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SÃO PAULO – Após ter seu melhor desempenho diário desde setembro na última sessão, o Ibovespa voltou a subir após o feriado da Proclamação da República, que manteve a bolsa fechada na sexta-feira (15). Nesta segunda-feira (18), o benchmark da bolsa brasileira alcançou sua terceira alta seguida ao fechar com variação positiva de 1,60%, a 54.307 pontos, refletindo o maior otimismo dos investidores com a possibilidade de postergação nos estímulos do Federal Reserve à economia norte americana, além de maior detalhamento das reformas na China. O volume financeiro negociado na Bovespa foi de R$ 10,49 bilhões.
O desempenho do índice acompanhou o dia positivo dos mercados internacionais, em meio ao detalhamento das reformas na China, além de repercutir o último dia oficial da temporada de resultados e os dados industriais fracos dos EUA mostrados na última sexta-feira, o que aumenta a expectativa para que a redução do QE3 (Quantitative Easing 3) seja adiada. Vale ressaltar que esta segunda-feira marcou o vencimento de opções sobre ações, o que costuma trazer volatilidade para o benchmark da bolsa e, principalmente, para as blue chips, cujos papéis possuem maior liquidez no mercado. Com isso, é importante destacar a forte alta das ações de Petrobras (PETR3, R$ 20,34, +3,78%; PETR4, R$ 21,44, +4,84%) e Vale (VALE3, R$ 36,25, +1,03%; VALE5, R$ 33,07, +2,07%), as duas empresas com maior participação no Ibovespa.
O otimismo dos mercados também puxou o dólar para baixo nesta sessão, com a divisa caindo 2%, cotada a R$ 2,2682 na venda, completando o cenário de maior otimismo com relação à manutenção do QE3 nos Estados Unidos e as sinalizações positivas da China com a preocupação de manter o nível de crescimento elevado.
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Destaques do pregão
Em meio ao detalhamento das reformas na China, as ações das siderúrgicas e das mineradoras chamaram atenção nesta sessão. Os papéis da Usiminas (USIM3, R$ 12,33, +2,75%; USIM5, R$ 13,10, +2,83%), Gerdau (GGBR4, R$ 18,80, +2,29%) tiveram ganhos expressivos, assim como as já mencionadas ações da Vale, que, apesar do de ganhos, amenizaram as altas mais fortes vistas durante o pregão. O dia positivo global também impulsionou os papéis da Petrobras, que, na próxima sexta-feira (22), tem uma importante reunião que pode levar ao reajuste dos preços dos combustíveis; na coluna radar da Veja, desta segunda-feira, foi apontado que a gasolina seria reajustada em 5%.
Durante o intraday, também chamaram a atenção as ações de Eletrobras (ELET3, R$ 6,25, +1,13%; ELET6, R$ 11,00, +1,66%) e Sabesp (SBSP3, R$ 25,50, +2,08,%), que registravam queda e ganhos respectivamente. A companhia de energia, que, pressionada pela renovação antecipada das concessões que reduziu as tarifas de sua geração e transmissão, viu seus papéis chegarem a cair 3,33%, fechou o dia no verde. Vale destacar que, na semana passada, a companhia divulgou que encerrou o terceiro trimestre com um prejuízo líquido consolidado de R$ 915 milhões, ante lucro de R$ 1 bilhão no mesmo período do ano passado. Já a Sabesp, por sua vez, viu seu lucro líquido subir 31,3% no terceiro trimestre na base de comparação anual, para R$ 475 milhões, enquanto a receita operacional líquida registrou avanço de 2,3%, para R$ 2,8 bilhões.
A Fibria (FIBR3, R$ 29,45, +1,34%), por sua vez, amenizou ganhos após suas ações chegarem a subir 5,30% nesta sessão. A companhia anunciou a alienação de terrenos no valor de R$ 1,65 bilhão, além de ter ganhado recurso no valor de R$ 1,6 bilhão contra a Receita Federal, anunciada na última quinta-feira.
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Dentre os maiores ganhos da sessão, aparecem os papéis de B2W (BTOW3, R$ 15,74, +7,07%), LLX Logística (LLXL3, R$ 1,24, +6,90%), além das imobiliárias, com destaque para os ativos de Brookfield (BISA3, R$ 1,19, +4,39%) e MRV Engenharia (MRVE3, R$ 9,80, +4,14%).
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
BTOW3 | B2W DIGITAL ON | 15,74 | +7,07 | -7,41 | 9,53M |
LLXL3 | LLX LOG ON | 1,24 | +6,90 | -38,43 | 6,89M |
PETR4 | PETROBRAS PN | 21,44 | +4,84 | +14,10 | 941,64M |
BISA3 | BROOKFIELD ON | 1,19 | +4,39 | -65,20 | 11,68M |
MRVE3 | MRV ON | 9,80 | +4,14 | -15,00 | 54,47M |
Já na ponta de baixo, apenas 11 ações tiveram dia negativo nesta sessão, sendo que somente 6 delas fecharam com quedas superiores a 1%. Entre os destaques aparecem os papéis da Marfrig (MRFG3, R$ 4,20, -3,00%), que já acumulam queda anual de 50,47%, além das ações da BR Properties (BRPR3, R$ 18,50, -2,22%).
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
MRFG3 | MARFRIG ON | 4,20 | -3,00 | -50,47 | 13,47M |
BRPR3 | BR PROPERT ON | 18,50 | -2,22 | -25,74 | 69,68M |
HGTX3 | CIA HERING ON | 31,90 | -2,09 | -21,64 | 32,86M |
TRPL4 | TRAN PAULIST PN | 29,70 | -1,92 | -9,97 | 7,51M |
CSAN3 | COSAN ON | 43,90 | -1,70 | +6,98 | 55,27M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Vol 30d1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|---|
PETR4 | PETROBRAS PN | 21,44 | +4,84 | 941,64M | 623,75M | 46.205 |
VALE5 | VALE PNA | 33,07 | +2,07 | 655,45M | 601,06M | 34.120 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCO PN | 34,06 | +1,37 | 332,15M | 324,45M | 25.482 |
PETR3 | PETROBRAS ON | 20,34 | +3,78 | 271,83M | 196,32M | 20.237 |
BBDC4 | BRADESCO PN | 31,67 | +0,57 | 203,85M | 251,24M | 15.916 |
ABEV3 | AMBEV S/A ON | 17,65 | +1,03 | 189,85M | 60,06M | 26.946 |
BBAS3 | BRASIL ON | 27,01 | +0,48 | 161,40M | 180,17M | 11.322 |
BRFS3 | BRF SA ON | 52,30 | -0,51 | 139,98M | 119,74M | 8.141 |
VALE3 | VALE ON | 36,25 | +1,03 | 129,72M | 232,86M | 9.127 |
GGBR4 | GERDAU PN EJ | 18,80 | +2,29 | 128,88M | 114,72M | 15.665 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
Atenções seguem com China e EUA
As bolsas asiáticas fecharam sem direção definida nesta segunda-feira (18). Contudo, as bolsas chinesas foram o grande destaque de alta, em meio ao detalhamento das reformas na China na última sexta-feira. Com isso, o índice Shangai Composto teve alta de 2,9%, o maior porcentual desde 9 de setembro, enquanto o índice Shenzen registrou ganhos de 2,2% e o Hang Seng, alta de 2,7%.
Depois do fechamento dos mercados chineses na última sexta-feira, o país divulgou uma série de planos detalhados de reformas, prometendo mudanças abrangentes para a economia e a estrutura social do país, na medida em que procura desencadear novas fontes de crescimento após três décadas de expansão vertiginosa mostrarem sinais de fraqueza.
O documento mostrou a intenção do governo em abrir o setor financeiro, relaxar controles em alguns setores fechados, entre outros. Com isso, as ações de setores de seguradoras e de corretoras lideraram os ganhos da sessão.
Vale ressaltar que o mercado segue de olho nos Estados Unidos, uma vez que esta é mais uma semana importante para a política monetária do país, visto que várias autoridades do banco central norte-americano farão declarações, incluindo o atual chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, que irá falar sobre “Comunicação e Política Monetária” na terça-feira.
Na quarta-feira, o Fed divulga a ata da reunião de política de outubro, que será analisada em busca de indicações sobre quando o banco pode começar a reduzir seu programa de compra de títulos.
Europa: balança comercial é destaque
No velho continente, o destaque ficou por conta do índice que mede as finanças das famílias, que caiu para 38,8 em novembro ante 41 em outubro, no menor patamar desde abril, indicando as preocupações com o menor crescimento do salário e alta dos preços de energia.
Já entre os dados da zona do euro, chamam atenção os números da balança comercial, que registraram alta no superávit de 6,9 bilhões de euros em agosto para 13,1 bilhões em setembro, o maior para o mês desde 1999.