Empresas de Eike caem 50% no 1º tri e patrimônio de bilionário cai R$ 6,74 bi

Valor de mercado das empresas de Eike Batista perderam 38,84%, pulando de R$ 30,0 bilhões no final do ano passado para R$ 18,40 bilhões no fim do primeiro trimestre desse

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – A desconfiança no mercado em relação às empresas de Eike Batista fez com que as ações derretessem nesses três primeiros meses, com a MMX Mineração (MMXM3) e a OGX Petróleo (OGXP3) liderando as perdas do Ibovespa, com quedas de 50,34% e 47,26%, respectivamente, para R$ 2,21 e R$ 2,31. Nesse mesmo período, o Ibovespa caiu 7,55%, para 56.352 pontos.

Com isso, o valor de mercado das empresas de Eike Batista caiu 38,84%, pulando de R$ 30,0 bilhões no final do ano passado para R$ 18,40 bilhões no fim do primeiro trimestre desse. A participação de Eike nas empresas recuou de R$ 17,0 bilhões para R$ 10,28 bilhões – perdas de R$ 6,745 bilhões.

É válido destacar que a queda percentual de OSX Brasil (OSXB3) foi ainda maior no ano: 60,75%, com as cotações caindo de R$ 10,65 para R$ 4,18. A MPX Energia (MPXE3) perdeu apenas 14,80% de valor de mercado, já que a ação caiu de R$ 11,15 para R$ 9,50. Já a LLX Logística (LLXL3) perdeu 12,50%, com a cotação de seus papéis caindo de R$ 2,40 para R$ 2,10. A exceção ficou com a CCX Carvão (CCXC3), que teve ganhos de 72,20%, terminando o trimestre aos R$ 3,53 – influenciada pela OPA (Oferta Pública de Aquisição) anunciada pelo Eike Batista.

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O que impactou os papéis?
A OGX teve um início de ano espetacular, chegando a alcançar os R$ 5,43 – quando os ganhos eram de 23,97%. A companhia tinha acabado de começar as extrações no seu terceiro poço, TBAZ-1HP e o mercado mostrava-se bastante otimista com o aumento de produção. Conforme o terceiro poço também apresentou problemas de produção, o otimismo se tornou pessimismo, e a companhia entrou em queda livre, chegando a bater os R$ 2,17 – sua mínima histórica. 

Já a MMX teve quedas desde o início do ano, prejudicadas por uma autuação bilionária. A empresa, então, optou por trocar de presidente – jogando pressão negativa às ações na epoca. O terceiro baque veio quando a empresa anunciou forte perdas contábeis em decorrência da desistência de seus projetos no Chile, que teve impacto no prejuízo da empresa no último trimestre, com crescimento de mais de 37.000%. 

Essa desconfiança alastrou-se para as outras empresas do grupo “X”, que foram pressionadas pelo mercado igualmente. Com isso, a LLX chegou a perder alguns parceiros estratégicos, ganhando outros no lugar, ao passo que a OSX acompanhou o movimento de sua principal parceira, a OGX. Por fim, a MPX encontrou dificuldades no início de operação de algumas térmicas no nordeste, o que a obrigou a comprar energia no mercado livre para honrar – registrando prejuízo e prejudicando a ação.