Ibovespa é a 2ª pior bolsa do mundo em 2013; veja as 10 melhores e piores

Venezuela tem o melhor desempenho, apesar dos problemas econômicos, enquanto benchmark da bolsa brasileira perde apenas para o Peru

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Muitos investidores de renda variável não tiveram motivos para sorrir em 2013 no Brasil. A deterioração do cenário macroeconômico brasileiro e a redução de estímulos por parte do Federal Reserve foram apenas um dos fatores que levaram à desconfiança com relação ao Brasil e se refletiram na bolsa brasileira.

Porém, não são todos os investidores que não ficaram satisfeitos com o desempenho do mercado, conforme ressalta o blog do Financial Times, Beyond Brics, que ressaltou os dez melhores e os dez piores índices acionários do mundo em dólares, com base no fechamento do último dia 20 de dezembro. 

Enquanto a Venezuela, mesmo com os seus diversos problemas econômicos, registra ganhos de 300%. Já os índices de Dubai e de Abhu Dhabi também tiveram forte desempenho, seguidos pelos “frontier markets”, cujas bolsas possuem pouca liquidez, mas com economias que vêm registrando forte expansão.

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Dentre os destaques, está Gana, Quênia, Nigéria e Paquistão, todas com ganhos superiores a 35% em 2013. Além disso, o desempenho da Bulgária e da Irlanda mostra que os investidores ainda podem encontrar boas oportunidades na “velha Europa”, ressalta o blog da publicação britânica.

Eles ressaltam ainda que os ganhos na Venezuela e na Argentina são bastante mitigados pelos controles cambiais difíceis, com inflação e outras preocupações, o que torna o investimento em ações como uma aposta muito mais segura do que até mesmo segurar dinheiro “debaixo do colchão”. 

Na parte inferior do gráfico, outros índices latino-americanos são destaques, como o Brasil, com queda de 27% em termos dolarizados, que perde apenas para o Peru. Dos “cinco frágeis” – formado por Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia – , Indonésia e Turquia se juntam ao Brasil entre os piores desempenho. Como ressalta o Beyond Brics, protestos e déficits como observados nestes países raramente ajudam na confiança dos investidores. 

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E no Brasil, este cenário é bastante proeminente. Enquanto os protestos no mês de junho afetaram a confiança em meio à pressão do governo sobre a adoção de reajustes tarifários para as empresas, além de diminuir as vendas no setor de varejo, o cenário de deterioração fiscal aumenta os riscos de um rebaixamento da nota de crédito do País, o que afugenta ainda mais os investidores. 

Confira abaixo os melhores e os piores desempenhos em 2013:

Melhores e Piores

*em relação ao fechamento de 20 de dezembro

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.