CSN teria oferecido cerca de US$ 3 bilhões pela ThyssenKrupp das Américas

Siderúrgica alemã está fazendo desinvestimentos na região devido aos custos crescentes, aponta Bloomberg; ação CSNA3 foi destaque nessa sessão

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A CSN (CSNA3), terceira maior produtora de aço brasileira, ofereceu cerca de US$ 3 bilhões pelas fábricas da ThyssenKrupp AG nas Américas, de acordo com fontes ouvidas pela agência Bloomberg. 

A CSN teria feito uma proposta informal, sendo que participará da última rodada de negociações para a compra; de acordo com a fonte ouvida pela agência, as negociações serão retomadas dentro de quinze dias. 

A ThyssenKrupp possui um valor contábil de US$ 9 bilhões ao serem levadas em consideração as operações nas Américas – sendo uma no Rio de Janeiro e outra nos Estados Unidos. De acordo com o presidente da ThyssenKrupp, Heinrich Hiesinger, este é o valor total que a empresa espera receber pelas unidades. 

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Vale ressaltar que as ações da CSN registraram a maior queda do Ibovespa nesta sexta-feira (30), com baixa de 5,15%, aos R$ 10,49. 

Desinvestimentos à vista
A ThyssenKrupp anunciou em maio que a venda das fábricas estaria dentre uma das opções tidas como estratégicas, devido aos custos crescentes das unidades em meio ao atraso dos projetos.

A companhia, maior siderúrgica da Alemanha, teve desinvestimentos que contribuíram com cerca de um quarto de suas receitas anuais. As operações no Brasil se iniciaram em 2010, dois anos depois do planejado para o fornecimento de placas de aço para suas fábricas no Alabama e Alemanha. As duas operações na América levaram à companhia a gastar mais de € 10 bilhões, devendo funcionar de forma integrada. 

Entretanto, os atrasos na construção da fábrica no Brasil levaram a baixas contábeis de € 2,9 bilhões no ano fiscal que terminou em 30 de setembro de 2011, levando a empresa a ter prejuízo. Procuradas pela Bloomberg, a CSN e a ThyssenKrupp não quiseram comentar o assunto. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.