Acha que é fácil? Os 5 principais riscos ao abrir uma franquia

Mais de 15% das franquias fecham as portas nos primeiros cinco anos de existência. Saiba como não fazer parte dessa estatística

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Abrir uma franquia é bem mais seguro do que começar a própria empresa. A força da marca, estratégia e apoio da franqueadora ao empresário podem ajudar (e muito) na decolagem do negócio – o que não significa que o modelo de franchising está fora de risco.

Segundo a sócia da consultoria especializada em franquias Goakira, Nadia Korosue, existem diversos riscos ao abrir uma franquia. “Mesmo menores, eles não podem ser ignorados, sob pena de você ver a sua unidade fechar as portas e fazer parte da estatística negativa”, conta. Dados da ABF (Associação Brasileira de Franchising) mostram que 15% das unidades de franquias fecham as portas nos primeiros cinco anos de existência.

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Para evitar isso, conheça os principais riscos de investir em uma franquia e saiba como fugir deles:

1. Demora para obter o retorno do investimento
Um dos principais dados que o futuro franqueado precisa se atentar é o tempo para retorno do investimento, que pode variar de 12 a 24 meses, em média. O que muitos não sabem é que esse retorno pode demorar muito mais tempo que o prometido pelo franqueador. “Se você fechar o acordo, esteja preparado para o período máximo para ter o retorno de investimento e, a partir daí, os lucros. Uma reserva de capital para esta situação pode ajudar a superar um início mais lento.”

2. Cuidado com os vícios de gestão
A experiência prévia não é um pré-requisito obrigatório para quem vai abrir uma franquia, mas pode ajudar. Por outro lado, hábitos antigos de gestão podem atrapalhar o andamento da nova empresa e, principalmente, desrespeitar o modelo estabelecido com o franqueador. Segundo Nadia, ao fechar o contrato, o franqueado precisa cumprir as recomendações do franqueador.

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3. Falta de comunicação
Não ter uma boa relação com o franqueador é um risco ao negócio. Para evitar isso, veja qual é a estrutura de comunicação do franqueador. Se ele contar com um departamento interno de comunicação ou tiver uma empresa especializada na área prestando serviço, reduz o risco de que as partes não estejam falando a mesma língua.

4. Competição entre as unidades
Nadia afirma que a competição é comum entre franquias com muita procura. “Por conta da demanda quente, algumas marcas esquecem a regra de ouro e colocam várias unidades para competir em uma mesma região”, conta a especialista.

Por isso, antes de assinar, veja qual é a política de regiões da marca e se eles preveem competição entre unidades.

5. O risco pode ser você
A primeira ideia que você deve eliminar da cabeça é de que não existem riscos ao adquirir uma franquia. Eles existem em qualquer segmento, mas não estão apenas no modelo.

Em uma franquia, quem é responsável pela motivação da equipe e do controle do capital é o franqueado, ou seja, você, e isso exige mais do que dedicação, demandando também algum conhecimento em recursos humanos e administração. “Se você quiser melhorar nessas áreas, comece pesquisando pela internet e passe a participar de eventos sobre gestão de negócios. Além disso, não tenha medo de voltar as carteiras e fazer cursos especializados”, conclui Nadia.