JSL não vê riscos para seus negócios em 2013

Para 2012, a JSL espera um crescimento na receita bruta de serviços de 11% em relação a 2011, quando faturou R$ 2,65 bilhões em base proforma

Reuters

Caminhão da JSL, companhia do grupo Simpar (Divulgação)

Publicidade

SÃO PAULO – A operadora logística JSL (JSLG3) não vê riscos para 2013 que possam afetar a empresa, apesar da desaceleração econômica do Brasil, segundo o presidente da empresa, Fernando Simões.

“A gente não vê risco no nosso segmento. Não tem nenhuma coisa diferente do que tem acontecido nos últimos anos”, afirmou ele à Reuters na segunda-feira (10).

“Da maneira como estamos estruturados, com portfólio de serviços que nós temos, com as indústrias no Brasil procurando melhorar sua produtividade, nós acreditamos que temos grandes oportunidades para continuar nos desenvolvendo”, afirmou o executivo, evitando divulgar previsões para o próximo ano.

Continua depois da publicidade

Para 2012, a JSL espera um crescimento na receita bruta de serviços de 11 por cento em relação a 2011, quando faturou 2,65 bilhões de reais em base proforma, de acordo com informações no site da empresa.

A economia brasileira teve fraca expansão no terceiro trimestre deste ano, de 0,6 por cento ante o período anterior. Na segunda-feira, a pesquisa Focus do Banco Central mostrou que o mercado reduziu as projeções sobre o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) tanto neste ano quanto no próximo, para 1,03 e 3,5 por cento, respectivamente.

Planos governamentais
Sobre os planos do governo para ferrovias e rodovias anunciados neste ano, além de portos na semana passada, Simões se disse otimista.

“Saiu (nos planos) quanto tempo vai ser (destinado aos) estudos, o tempo de contratação, de onde vão vir os recursos… Tem um cronograma claro que você pode cobrar e ficar feliz ou triste por não ter feito”, disse.

Em agosto, o governo lançou um pacote de concessões de ferrovias e rodovias que prevê investimentos totais de 133 bilhões de reais ao longo de 25 anos, e na semana passada anunciou um plano de 54,2 bilhões de reais para portos até 2017.

Segundo Simões, todos os modais de transporte precisam ser desenvolvidos. “A gente torce pelo desenvolvimento de todos os modais, porque se não tiver novos modais como ferroviário, a cabotagem, aí sim você pode ter um estrangulamento da logística.”

Porto seco
Em janeiro, a empresa deve concluir a transferência de seu porto seco do Recife para o município de Cabo de Santos Agostinho, também em Pernambuco, ficando assim mais próximo do Porto do Suape.

Este é o único porto seco da JSL, mas Simões não descarta novas oportunidades nesse segmento.

“É uma coisa que a gente olha com atenção. A gente acha que, com o desenvolvimento mais regional que o Brasil está tendo, vai ter outras oportunidades, mas não é nosso foco hoje”, disse o executivo.