Oi fará oferta de ações; Justiça separa OGX da OSX; veja outros destaques

Vale pode vender projeto de fertilizante; Gol e Air France-KLM assinam parceria de longo prazo; Fibria recupera grau de investimento; receita líquida da Randon atinge R$ 262,4 mi em janeiro

Paula Barra

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SÃO PAULO – A quinta-feira (20) inicia agitada no mercado brasileiro, em meio a uma série de notícias corporativas, juntamente com a continuidade da temporada de balanços do quarto trimestre. 

Entre os destaques, a operadora Oi (OIBR4) entrou com pedido de registro de oferta pública de ações na CVM (Comissão de Valores Mobiliários), segundo fato relevante e prospecto preliminar divulgados na madrugada desta quinta-feira. A empresa estima que a precificação da oferta, que faz parte do processo de fusão com a Portugal Telecom, ocorrerá no dia 16 de abril. O valor total do aumento de capital da Oi é estimado em, aproximadamente, R$ 14 bilhões. 

Na véspera, em teleconferência sobre resultados, a empresa demonstrou mais esforços com a finalidade de atrair o mercado para seu plano de capitalização. Se o aumento de capital é fundamental para o processo de fusão com a Portugal Telecom, melhorar os resultados da empresa também é essencial. Na busca desse objetivo, uma das iniciativas da Oi é dar continuidade à venda de ativos neste ano. Deverão ser vendidas de 1,5 mil a 2 mil torres de celular, as últimas ainda em poder da tele. Significa que a Oi será uma operadora praticamente sem torre de celular. 

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Justiça decide separar processos de recuperação judicial da OGX e OSX
Além disso, a Justiça do Rio de Janeiro acatou na véspera recurso movido pela empreiteira espanhola Acciona contra a tramitação conjunta da recuperação judicial da OSX (OSXB3) e da antiga OGX, agora Óleo e Gás Participações (OGXP3). A Acciona é uma das principais credoras da OSX. Com a decisão, o processo será separado. A 4ª Vara Empresarial respondia, até então, pela recuperação das duas companhais, sendo que a Deloitte fora designada como administradora judicial dos dois casos. Com isso, o processo da OSX será redistribuído para outra vara, sendo que o juiz determinará se os atos praticados continuaram em vigor.

Com as mudanças, o andamento do processo de recuperação judicial pode ser atrasado. A empresa de estaleiros do grupo EBX, por enquanto, tem até 10 de março para apresentar seu plano de recuperação. Porém, em comunicado ao mercado, a OSX afirmou entender “que não há prejuízo na condução dos processos em separado, se for o caso, e prossegue com a elaboração de seu Plano de Recuperação Judicial e a avaliação de potenciais combinações empresariais, inclusive a desmobilização de ativos, notadamente relacionada às unidades FPSOs [plataformas]”.

Cromossomo diz que pode fazer OPA para tirar Dasa do Novo Mercado
A Cromossomo Participações informou que poderá realizar nova oferta pública de aquisição de ações da companhia de diagnósticos Dasa (DASA3) para retirá-la do Novo Mercado, caso não consiga recompor em seis meses o percentual mínimo de ações exigido para listagem no segmento. As regras do Novo Mercado determinam que as ações em circulação da companhia totalizem pelo menos 25% do capital social da empresa. Mas segundo informações enviadas à BMF&Bovespa na véspera, apenas 13,05% dos papéis da Dasa eram negociados livremente no mercado. A Cromossomo é controlada indiretamente por Edson de Godoy Bueno e Dulce Pugliese de Godoy Bueno. Desde o leilão da oferta pública de aquisição de ações (OPA) que deu a ambos o controle da Dasa, em 10 de fevereiro, a Cromossomo já adquiriu ações correspondentes a 42,89% do capital da empresa de diagnósticos.

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Gol e Air France-KLM assinam parceria de longo prazo
A Gol (GOLL4) anunciou na véspera que assinou uma parceria exclusiva estratégica de longo prazo para cooperação comercial com a Air France-KLM. A parceria está sujeita à aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). De acordo com o fato relevante enviado à CVM, a cooperação abrange a ampliação do compartilhamento de voos, atividades de venda conjunta e programas de milhagens. Como parte do acordo, a Air France-KLM investirá US$ 100 milhões na Gol, sendo US$ 52 milhões em ações, o equivalente a uma participação de 1,5% nas ações preferenciais. O aumento de capital passará pela aprovação do conselho de administração. Os US$ 48 milhões restantes serão colocados, adicionalmente, pela Air France-KLM para aprimorar a eficácia da parceria comercial estratégica. 

Fibria recupera grau de investimento
A agência de classificação de risco Fitch elevou o rating em moeda estrangeira da Fibria (FIBR3) de “BB+” para “BBB-“, dando à fabricante de celulose o almejado grau de investimento. 
A perspectiva do rating foi revista de positiva para estável. A Fibria vinha dizendo desde o início do ano passado que tinha o objetivo de obter o grau de investimento por agências de classificação de risco até o início de 2014, com a melhora das métricas de endividamento.

Lucro da Ultrapar tem alta de 20% no 4° tri
A Ultrapar (UGPA3) registrou crescimento de 20%, em bases anuais, do lucro líquido no quarto trimestre, impulsionado por um melhor resultado operacional em seus negócios. 
A companhia informou que o lucro foi de R$ 370,7 milhões entre outubro e dezembro, ante R$ 309,8 milhões um ano antes. Em 2014, a Ultrapar pretende investir R$ 1,484 bilhão, acima dos R$ 1,119 bilhão no ano passado. O montante, segundo a companhia, demonstra “a continuidade de boas oportunidades para crescimento por escala e ganhos de produtividade”.

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Lucro da Eucatex cai 75% no tri
Apesar de ter elevado sua receita líquida no quarto trimestre, a Eucatex (EUCA4) registrou queda expressiva de seu lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado. O lucro líquido da companhia recuou 75,3%, para R$ 8,5 milhões. O resultado foi impactado pelos eventos não recorrentes complemento do Refis IV e rescisões de processos trabalhistas. Nos últimos três meses de 2012, a Eucatex registrou R$ 20,3 milhões positivos de itens não recorrentes.

BicBanco reverte prejuízo em lucro no tri
Já o BicBanco (BICB4) reverteu prejuízo líquido de R$ 71,7 milhões registrado no quarto trimestre de 2012 para lucro líquido contábil de R$ 38,5 milhões nos últimos três meses do ano passado. Pelo critério ajustado, que exclui efeitos 
da marcação a mercado de derivativos, o banco lucrou R$ 44 milhões de outubro a dezembro, após prejuízo de R$ 112,4 milhões em igual período de 2012. A instituição contou com uma redução nas provisões para perda com crédito, o que ajudou o resultado de intermediação financeira, apesar da queda no volume médio das operações de crédito. As provisões líquidas caíram de R$ 548,2 milhões em 2012 para R$ 259,7 milhões em 2013. Somente no quarto trimestre de 2013, as provisões foram de R$ 58,6 milhões, ante R$ 216,4 milhões no mesmo intervalo de 2012.  

Vale pode vender projeto de fertilizante
A Vale (VALE3, VALE5) poderá vender um projeto em Sergipe de US$ 4 bilhões importante para o Brasil reduzir sua dependência externa de fertilizantes se não houver acordo entre prefeituras sobre pagamento de tributos. 
“A Vale não fará nenhum movimento que seja prejudicial ao Estado de Sergipe, não tendo solução política, daremos mandato para um banco para que possamos vender o projeto, e algum interessado desenvolver”, afirmou o presidente da mineradora, Murilo Ferreira, em audiência no Senado na quarta-feira para tratar do assunto. Está havendo uma divergência entre os municípios de Japaratuba e Capela sobre a divisão dos tributos com o Projeto Carnalita, que tem previsão de adicionar um volume de 1,2 milhão de toneladas à produção de potássio, importante matéria-prima de fertilizantes, da qual o Brasil –uma potência agrícola– é extremamente dependente de importações.

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E.ON e Cambuhy concluem aumento de capital 
Foi concluído na véspera o aumento de capital de R$ 250 milhões da Parnaíba Gás Natural, atual denominação da OGX Maranhão Petróleo, conforme informaram ao mercado Eneva (ENEV3) e Óleo e Gás Participações (OGXP3), após o fechamento da bolsa. Segundo comunicado enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários), a operação de subscrição e integralização foi concluída por Cambuhy e E.ON. 
Com isso, a nova estrutura do capital social da PGN conta agora com a mesma participação de 36,36% por OGP e Cambuhy, além de Eneva detendo 18,18% sobre o total e E.ON 9,09% das ações ordinárias de emissão da Parnaíba Gás Natural.

Randon: receita líquida atinge R$ 262,4 mi em janeiro
A Randon (RAPT4) informou que sua receita líquida atingiu R$ 262,4 milhões, ou 12,6% menor que a registrada em janeiro de 2013. A receita bruta total (sem eliminação e com impostos) no mês alcançou R$ 402,6 milhões, queda de 13,9% frente ao mesmo período do ano anterior. 

Santander: julgamento do STF sobre planos econômicos será demorado
O Santander Brasil (SANB11) acredita que o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) das ações que reivindicam correção de cadernetas de poupança por perdas com planos econômicos das décadas de 1980 e 1990 deve ser demorado devido à sua complexidade. 
“Os bancos cumpriram as regras e indicações do Banco Central. É um processo que vai demorar”, disse o vice-presidente executivo Carlos Galán, em reunião com investidores no Rio de Janeiro. O STF deveria retomar no dia 26 o julgamento das ações, que tratam do direito de ressarcimento por prejuízos decorrentes dos planos Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2, entretanto, o prazo foi adiado. O executivo se recusou a delimitar o tamanho do impacto para o Santander, uma vez que cada plano tem muitas variáveis. “Isso merece um tratamento cauteloso e moderado”, acrescentou.

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(Com Reuters)