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SÃO PAULO – O governo elevou na véspera o valor máximo de compra de imóveis com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), de R$ 500 mil para R$ 750 mil, para três estados – Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais – mais o Distrito Federal, e para R$ 650 mil para os demais estados do País. A notícia agradou os analistas do Credit Suisse e Banco Espírito Santo, que veem um cenário positivo para as ações do setor de construção civil, embora apontem exceções.
A decisão, feita em reunião do CMN (Conselho Monetário Nacional), vai beneficiar as empresas voltadas para o segmento de classe média, em função de melhores condições de crédito para a população, disseram os analistas Nicole Hirakawa, Luis Stacchini e Eugenio Amador, do Credit, e Eduardo Silveira e Gabriel De Gaetano, do BES.
Segundo o Credit, todas as companhias do setor que estão em sua cobertura serão beneficiadas com a medida, com exceção de Direcional (DIRR3) e MRV Engenharia (MRVE3).
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No mesmo sentido, os analistas do BES apontam que as companhias mais favorecidas serão: Tecnisa (TCSA3), Cyrela (CYRE3), Brookfield (BISA3), Rossi (RSID3), PDG Realty (PDGR3) e Gafisa (GFSA3). Isso porque essas companhias têm lançamentos, vendas, estoques e projetos elegíveis para essa nova faixa de preços em cerca de 35% a 50% do total, disseram os Silveira e Gaetano. A exceção também fica com a MRV, que possui foco num segmento mais baixo, voltado principalmente ao programa do governo “Minha Casa, Minha Vida”.
Nesta sessão, todas as ações do setor listadas na bolsa paulista estão em alta, com exceção com as da Direcional, que recuam 0,17%, a R$ 12,01. Já no campo positivo, os papéis da Even (EVEN3, +2,37%, R$ 8,64), MRV (MRVE3, +2,09%, R$ 9,30), Brookfield (BISA3, +1,86%, R$ 1,64), Cyrela (CYRE3, +1,61%, R$ 17,02), EzTec (EZTC3, +1,35%, R$ 30,82), PDG Realty (PDGR3, +1,22%, R$ 2,49) e Helbor (HBOR3, +1,07%, R$ 9,45) operam em ganhos acima de 1%.
