da Oi SA (OIBR4) em escala global para BB+, de BBB-. O rating de crédito da Oi em escala nacional foi rebaixado para brAA+, de brAAA. A perspectiva dos ratings é estável. A S&P também rebaixou os ratings da Portugal Telecom International Finance (PTIF) para BB+, de BBB-, em linha com o rebaixamento da Oi, que dá garantias para a dívida sênior da PTIF.

OGPar
Em processo de recuperação judicial, a Óleo e Gás Participações (OGXP3), antiga OGX Petróleo, informou o mercado nesta sexta-feira (18) que o período de testes no campo de Tubarão Azul continuará até 17 de setembro. Segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a companhia afirmou que segue “com processo de negociação de acordos que permitam a retomada da produção no campo, e que ainda está sujeita a determinadas condições precedentes”.

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Randon
A Randon (RAPT4) informou que sua receita consolidada em junho atingiu R$ 302,8 milhões, queda de 10,6% sobre o mesmo período do ano passado. No acumulado do ano até junho, a receita caiu 2,6% na comparação com o mesmo período de 2013, para R$ 1,98 bilhão, disse a empresa.

Segundo a companhia, a receita bruta total em junho foi de R$ 415,4 milhões, recuo de 21,8%, enquanto no acumulado do ano caiu 9%, a R$ 2,9 bilhões. A queda nas vendas da fabricante de implementos rodoviários ocorre diante de um mercado interno de veículos em queda, pressionado por crédito curto, demanda baixa e fraqueza da economia.

Segundo a associação de montadoras de veículos, Anfavea, os licenciamentos de caminhões no primeiro semestre caíram cerca de 13 por cento sobre o mesmo período de 2013.

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TIM
A operadora de telecomunicações TIM (TIMP3) afirmou que não há negociações de aquisição ou combinação de negócios entre a empresa e as rivais GVT e OiA companhia do grupo italiano Telecom Italia tem sido há meses alvo de rumores de que é um potencial alvo de aquisição em um contexto de forte consolidação do setor de telecomunicações no mundo.

A negativa desta sexta-feira ocorreu após pedido de esclarecimentos feito pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre texto publicado no jornal Valor Econômico que afirma que problemas ao redor da união entre Oi e Portugal Telecom estavam levando a GVT a buscar a compra da TIM.

“Não há negociação em andamento entre a companhia e a Oi, ou mesmo entre a companhia e a GVT, envolvendo qualquer tipo de aquisição ou combinação de negócios”, afirmou a TIM em comunicado ao mercado.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.