Veja a história do empresário de 27 anos que tornou nº 1 das franquias

SÃO PAULO – Com quase uma unidade inaugurada por dia, a Doutor Resolve Reparos e Reformas foi a franquia que mais cresceu em 2011. No ano passado, o faturamento da rede foi de R$ 200 milhões. Números impressionantes para uma empresa que existe há apenas dois anos. O sucesso do negócio é tão precoce quanto seu fundador, David Pinto, de 27 anos.

A franquia surgiu de uma necessidade pessoal do empresário. Em 2010, prestes a casar, Pinto teve de reformar seu apartamento. “Tive a dificuldade que muita gente tem, de chamar eletricista, encanador e ficar na mão.” Foi assim, que ele identificou uma oportunidade de negócio e criou a Dr. Resolve, que é uma prestadora de serviços na área da construção civil.

O negócio já foi pensando para o sistema de franchising. Isso porque apesar da pouca idade, o empreendedor trabalhou anos na rede de franquias Microlins. Pinto começou como office-boy com 17 anos. Sempre mostrando interessado em apreender, teve uma rápida ascensão na carreira, chegando a diretor de Expansão da rede. “Eu fazia um pouco de tudo. Consegui uma oportunidade na área comercial e foi onde me encontrei.”

O legado do empresário foi positivo na rede. Em cinco anos de trabalho, o número de unidades da rede passou de 100 para 700. Para ele, esta fase foi uma das mais importantes em sua carreira, já que pode desenvolver todas as habilidades comerciais. “Eu aprendi muito sobre franquias, todos os dias estava com pessoas de diferentes áreas.” Em 2010, a Microlins foi vendida para o Grupo Multi.

Eu garanto
Foi neste período, que Pinto pensava em abrir seu próprio negócio. Com a oportunidade, que estava literalmente embaixo do seu teto, o empreendedor convidou o seu sogro, que é engenheiro elétrico, para ser seu sócio. A parceria deu certo, um entendia de franquia e o outro de construção civil. O negócio nasceu de um investimento de R$ 100 mil.

Com menos de dois meses de existência, a Dr. Resolve participou do primeiro evento no setor de franchising. “Hoje, eu não recomendo que ninguém faça isso.” Na feira, a franquia foi apresentada para um grupo pequeno de interessados. Um dos atrativos do negócio, era que a taxa de franquia era bem mais baixa do que as outras, R$ 7,5 mil. Hoje, a empresa cobra até R$ 100 mil, dependendo da área. Além disso, o franqueado podia trabalhar em casa.

Como o empresário conhecia bem o sistema de franquia, ele garantia o sucesso da operação. Ele afirmou aos oito interessados, que se o negócio não fosse bem, ele comprava de volta. “Eu fiz algo arriscado e ousado. Mas trouxe tranquilidade para que as pessoas pudessem investir.”

Além disso, Pinto investiu pesado em publicidade com pessoas conhecidas do público, como Ana Maria Braga e Ratinho. Até o final do ano, a empresa espera chegar a 600 unidades, com isso o faturamento da rede deve ultrapassar R$ 350 milhões.

“Sempre confie em um bom trabalho, mas jamais imaginei que em tão pouco tempo nós chegaríamos a isso. Sabia que iríamos chegar, mais iria demorar mais uns anos. Agora, os desafios são outros.”