Ibovespa sobe forte impulsionado por disparada em ações da Petrobras

Petroleira vê ações subirem até 10% após reajuste no diesel; nos EUA, ADP Employment surpreendeu com uma criação de vagas acima do esperado

Fernando Ladeira

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SÃO PAULO – Depois de um início de semana ruim, com perdas acima de 1,5% em um momento no qual diversos índices internacionais superam máximas desde antes da crise financeira de 2008, o Ibovespa inicia o pregão desta quarta-feira (6) em alta de 1,55%, aos 56.818 pontos, conforme cotação das 10h19 (horário de Brasília).

O índice é impulsionado pela fortíssima alta de Petrobras (PETR3, +10,18%, R$ 15,70; PETR4, +4,95%, R$ 17,38), que vê suas ações dispararem um dia depois de anunciar o reajuste de 5% no diesel vendido às refinarias.

Entre os destaques do Ibovespa, vale destacar ainda os papéis da LLX Logística (LLXL3, R$ 2,14, +4,90%), Santander (SANB11, R$ 14,95, +3,46%), Usiminas (USIM3, R$ 10,66, +3,19%) e TIM Participações (TIMP3, R$ 8,80, +2,80%).

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Apesar de uma temporada de resultados trimestrais mais leve nesta manhã, apenas com os números da Arteris (ARTR3) e da Arezzo (ARZZ3), os investidores ainda têm diversas referências para avaliar.

Enquanto a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) sobre a taxa de juros sai somente depois do pregão, os EUA já publicaram o ADP Employment, que mede a criação de vagas no setor privado, que superou as projeções com um crescimento de 198 mil. As expectativas era de uma criação de 150 mil postos de trabalho, segundo compilação feita pela Briefing.com.

Às 12h00 serão anunciados os números de encomendas feitas à indústria. Mais tarde, às 16h00, o Federal Reserve divulga o Livro Bege. O documento é um relatório sobre a atualidade econômica norte-americana, produzida por doze divisões regionais do Fed.

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Pelo lado negativo para os mercados, Charles Plosser, membro do Federal Reserve, volta a colocar as discussões sobre os estímulos monetários em foco, depois de Ben Bernanke e Janet Yellen defenderem o programa. Plosser diz que o Fed deveria começar a reduzir o programa de US$ 85 bilhões em estímulos mensais ao longo do ano, na intenção de encerrá-lo até o fim do ano. A preocupação dele é que esses estímulos estão tendo pouco efeito prático, mas um alto custo.