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SÃO PAULO – Janeiro não irá deixar saudade para o Ibovespa: com queda de 7,51%, o principal índice de ações da BM&FBovespa teve seu pior janeiro desde 1995, além de completar seu 3º mês consecutivo no vermelho. A enxurrada de más notícias envolvendo os emergentes contribuiu para a fuga deflagrada de investidores estrangeiros da Bovespa. Contudo, como o InfoMoney já havia mostrado semana passada, os investidores que utilizam o Merrill Lynch como intermediadora de suas negociações parecem estar indo na direção contrária do mercado.
Segundo dados obtidos pela plataforma Profit Chart, da Nelogica, a corretora norte-americana em janeiro o maior saldo líquido positivo – ou seja, comprou mais ações do que vendeu – com as ações ordinárias da Petrobras (PETR3) e com os papéis ordinários e preferenciais da Vale (VALE3, VALE5), ficando positivo em 19,3 milhões, 5,5 milhões e 6,9 milhões de ações, respectivamente. Ela também foi a segunda maior “compradora” de PETR4, tendo encarteirado 8,7 milhões de ações a mais do que vendeu no primeiro mês do ano.
Na semana passada o InfoMoney já havia noticiado que o Bank of America Merrill Lynch já tinha visto sua corretora liderado as compras com blue chips em meio à fuga deflagrada dos investidores estrangeiros.
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Os números por si só não conseguem indicar quem ou quantos investidores fizeram essas compras usando o BofA como corretora, apenas podemos presumir que trata-se de fundos de investimento ou grandes investidores estrangeiros – já que o investidor pessoa física brasileiro dificilmente usaria essa instituição como intermediadora. Também é frágil cravar que esses números por si só indicam que eles encarteiraram estas ações, uma vez que eles podem ter apenas “zerado” posições vendidas nestes papéis.
Contudo, uma coisa é certa: seja esse movimento dos clientes do Merrill Lynch uma zeragem de posições vendidas ou uma montagem de posição comprada, podemos concluir que um “big player” estrangeiro parece estar menos pessimista com as principais blue chips da bolsa brasileira.
Apenas para lembrar: durante janeiro as ações da Vale chegaram a valer R$ 28, patamares que não eram vistos desde agosto do ano passado. Já a Petrobras viu seus papéis preferenciais perderem a faixa dos R$ 15 pela 1ª vez desde 2008 – época em que a crise do subprime nos EUA provocava efeitos devastadores no mercado mundial.
