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SÃO PAULO – Na ceia de Natal, ele é fundamental para acompanhar os pratos típicos da data comemorativa. No Réveillon, pode ser usado para o brinde da virada. Para que os bons vinhos façam parte das festas de 2007, sem prejudicar o seu bolso, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor Pro Teste analisou 24 marcas do tipo branco fino seco, que custam entre R$ 10 e R$ 36.
O resultado comprova que não há motivos para crer que vinho bom necessariamente precisa ser caro. O teste foi feito com oito produtoras brasileiras, oito argentinas e oito chilenas. Todos eles foram muito bem nas análises laboratoriais, com exceção do Casillero del Diablo, que apresentou mais açúcar do que deveria.
A pesquisa contou com a degustação de especialistas no assunto, os quais apontaram como o melhor do teste o chileno Santa Alicia, com valor entre R$ 13,90 e R$ 19,19 a garrafa. A escolha certa, de acordo com a Pro Teste, foi o argentino Angaro, com preços que variam de R$ 12,60 a R$ 18,89.
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Resultados
A pesquisa avaliou a rotulagem das garrafas e, segundo a Pro Teste, a legislação deveria exigir informações, como modo de conservação e data de engarrafamento. Além disso, o teste avaliou o nível de açúcar dos vinhos, que, para serem considerados secos, deveriam ter 5 gramas por litro, no máximo. Apenas o Casirello del Diabo não passou na avaliação, com taxa de 6,3 g/l.
A Pro Teste não encontrou problemas na acidez e quantidade de conservantes em nenhum dos vinhos analisados. A nota final foi dada pelos especialistas em degustação e consumidores leigos. Dentre as marcas que agradaram os sommeliers, estão a Angaro, Alfredo Roca, Latitud 33º, da Argentina, e Santa Alicia, Santa Helena e Sunrise, do Chile.
Por outro lado, Forestier, Duetto e Casa Perini, todos brasileiros, foram os únicos que os desagradaram. A maior diferença de avaliação entre os consumidores leigos e os especialistas foi em relação ao Fortaleza do Seival, avaliado como um dos melhores pelos primeiros e nem aceitável pelos sommeliers. O Forestier, por sua vez, foi tido como bom pelos leigos e um produto comum, ao invés de fino, pelos especialistas.
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Onde comprar?
A pesquisa da Pro Teste foi realizada em 246 estabelecimentos. Dentre os 726 valores pesquisados, os brasileiros foram os mais baratos e os chilenos, mais caros. Se for realizar uma grande festa, pesquise antes de ir às compras: a diferença entre o maior e o menor preço de um mesmo produto chegou a 67% (Aurora e Gato Negro) e 62% (Santa Carolina). Veja na tabela onde comprar pelo melhor valor:
Local | Vinhos |
Adegas e importadoras | Santa Alicia, Alfredo Roca, Angaro, Graffigna, Leon de Tarapacá, Fortaleza de Seival, Gato Negro |
Hipermercados | Sunrise, Norton, Santa Julia, Finca Flichman, Viñas de Barrancas, Aurora, Salton Volpi |
Supermercados | Latitud 33º, Santa Helena, Lovara |
Fonte: Pro Teste
Impostos
A carga tributária nos vinhos é a maior dentre os produtos que compõem a ceia de Natal. De acordo com pesquisa realizada pela VerbaNet, empresa que presta serviços na área de legislação, os finos importados, por exemplo, possuem 51,84% de impostos no preço final, taxa que diminui para 50,92%, no caso de champanhes e espumantes.
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Dentre os vinhos finos nacionais e aqueles produzidos nos países do Mercosul, o peso dos impostos cai para 41,34%. Já no vinho de mesa comum, por sua vez, 39,94% do preço final são impostos e tributos pagos ao governo.