Howard Schultz, CEO da Starbucks, conta os desafios de sua carreira até o sucesso

Em entrevista à CNN Money, Schultz revelou que ter uma infância humilde e simples fez toda diferença em sua trajetória profissional

Giovanna Sutto

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SÃO PAULO – O CEO da Starbucks, Howard Schultz, cresceu no subúrbio do Brooklyn cercado de “diferentes perspectivas e origens”, o que permitiu que ele construísse um império com uma visão de mundo particular. Em entrevista à CNN Money, Schultz revelou que ter uma infância humilde e simples fez toda diferença em sua trajetória profissional.

“Não tinha saída, meus pais não tinham instrução, e eu cresci querendo fazer algo por eles”, conta. As condições eram ruins e por isso, Schultz percebeu que sua habilidade nos esportes poderia ser sua porta de entrada para uma boa universidade. E foi assim que conseguiu entrar na Universidade de Michigan, por meio de uma bolsa de estudos jogando futebol americano.

Depois que se formou, iniciou sua carreira na área de vendas, onde começou a trabalhar em uma fabricante de máquinas de café. Um dos clientes era a Starbucks, na época ainda pequena.

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As relações foram se estreitando e Schultz entrou para a Starbucks em 1982. Após voltar de uma viagem a Milão teve uma ideia que poderia mudar os rumos da empresa. “A indústria do café por lá era muito mais facilitada, tudo muito mais próximo dos consumidores. Porque não expandir as cafeterias para conectar todo mundo? Então pensei: há uma oportunidade nos Estados Unidos para fazer algo parecido”, contou ao site.  

No entanto, foi barrado pela diretoria da Starbucks, na época. A ideia da difusão de várias cafeterias não foi bem aceita, nem a proposta de aproximar o público com produtos mais atrativos. Por isso, Schultz saiu da companhia e fundou sua própria empresa de cafés, que foi crescendo e se destacando e após algumas reviravoltas, quase nos anos 90, ele comprou a Starbucks. 

“Eu não acho que eu teria tido a motivação, a curiosidade e o medo do fracasso se eu não tivesse passado pelas situações difíceis na adolescência”, disse Schultz. “A coisa mais vulnerável que posso dizer e que ao mesmo tempo me motiva é que ainda tenho medo do fracasso”, revela.

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Schultz comprou a Starbucks em 1987 e foi CEO até 2000, quando se afastou por um tempo, e as ações tiveram o pior desempenho desde que a empresa abriu o capital.  Reassumiu a função de CEO da companhia novamente em 2008 e deixará o cargo em abril deste ano, para ser presidente executivo com projetos focados em inovação, ofertas Premium e impacto social.

Hoje, aos 63 anos e bilionário, Schultz credita seu sucesso e suas habilidades de ultrapassar as barreiras socioeconômicas às suas origens humildes e persistência.    

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.