Recrutadores listam comportamentos mais “bizarros” de profissionais em uma entrevista

Um jovem perdeu a vaga por atender um telefonema durante a entrevista. Outra levou seu gato e deixou ao lado do recrutador

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Você sabe por que não foi selecionado para a vaga após uma entrevista de emprego? Se sim, você não é o único. Alguns jovens recém-graduados estão com dificuldades em passar por essa etapa e deixar uma boa impressão, informou o USA Today.

Na maior parte dos casos, os próprios formandos minam suas chances, escrevendo mensagens de texto no celular – em meio à uma entrevista – ou até levando parentes ou animais de estimação para participar da conversa com o recrutador. Isso, na opinião dos executivos de RH (Recursos Humanos), é culpa de uma geração viciada em smartphones, tablets e mídias sociais.

Recrutadores afirmaram ao site que já presenciaram jovens profissionais recebendo ligações em entrevistas de emprego, além de se vestirem de forma inadequada, usar gírias ou linguagem casual em excesso e apresentar comportamento excêntrico. “É um comportamento que pode ser completamente apropriado fora da entrevista”, diz o vice-presidente da Associação de Política de RH, Jaime Fall. “A entrevista é ainda um ambiente tradicional”.

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Fall e outros executivos de RH dizem que tais peculiaridades tornaram-se mais comuns nos últimos três anos ou mais e são feitas por um em cada cinco recém-formados que procuram um emprego.

Para a vice-presidente executiva da empresa de recursos humanos Manpower Group, Mara Swan, a tendência reflete a geração “Millennials” – jovens de 18 a 34 anos – que cresceu mandando mensagens de texto SMS e usando smartphones e mídias sociais. “A vida ficou mais casual”, disse Swan ao site. “Eles não percebem que na entrevista é preciso vender sua ‘marca’”.

Desastres nas entrevistas
O site ainda listou alguns casos incomuns que os gestores de RH já presenciaram em uma entrevista de emprego. Um deles é de um formando que atendeu um telefonema, em meio à entrevista de emprego. A chamada, que durou cerca de um minuto e que não era urgente, arruinou sua chance de conseguir um cargo gerencial.

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Em outro caso, um jovem de 20 anos levou seu pai para acompanhar sua entrevista de 45 minutos. Outra recém-formada surpreendeu ainda mais o entrevistador, trazendo consigo seu gato de estimação. “Após perceber o que fez, ela foi embora antes que tivesse uma chance”, disse o ex-diretor da empresa, Mark Dillon.