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SÃO PAULO – Com seguidas quedas, interrompidas na sessão anterior com uma alta de 2,02%, o Ibovespa voltou a respirar nesta quarta-feira (26). O índice fechou com ganhos de 0,59%, a 47.171 pontos, impulsionadas principalmente pelas ações do grupo EBX, de Eike Batista, mas bem menos positivo na comparação com a máxima intradiária, quando chegou a subir 1,77%. O giro financeiro foi de R$ 6,86 bilhões.
Os temores dos investidores sobre a possível antecipação da retirada dos estímulos monetários nos EUA vêm movendo os mercados nas últimas sessões. Enquanto indicadores econômicos positivos normalmente animariam os investidores, a incerteza sobre o que pode acontecer com o fim do Quantitative Easing 3 fazem indicadores ruins não pesarem sobre o apetite por risco dos investidores.
Assim, um dos motivos das altas vistas nos mercados nesta quarta-feira, além do movimento de repique do mercado, é o PIB (Produto Interno Bruto) norte-americano ter registrado crescimento de 1,8% no primeiro trimestre, ante expectativa de 2,4%, o que aumenta a probabilidade de que as medidas de estímulo continuem. Em meio ao cenário apontado, as bolsas norte-americanas fecharam em alta, com destaque para o índice Dow Jones, com ganhos de 1,01%.
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Grupo EBX em destaque
A maior alta do Ibovespa no dia foi da LLX Logística (LLXL3, R$ 1,25, +25,00%), do megaempresário Eike Batista, que subiu após divulgar que contratou assessores financeiros para avaliar oportunidades de negócios e operações societárias envolvendo seus ativos. Na mesma linha, OGX Petróleo (OGXP3) subiu 12,05%, a R$ 0,93. Por outro lado, a MMX Mineração (MMXM3) teve alta de 1,21%, a R$ 1,67, acumulando valorização de 31,50% nesta semana, após fechar o último pregão em alta de 17,86%.
As empresas do Grupo EBX voltam ao noticiário com a informação de que Eike Batista pode continuar vendendo ativos das companhias mesmo após a reestruturação da dívida, que deve ocorrer até meados de julho, segundo a Agência Estado.
Ainda na ponta positiva, destaque para empresas do setor imobiliário, caso da Brookfield (BISA3, R$ 1,51, +6,34%), Cyrela (CYRE3, R$ 15,60, +2,56%) e MRV (MRVE3, R$ 6,83, +1,64%). Após desempenho fraco nas últimas sessões, empresas do setor de consumo como B2W (BTOW3, R$ 6,79, +5,76%) e Pão de Açúcar (PCAR4, R$ 96,82, +3%) fecharam em alta.
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Como destaque de queda, estiveram os papéis da Suzano (SUZB5, R$ 7,85, -4,27%) e Eletropaulo (ELPL4, R$ 6,57, -4,09%). Os ativos da Vale (VALE3, R$ 28,45, -3,23%; VALE5, R$ 26,75, -2,73%) que possui cerca de 10% de participação no índice, também fecharam em queda e contribuíram para diminuir os ganhos do índice.
As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
LLXL3 | LLX LOG ON | 1,25 | +25,00 | -47,92 | 38,42M |
OGXP3 | OGX PETROLEO ON | 0,93 | +12,05 | -78,77 | 193,04M |
BISA3 | BROOKFIELD ON | 1,51 | +6,34 | -55,85 | 9,35M |
BTOW3 | B2W DIGITAL ON | 6,79 | +5,76 | -60,06 | 9,15M |
DTEX3 | DURATEX ON | 12,84 | +4,82 | -6,48 | 28,52M |
As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:
Cód. | Ativo | Cot R$ | % Dia | % Ano | Vol1 |
---|---|---|---|---|---|
SUZB5 | SUZANO PAPEL PNA | 7,85 | -4,27 | +14,03 | 48,35M |
ELPL4 | ELETROPAULO PN N2 | 6,57 | -4,09 | -60,88 | 10,78M |
VALE3 | VALE ON | 28,45 | -3,23 | -30,91 | 112,04M |
GOLL4 | GOL PN N2 | 7,27 | -3,07 | -43,64 | 13,00M |
USIM5 | USIMINAS PNA | 8,00 | -2,91 | -37,50 | 46,22M |
As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :
Código | Ativo | Cot R$ | Var % | Vol1 | Neg |
---|---|---|---|---|---|
VALE5 | VALE PNA | 26,75 | -2,73 | 659,76M | 35.158 |
PETR4 | PETROBRAS PN | 16,15 | +0,94 | 483,64M | 34.632 |
ITUB4 | ITAUUNIBANCO PN | 27,85 | +0,51 | 348,01M | 28.897 |
BBDC4 | BRADESCO PN | 28,26 | +0,93 | 240,70M | 21.695 |
BVMF3 | BMFBOVESPA ON | 12,11 | 0,00 | 237,82M | 20.157 |
OGXP3 | OGX PETROLEO ON | 0,93 | +12,05 | 193,04M | 28.255 |
BBAS3 | BRASIL ON | 21,30 | +0,24 | 185,43M | 11.272 |
PETR3 | PETROBRAS ON | 14,80 | +0,68 | 183,46M | 12.730 |
HYPE3 | HYPERMARCAS ON | 14,51 | +0,14 | 164,11M | 11.393 |
BRFS3 | BRF SA ON | 47,70 | +1,92 | 147,43M | 5.905 |
* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
Agenda doméstica
No Brasil, a FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgou o ICI (Índice de Confiança da Indústria) de junho. O indicador recuou 1,1% em junho em relação ao registrado no final do mês anterior, ao passar de 105,0 pontos para 103,8 pontos – menor nível desde julho de 2012.
Além disso, destaque para o fluxo cambial, que ficou negativo em US$ 553 milhões até o dia 21 de junho. No segmento financeiro, que inclui investimentos estrangeiros e remessas de lucros, entre outras operações, o saldo ficou negativo em US$ 5 milhões no período. O número é a diferença entre a entrada de US$ 39,551 bilhões e a saída de US$ 39,556 bilhões.
Referências asiáticas e europeias
No início da semana, o mercado chinês preocupou os investidores, que temem por um colapso no setor bancário, cujas taxas subiram fortemente. Na véspera, o Banco Central chinês garantiu que, se necessário, oferecerá fundos para os bancos.
No Velho Continente, os mercados estenderam os ganhos da sessão anterior, animados com notícias internas. Na Espanha, o índice IBEX 35 subiu 3,03%, impulsionado pelas ações de bancos, após o Citigroup elevar a recomendação para o setor para neutra. Já na Alemanha, dados sobre confiança do consumidor mostram maior otimismo em quase seis anos, com o índice Gfk registrando 6,8 pontos em julho, ante estimativa de 6,6. Com isso, o índice DAX fechou o pregão em Frankfurt com alta de 1,67%.
Na Inglaterra, o ministro das Finanças, George Osborne, deve anunciar corte de gastos de US$ 17,7 bilhões, mas tentará moderar o corte com promessas de capital a longo prazo para projetos de infraestrutura. Na França, nem o recuo de 0,2% da economia no primeiro trimestre desanimou os investidores e o índice CAC 40 subiu 2,06%.