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O governo realmente tem interesse em privatizar a Eletrobras?

Com transmissão ao vivo pelos canais de comunicação da Câmara dos Deputados e com acompanhamento de vários veículos da imprensa, Wilson Júnior só não ficou completamente isolado porque três deputados da base (com exceção do relator, o que já era esperado) se dispuseram a defender publicamente a privatização da estatal.
Por  Erich Decat
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Erich Decat / Brasília

Na noite da última quarta-feira (11) integrantes da Comissão Especial da Eletrobras se reuniram e conseguiram chegar a um acordo prevendo que na semana seguinte o presidente da estatal, Wilson Júnior, poderia finalmente falar sobre o processo de privatização da empresa, em uma audiência pública.

Naquela noite, alguns integrantes da base e assessores chegaram a comemorar o fato de o colegiado finalmente poder sair da “inércia”.

Depois de quase um mês e meio de total paralisia na comissão, alguns viam no acordo a peça que faltava para fazer com que a engrenagem da base aliada começasse a funcionar.

O sorriso no rosto de alguns integrantes da base não foi maior, contudo, do que o sentimento de vitória dos representantes da oposição.

Explico.

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Durante as negociações, os líderes opositores perceberam que, mesmo em menor número, qualquer avanço na comissão ocorreria mais pela vontade deles do que por uma mobilização da base aliada, em torno da privatização da Eletrobras.

A estratégia então foi avançar nas tratativas e assegurar que a proposta não fosse puxada para o plenário, como vinha ameaçando o presidente da comissão, Hugo Motta (PRB-PB), e o relator José Carlos Aleluia (DEM-BA).

É bem verdade que não é tão simples fazer essa manobra. É preciso a aprovação em plenário de um requerimento de urgência urgentíssima, com no mínimo 257 votos a favor.

Mas tendo em vista que o plenário é considerado como uma última trincheira, na dúvida, os integrantes da oposição fecharam o acordo.

Com o movimento, eles também garantiram, por outro lado, a manutenção de um palanque eleitoral, pelas próximas semanas. Tenha em mente que não há vácuo na política e a ausência da base na comissão tem sido ocupada por discursos inflamados por parte daqueles que são contra a privatização da Eletrobras.

Essa ocupação de espaços ficou ainda mais cristalina ontem. Ao longo de cerca de 4h30 de sessão, os opositores deitaram e rolaram na audiência pública realizada com Wilson Júnior, que havia sido acertada na noite da última quarta-feira (11).

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Com transmissão ao vivo pelos canais de comunicação da Câmara e com acompanhamento de vários veículos da imprensa, Júnior só não ficou completamente isolado porque três deputados da base (com exceção do relator, o que já era esperado) se dispuseram a defender a proposta publicamente. Do outro lado, 14 deputados da oposição se intercalaram no microfone e impuseram o tom do debate, mostrando mais uma vez a falta de empenho dos “aliados” em discutir o tema.

É por essas e outras que uma das principais questões hoje de alguns investidores é: “o governo realmente tem interesse em privatizar a Eletrobras?”

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Erich Decat atua há 10 anos na cobertura política diária em Brasília, passando por veículos como Blog do Noblat/OGlobo, Correio Brasiliense, Folha de S.Paulo. De 2013 até 2017 trabalhou na editoria de política do Jornal Estado de S.Paulo. erich.decat@xpi.com.br

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