Ibovespa diminui perdas, mas fecha em baixa de 0,64% e registra 2ª queda seguida

Sessão desta quinta-feira começou com volatilidade para o índice, que consolidou perdas nas últimas horas do pregão; imobiliárias e OGX pressionaram benchmark da bolsa

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A sessão desta quinta-feira (9) havia começado com certa volatilidade para o Ibovespa, com o índice oscilando entre leves perdas e ganhos. Entretanto, o benchmark da bolsa consolidou queda nas últimas horas do pregão e fechou no seu segundo dia seguido no vermelho, com baixa de 0,64%, a 55.447 pontos, apesar de se recuperar da baixa de 1,61% observada nesta tarde. Este movimento de queda se assemelhou ao da sessão da véspera, que também registrou perda de fôlego nas últimas horas de negociação. O giro financeiro foi de R$ 6,72 bilhões. 

O índice registrou queda em meio a um movimento de realização, como também observado nos mercados internacionais, conforme aponta o analista da Um Investimentos, Gabriel Ribeiro. Entretanto, a queda foi bem mais expressiva na bolsa nacional do que lá fora. Por aqui, ainda pesaram no índice os indicadores da China, como de preços ao produtor, que registraram alta de 2,4% em abril, acima do esperado por boa parte do mercado, assim como alguns resultados negativos divulgados entre a noite da véspera e a manhã desta data. 

Resultados movimentam índice
Dentre os destaques negativos no cenário corporativo, esteve a Brookfield (BISA3), que triplicou o prejuízo no trimestre, levando as ações da incorporadora a fecharem em forte queda de 7,14%, a R$ 1,95 – a maior do índice. Outra imobiliária que azedou as perdas foi a MRV Engenharia (MRVE3), com queda de 3,64%, a R$ 8,20, assim como a PDG Realty (PDGR3), que amargou queda de 2,22%, a R$ 2,20. A Petrobras (PETR3;PETR4), que chegou a subir mais de 1% na sessão, viu as suas ações ordinárias terem leve alta de 0,25% e as PN caírem 0,21%.

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Além disso, a expectativa do mercado gira em torno da divulgação do resultado da OGX Petróleo (OGXP3), que será revelado após o pregão. A ação OGXP3 teve a segunda maior desvalorização do índice, com queda de 6,25%, a R$ 1,65, após ter chegado a subir 1,14% no início da sessão.  

Vale ressaltar que a OGX, que possui 3ª maior participação no Ibovespa, viu a BM&FBovespa aumentar de 30% para 45% “free float” (ações em circulação no mercado) o limite de posições alugadas na ação, abrindo espaço para quem aposta na queda dos papéis voltar a montar posições vendidas na empresa.

As maiores baixas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, foram:

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 Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 BISA3 BROOKFIELD ON 1,95 -7,14 -42,98 28,44M
 OGXP3 OGX PETROLEO ON 1,65 -6,25 -62,33 342,55M
 MRFG3 MARFRIG ON 6,50 -5,39 -23,35 19,25M
 MMXM3 MMX MINER ON 1,97 -3,90 -55,73 9,98M
 MRVE3 MRV ON 8,20 -3,64 -31,55 22,07M

As maiores altas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, foram:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia % Ano Vol1
 AMBV4 AMBEV PN 84,95 +3,17 +0,09 217,33M
 GFSA3 GAFISA ON 4,03 +2,81 -14,44 45,32M
 VAGR3 V-AGRO ON 0,40 +2,56 -2,44 4,59M
 BRML3 BR MALLS PAR ON ED 24,03 +2,34 -9,25 119,79M
 EMBR3 EMBRAER ON ED 18,29 +1,95 +27,16 49,14M

As ações mais negociadas, dentre as que compõem o índice Bovespa, foram :

 Código Ativo Cot R$ Var % Vol1 Neg 
 VALE5 VALE PNA 33,15 +0,09 567,94M 26.303 
 PETR4 PETROBRAS PN EJ 20,24 -0,25 462,77M 30.129 
 OGXP3 OGX PETROLEO ON 1,65 -6,25 342,55M 32.006 
 BBDC4 BRADESCO PN EJ 33,58 -0,36 251,20M 17.802 
 ITUB4 ITAUUNIBANCO PN ED 35,00 0,00 250,99M 15.450 
 AMBV4 AMBEV PN 84,95 +3,17 217,33M 8.362 
 VALE3 VALE ON 35,15 +0,54 187,70M 10.187 
 PETR3 PETROBRAS ON EJ 19,29 +0,21 137,53M 10.190 
 BRFS3 BRF FOODS ON 49,40 +1,44 133,95M 5.309 
 BRML3 BR MALLS PAR ON ED 24,03 +2,34 119,79M 21.257 

* – Lote de mil ações
1 – Em reais (K – Mil | M – Milhão | B – Bilhão)
 

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Indicadores movimentam EUA
Na agenda norte-americana, o Initial Claims registrou 323 mil pedidos de auxílio-desemprego, valor abaixo do esperado, de 336 mil solicitações. O indicador apresentou queda também em relação aos 327 mil registrados na semana anterior. Apesar da melhora no mercado de trabalho, os contratos futuros norte-americanos seguem negociando em queda.

Além do indicador de desemprego, o Wholesale Inventories de março, relatório que contém informações sobre as vendas e os estoques do setor atacadista norte-americano, também foi divulgado, marcando alta de 0,4%. O consenso do mercado esperava alta de 0,3%, ante o resultado negativo de -0,3% apresentado em fevereiro.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.