Em dia volátil, OGX sobe 3,98% enquanto bancos têm queda; veja destaques

Na ponta positiva, elétricas sobem após adiamento de prazo de térmicas, enquanto CCX define data de OPA e papéis avançam 2,3%

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após passara boa parte da sessão no negativo, o Ibovespa inverteu para ganhos na última hora do pregão e encerrou esta terça-feira (26) com alta de 0,59%, aos 56.948 pontos. 

Entre os destaques negativos, o setor financeiro teve um dia de perdas após o Banco Central divulgar dados, sendo que o mercado se prepara para números mais fracos nos próximos resultados. O estoque total de crédito continua em R$ 2,36 trilhões no mês de janeiro, estável em relação a dezembro. Isso representa 53,2% do PIB (Produto Interno Bruto).

A inadimplência de recursos livres ficou em 5,6% em janeiro, também estável, enquanto os atrasos para recursos direcionados atingiu 3,7%. Na ponta positiva, a taxa média de juros cresceu de 18,0% para 18,5% em janeiro.

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Com os dados divulgados, as ações do Bradesco (BBDC4) tiveram recuo de 2,19%, cotadas a R$ 34,80, enquanto o Itaú Unibanco (ITUB4), caiu 1,82%, para R$ 34,53. Já a Itaúsa (ITSA4), braço de investimentos do Itaú, desvalorizou 1,93%, valendo R$ 10,14. Com um movimento negativo mais ameno, as units do Santander (SANB11) recuaram 0,21%, fechando em R$ 14,27, enquanto as ações do Banco do Brasil (BBAS3) caíram 0,08%, a R$ 25,39.

OGX tem dia volátil e fecha entre as maiores altas
Um dos papéis que seguiram o movimento volátil do Ibovespa foi o da OGX Petróleo (OGXP3), que após cair durante todo o dia, virou para o positivo e fechou com alta de 3,98%, cotados a R$ 3,40, porém, na mínima do dia, as ações chegaram a queda de 5,81%, a R$ 3,08. 

O Banco Espírito Santo revisou sua recomendação para as ações da empresa, de compra para neutra, enquanto o preço-alvo passou de R$ 7,10 para R$ 4,40 – que, mesmo bastante menor, ainda representa upside de 34,56%. O corte na classificação deve-se as incertezas sobre a produção da empresa, diante dos atrasos no cronograma e declarações de comercialidade de alguns blocos.

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Além disso, um tweet de Eike Batista na véspera chamou a atenção do mercado. O megaempresário destacou que, após a conexão do 3º poço em Tubarão Azul, a empresa entregou mais uma carga de petróleo, desta vez para a companhia britânica BP (British Petroleum), no tamanho de 420 mil barris.

A venda não foi informada ao mercado através de um comunicado, como era o costume da empresa até agora. A informação pode ser encontrada no site da OGX com a data de 21 de janeiro, mas apenas se o investidor realizar uma busca em algum mecanismo, como o Google, digitando as palavras OGX e BP.

Elétricas sobem diante de adiamento de prazo para uso de térmicas
Na ponta positiva, as ações das elétricas ganharam força e fecharam no positivo após o adiamento do prazo para as distribuidoras apresentarem garantia para o uso de térmicas no mês de janeiro. A garantia chegaria a R$ 1,56 bilhão. O governo divulgou na noite da última segunda-feira um comunicado, adiando para o dia 7 de março o prazo para as distribuidoras de energia apresentarem uma garantia bilionária ao uso das térmicas para o mês de janeiro.

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As ações da Eletrobras (ELET3, R$ 6,54, +4,14%; ELET6, R$ 12,19, +1,58%) registraram as maiores altas da sessão do setor dentre os ativos que compõem o Ibovespa, seguidas pelos papéis da Eletropaulo (ELPL4, R$ 12,65, +1,93%) e Cemig (CMIG4, R$ 23,44, +1,03%). Já os papéis da Light (LIGT3), depois de chegarem a subir 3,13% na cotação máxima do intraday, fecharam com recuo de 1,97%, para R$ 19,41.

Fora do índice, o destaque fica ainda com os papéis da MPX Energia (MPXE3, R$ 10,60, +4,95%), AES Tietê (GETI4, R$ 20,70, +2,12%) e as units da Taesa (TAEE11, R$ 23,25, +1,97%).

Siderurgicas sobem com reajuste no aço
As ações da Usiminas (USIM3, USIM5) registraram ganhos de 1,62%, a R$ 10,69 para os papeís ordinários e de 1,11%, a R$ 9,98 para os preferenciais, em meio às notícias de reajuste de preços do aço. A companhia enviou comunicado aos seus distribuidores elevando os preços das bobinas a quente em 7,95%, os laminados a frio em 6,1% e 12,7% para os galvanizados, com o aumento de preço sendo válido a partir de 1 de março, segundo noticiado pelo Valor Econômico.

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Outros papéis do setor também acompanham o movimento positivo, como é o caso da CSN (CSNA3), que sobe 2,15%, a R$ 10,00; e Gerdau (GGBR4), 3,32%, sendo cotados a R$ 16,80.

CCX sobe após data da OPA
A CCX Carvão (CCXC3) aunciou na noite da última segunda-feira (25) a data de sua OPA (Oferta Pública de Aquisição). O leilão de venda dos ativos será realizado em 3 de junho de 2013, no início do pregão no sistema Bovespa da BM&FBovespa. A liquidação da oferta acontecerá em 6 de junho. Os papéis da companhia encerraram o dia a R$ 4,01, com valorização de 2,30%.

A oferta permanecerá válida para os investidores desde 3 de maio, sendo que as corretoras deverão entregar à BM&FBovespa uma lista com os acionistas que aceitaram a oferta até às 18h00 (horário de Brasília) de 31 de maio, o último dia útil antes do leilão.

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O controlador da companhia ofereceu um preço máximo de R$ 4,31 a ser pago pelas ações. A estimativa do preço da ação da CCX, pela Brasil Plural, gira entre R$ 3,83 e R$ 4,24. As ações que serão vendidas pertecem principalmente ao acionista controlador – segundo dados da BM&FBovespa, do ínicio de novembro, Eike possui 62% do capital social. No processo, os acionistas da CCX poderão trocar suas ações por outros papéis de empresas do grupo EBX.

JBS renegocia dívida e ações avançam
Nesta terça, JBS USA, em comunicado, afirmou que está renegociando sua linha de crédito no exterior. O valor atual do empréstimo da companhia é de US$ 468 milhões. A notícia animou os investidores, que viram as ações da empresa subirem 4,02% no dia, fechando a R$ 7,24.

A renegociação representa para a companhia, uma economia de US$ 2,3 milhões por ano em despesas com juros. A JBS (JBSS3) anunciou ainda que obteve uma redução nos custos de linha de crédito captado no exterior com vencimento em 2018.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.