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SÃO PAULO – Após passara boa parte da sessão no negativo, o Ibovespa inverteu para ganhos na última hora do pregão e encerrou esta terça-feira (26) com alta de 0,59%, aos 56.948 pontos.
Entre os destaques negativos, o setor financeiro teve um dia de perdas após o Banco Central divulgar dados, sendo que o mercado se prepara para números mais fracos nos próximos resultados. O estoque total de crédito continua em R$ 2,36 trilhões no mês de janeiro, estável em relação a dezembro. Isso representa 53,2% do PIB (Produto Interno Bruto).
A inadimplência de recursos livres ficou em 5,6% em janeiro, também estável, enquanto os atrasos para recursos direcionados atingiu 3,7%. Na ponta positiva, a taxa média de juros cresceu de 18,0% para 18,5% em janeiro.
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Com os dados divulgados, as ações do Bradesco (BBDC4) tiveram recuo de 2,19%, cotadas a R$ 34,80, enquanto o Itaú Unibanco (ITUB4), caiu 1,82%, para R$ 34,53. Já a Itaúsa (ITSA4), braço de investimentos do Itaú, desvalorizou 1,93%, valendo R$ 10,14. Com um movimento negativo mais ameno, as units do Santander (SANB11) recuaram 0,21%, fechando em R$ 14,27, enquanto as ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram 0,08%, a R$ 25,39.
OGX tem dia volátil e fecha entre as maiores altas
Um dos papéis que seguiram o movimento volátil do Ibovespa foi o da OGX Petróleo (OGXP3), que após cair durante todo o dia, virou para o positivo e fechou com alta de 3,98%, cotados a R$ 3,40, porém, na mínima do dia, as ações chegaram a queda de 5,81%, a R$ 3,08.
O Banco Espírito Santo revisou sua recomendação para as ações da empresa, de compra para neutra, enquanto o preço-alvo passou de R$ 7,10 para R$ 4,40 – que, mesmo bastante menor, ainda representa upside de 34,56%. O corte na classificação deve-se as incertezas sobre a produção da empresa, diante dos atrasos no cronograma e declarações de comercialidade de alguns blocos.
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Além disso, um tweet de Eike Batista na véspera chamou a atenção do mercado. O megaempresário destacou que, após a conexão do 3º poço em Tubarão Azul, a empresa entregou mais uma carga de petróleo, desta vez para a companhia britânica BP (British Petroleum), no tamanho de 420 mil barris.
A venda não foi informada ao mercado através de um comunicado, como era o costume da empresa até agora. A informação pode ser encontrada no site da OGX com a data de 21 de janeiro, mas apenas se o investidor realizar uma busca em algum mecanismo, como o Google, digitando as palavras OGX e BP.
Elétricas sobem diante de adiamento de prazo para uso de térmicas
Na ponta positiva, as ações das elétricas ganharam força e fecharam no positivo após o adiamento do prazo para as distribuidoras apresentarem garantia para o uso de térmicas no mês de janeiro. A garantia chegaria a R$ 1,56 bilhão. O governo divulgou na noite da última segunda-feira um comunicado, adiando para o dia 7 de março o prazo para as distribuidoras de energia apresentarem uma garantia bilionária ao uso das térmicas para o mês de janeiro.
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As ações da Eletrobras (ELET3, R$ 6,54, +4,14%; ELET6, R$ 12,19, +1,58%) registraram as maiores altas da sessão do setor dentre os ativos que compõem o Ibovespa, seguidas pelos papéis da Eletropaulo (ELPL4, R$ 12,65, +1,93%) e Cemig (CMIG4, R$ 23,44, +1,03%). Já os papéis da Light (LIGT3), depois de chegarem a subir 3,13% na cotação máxima do intraday, fecharam com recuo de 1,97%, para R$ 19,41.
Fora do índice, o destaque fica ainda com os papéis da MPX Energia (MPXE3, R$ 10,60, +4,95%), AES Tietê (GETI4, R$ 20,70, +2,12%) e as units da Taesa (TAEE11, R$ 23,25, +1,97%).
Siderurgicas sobem com reajuste no aço
As ações da Usiminas (USIM3, USIM5) registraram ganhos de 1,62%, a R$ 10,69 para os papeís ordinários e de 1,11%, a R$ 9,98 para os preferenciais, em meio às notícias de reajuste de preços do aço. A companhia enviou comunicado aos seus distribuidores elevando os preços das bobinas a quente em 7,95%, os laminados a frio em 6,1% e 12,7% para os galvanizados, com o aumento de preço sendo válido a partir de 1 de março, segundo noticiado pelo Valor Econômico.
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Outros papéis do setor também acompanham o movimento positivo, como é o caso da CSN (CSNA3), que sobe 2,15%, a R$ 10,00; e Gerdau (GGBR4), 3,32%, sendo cotados a R$ 16,80.
CCX sobe após data da OPA
A CCX Carvão (CCXC3) aunciou na noite da última segunda-feira (25) a data de sua OPA (Oferta Pública de Aquisição). O leilão de venda dos ativos será realizado em 3 de junho de 2013, no início do pregão no sistema Bovespa da BM&FBovespa. A liquidação da oferta acontecerá em 6 de junho. Os papéis da companhia encerraram o dia a R$ 4,01, com valorização de 2,30%.
A oferta permanecerá válida para os investidores desde 3 de maio, sendo que as corretoras deverão entregar à BM&FBovespa uma lista com os acionistas que aceitaram a oferta até às 18h00 (horário de Brasília) de 31 de maio, o último dia útil antes do leilão.
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O controlador da companhia ofereceu um preço máximo de R$ 4,31 a ser pago pelas ações. A estimativa do preço da ação da CCX, pela Brasil Plural, gira entre R$ 3,83 e R$ 4,24. As ações que serão vendidas pertecem principalmente ao acionista controlador – segundo dados da BM&FBovespa, do ínicio de novembro, Eike possui 62% do capital social. No processo, os acionistas da CCX poderão trocar suas ações por outros papéis de empresas do grupo EBX.
JBS renegocia dívida e ações avançam
Nesta terça, JBS USA, em comunicado, afirmou que está renegociando sua linha de crédito no exterior. O valor atual do empréstimo da companhia é de US$ 468 milhões. A notícia animou os investidores, que viram as ações da empresa subirem 4,02% no dia, fechando a R$ 7,24.
A renegociação representa para a companhia, uma economia de US$ 2,3 milhões por ano em despesas com juros. A JBS (JBSS3) anunciou ainda que obteve uma redução nos custos de linha de crédito captado no exterior com vencimento em 2018.