XP projeta alta de 4,3% do PIB brasileiro no ano, e traça rumos para o avanço global

SÃO PAULO – A XP Investimentos aponta que o cenário para o Brasil neste ano continuará positivo, mas o crescimento deverá perder força na comparação com 2010, “em função de uma acomodação da nossa economia, assim como por causa do efeito das medidas contracionistas econômicas adotadas pelo governo em 2010 e outras que estão por vir”.

Em 2011, o crescimento previsto para o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro é de 4,3%, ficando abaixo dos 7,6% que o consolidado de 2010 deve apontar, sendo este valor o maior desde a década de 1980.

O relatório da XP afirma que os emergentes “devem sofrer uma acomodação e andar a passos mais lentos ao longo de 2011”, depois de passar por um ano de expansão expressiva.

China segue à frente de emergentes, mas enfrentará desafios
Para a corretora, a China deve continuar apresentando crescimento superior à média dos outros emergentes, porém terá o desafio de lidar com uma série de complicações que obrigarão as autoridades a reduzir o ritmo de expansão da economia.

Segundo a XP, a prioridade do momento é a recuperação completa dos EUA frente à crise, mas a corretora lembra que isso não acontece sem custos – custos esses que, na avaliação da equipe da XP, estão sendo bem elevados. “Caso a economia não siga a trajetória de recuperação, destacamos o risco futuro de necessidade de planos de austeridade (corte de gastos), situação que a economia europeia enfrenta atualmente”, afirma o relatório.

Europa caminha para cenário mais tranquilo
A Europa, por sua vez, deve seguir como um dos fatores de risco em 2011, mas a XP crê que a representatividade das economias da Zona do Euro aliada ao suporte internacional devem proporcionar um cenário mais ameno tanto para os países da região quanto para o mercado internacional.

A equipe da corretora ainda aponta que a “heterogeneidade das economias da região deve servir para neutralizar os pontos altos e baixos do quadro econômico europeu”, finaliza o relatório.

Confira as projeções de crescimento do PIB: