Culpa da Dilma? Estrangeiros agora exigem 13% ao ano para emprestar ao Brasil

Quanto maior o rendimento do título de dívida, maior o medo do mercado em relação ao emissor

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – O rendimento dos títulos de dívida brasileira superaram os 13% na manhã desta terça-feira (3). Essa é uma forte elevação do patamar de 9% em que as dívidas brasileiras começaram no início do ano e sinaliza que o mercado está temeroso com a execução política e financeiro do Brasil. 

Quanto maior o rendimento do título de dívida, maior o medo do mercado em relação ao emissor. Embora oscile de acordo com a Selic, que subiu 2,75 pontos percentuais este ano, a alta levou o juro da dívida brasileira para território acima do que é considerado normal para o Brasil – que ainda está bem avaliado de acordo com as agências de Rating. Até países como Colômbia e Peru pagam menos, e possuem notas menores. 

O rendimento vem subindo com a crescente decepção com a condução econômica nacional: os números fiscais vão ficando cada vez piores e a interferência ainda estão bastante presentes. Prova disso, acredita o mercado, é a decisão de manter “às escuras” a nova metodologia de preços da Petrobras (PETR3; PETR4) – visto como mais uma interferência de Dilma. 

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Os números de PIB (Produto Interno Bruto) também impressionaram negativamente: não se esperava uma queda. Além disso, o custo de capital mundial estão crescendo, já que há a expectativa que o Federal Reserve ajuste sua política monetária, retirando parte dos estímulos, o chamado Quantitative Easing. 

Se continuar o movimento, o juro pago pelos estrangeiros deverá superar os 13%, o que não ocorre desde 2008, com a crise do Subprime. A mensagem que o mercado passa, portanto, é que a economia brasileira não inspira confiança e que as apostas são de que o rating será rebaixado, cedo ou tarde.