Petrobras, veto à fusão da Oi, recompra da MRV e mais 7 empresas agitam noticiário

Ainda entre os destaques, Helbor contrata formador de mercado; Copel reverte prejuízo em lucro no quarto trimestre

Paula Barra

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SÃO PAULO – A terça-feira (18) inicia agitada no mercado brasileiro, em meio à temporada de balanços e noticiário corporativo. Na noite da véspera, a Petrobras (PETR3; PETR4) divulgou um comunicado informando que seu conselho de administração aprovou seu resultado de 2013, mas não por unanimidade. É comum todas as empresas informarem quando seu conselho aprova seu balanço, mas o que chamou atenção dessa vez foi que um dos conselheiros não aprovou e ainda citou três fatores para sua atitude. 

Segundo o comunicado da petrolífera, Mauro Rodrigues da Cunha afirmou que “falta de envio tempestivo das demonstrações para análise dos conselheiros”. Além disso, ele discordou da política de hegde accounting da empresa e apontou para a “insuficiência de informações e aparente inadequação da contabilização dos investimentos em refinarias”.

Ainda sobre a petroleira, segundo uma fonte da indústria familiarizada com o assunto disse à Reuters, as importações de gasolina pela Petrobras deverão quase dobrar em 2014, com a estatal correndo para atender ao crescimento do consumo interno de combustíveis. As compras externas de gasolina estão previstas para atingirem 60 mil barris/dia na média em 2014 ante 32 mil barris/dia em 2013, informou.

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MRV aprova programa de recompra de ações
Após dois dias de forte queda na Bolsa, a MRV Engenharia (MRVE3), anunciou na última segunda-feira um programa de recompra de ações. Com duração de 365 dias, o programa visa comprar até 15 milhões de ações, ou cerca de 5% das 305.207.949 ações ordinárias da companhia em circulação. Na última quinta-feira, a MRV divulgou seu resultado do quarto trimestre de 2013, que não foi bem recebido pelo mercado, ficando bem abaixo do esperado pelos analistas. Com isso, em duas sessões os papéis da companhia recuaram 17,2%, sendo 5,44% apenas nesta segunda-feira. Cotada a R$ 6,95, as ações da imobiliária atingiram seu menor fechamento desde agosto do ano passado.

Helbor contrata formador de mercado
A diretoria da Helbor (HBOR3) aprovou a contratação da Bradesco Corretora para prestar serviços de formador de mercado da companhia. 
Segundo comunicado, o prazo do contrato entre as duas empresas é de 12 meses, iniciando em 18 de março, e pode ser prorrogado automaticamente por mais 12 meses caso nenhuma das duas partes se manifeste contra. Como normalmente ocorre, a companhia informou que o objetivo da contratação é aumentar a liquidez das ações HBOR3.

Minoritários da Oi vão tentar barrar fusão com PT
Acionistas minoritários da Oi (OIBR4) estão aumentando a articulação contra os termos da fusão proposta com a Portugal Telecom e vão tentar barrar a operação na assembleia marcada para dia 27.

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A Tempo Capital entrou nesta segunda-feira com pedido público de procuração na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para representar outros minoritários da Oi na assembleia. A reunião vai deliberar sobre o laudo de avaliação dos ativos da Portugal Telecom para fins de aumento de capital da Oi. O laudo elaborado pelo Santander foi alvo de críticas dos minoritários, que apontam “superavaliação” dos ativos da companhia portuguesa, o que segundo eles tem como consequência uma maior diluição da fatia da Oi.

Segundo Domenica Noronha, sócia da Tempo Capital, o objetivo do pedido público de procuração é facilitar a participação dos minoritários na assembleia, de forma a se opor à aprovação do laudo, peça essencial para a fusão com a PT. “Nosso objetivo é formar um grupo de acionistas que se posicione contrariamente a esse laudo (de avaliação) e a essa operação (de aumento de capital)”, disse Domenica à Reuters.

Copel reverte prejuízo em lucro
Entre a temporada de balanços, a Copel (CPLE6) encerrou o quarto trimestre de 2013 com lucro líquido de R$ 178 milhões, revertendo prejuízo registrado um ano antes, informou a empresa paranaense de energia na noite de segunda-feira. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 262 milhões, mais de quatro vezes acima do registrado no último trimestre de 2012. 

Direcional tem leve alta no lucro
A Direcional (DIRR3) divulgou seu resultado referente ao quarto trimestre de 2013, com uma receita líquida de R$ 438,2 milhões, alta de 16,7% ante os R$ 375,5 registrados um ano antes. Enquanto isso, o Ebitda caiu 12% no mesmo período, atingindo R$ 74,7 milhões, assim como o lucro líquido, que caiu 24,1% na comparação anual e fechou o quarto trimestre em R$ 50,0 milhões. No desempenho anualizado, a companhia viu sua receita atingir R$ 1,7 bilhão, avançando 20,4% em 2013, enquanto o Ebitda subiu 3,5%, ficando em R$ 328,4 milhões. Já o lucro líquido, encerrou o ano passado em R$ 231,6 milhões, leve avanço de 2,2%. 

Após anunciar o resultado, o conselho de administração da Direcional aprovou a proposta de destinação de R$ 57 milhões em dividendos aos acionistas da empresa. Além disso, outros R$ 171,1 milhões serão destinados para reserva de investimentos.

CSU CardSystem vê lucro cair 35% no trimestre
Outra empresa que apresentou seu balanço trimestral foi a CSU (CARD3), que reportou uma receita líquida de R$ 89,5 milhões, alta de 3,9% ante o mesmo período do ano passado. Por outro lado, o lucro líquido da companhia caiu 35,1%, passando de R$ 3,2 milhões para 2,0 milhões em um ano.

Entre os destaques, a companhia apontou a redução de 9,9% nas despesas com vendas, gerais e adminitrativas em 2013, além da expansão de 20,1% na base de cartões faturados no último ano. Em comunicado, a diretoria da empresa afirmou que 2013 foi um período de inovação para a companhia, que passou por uma adaptação em um novo cenário de negócios. Junto com o resultado,  a CSU informou que cancelou 1,1 milhão de ações que estavam em tesouraria. Além disso, o conselho da companhia aprovou um novo programa de recompra de ações, que no período de um ano poderá adquirir até 1 milhão de ações.

Lucro da Qualicorp cresce 296% no trimestre
Enquanto isso, a Qualicorp (QUAL3) apresentou lucro líquido de R$ 107,9 milhões nos três últimos meses de 2013, uma alta de 296% ante o lucro de R$ 27,2 milhões no mesmo trimestre do ano anterior. Segundo comunicado, o lucro líquido é ajustado pelas despesas extraordinárias e atualização monetária sobre a opção de compra da Aliança.

Já o Ebitda ajustado foi de R$ 135 milhões, alta de 59,3% na comparação anual, enquanto a receita líquida somou R$ 333,8 milhões no quarto trimestre, avanço de 28,8%. No acumulado do ano, o lucro líquido foi de R$ 231,6 milhões, alta de 156,7% ante 2012. O Ebitda anual foi de R$ 450,5 milhões, alta de 41,7%, enquanto a receita líquida somou R$ 1,199 bilhão, alta de 30,3%.

BHG atinge receita de R$ 237,3 mi
A rede hoteleira BHG (BHGR3) divulgou ontem os resultados do quarto trimestre, que mostrou uma receita líquida de R$ 237,3 milhões, crescimento de 5,1% na comparação com o mesmo período do ano passado e um Ebitda (Lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de R$ 82 milhões, 7,1% maior do que no ano anterior. A companhia obteve, em 2013, um lucro líquido de R$ 6,3 milhões, frente a R$ 2,1 milhões no mesmo período do ano passado.

Braskem vai investir R$ 2,6 bi em 2014
Já a Braskem (BRKM5) informou que o orçamento de capital para 2014 aprovado pelo conselho de administração prevê investimentos de R$ 2,664 bilhões. Segundo a companhia, 30% deste valor será financiado com capital próprio, e outros 70% com capital de terceiros. O orçamento ainda será submetido à assembleia, marcada para 26 de março.

A maior parte do investimento, de R$ 1,475 bilhão, será destinada para manutenção, reposição e outros. O projeto México receberá R$ 704 milhões, enquanto outros R$ 226,178 milhões serão aplicados em produtividade e saúde, segurança e meio ambiente. O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), Ac. Acrílico e Splitter receberão R$ 258,452 milhões.