CUT convoca manifestações na véspera do Copom em todas as cidades que têm unidade do BC

Manifestações, comunicadas ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, visam a pressionar o Copom a reduzir a taxa básica de juros (Selic)

Estadão Conteúdo

Fachada do Banco Central do Brasil (divulgação)

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) está programando manifestações para o próximo dia 21, na véspera da reunião do Copom, em todas as cidades do País que tem uma unidade representativa do Banco Central (BC).

A informação foi dada nesta sexta-feira (3) pelo presidente da CUT, Sérgio Nobre, na saída da Regional do Banco do Brasil, na Avenida Paulista, em São Paulo, onde o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), recebeu em reunião várias centrais sindicais e representantes de movimentos populares.

As manifestações, que segundo Nobre foram comunicadas a Haddad, visam a pressionar o Copom a reduzir a taxa básica de juros (Selic). Hoje a Selic está em 13,75% ao ano e o Copom, que tem sido alvo de críticas de membros do governo pela manutenção do atual nível de juro, se reúne nos dias 21 e 22 deste mês.

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“Vamos fazer manifestações em frente às sedes do BC em todo o Brasil no dia 21 e em Brasília onde se reúne o Copom. Queremos que o Copom nos ouça”, disse Nobre.

Ele também disse que a CUT colocou para o ministro que os trabalhadores têm uma grande produção de trabalhos e estudos que podem contribuir para a retomada do crescimento econômico e para a reforma tributária.

“É importante ouvir os empresários e a Faria Lima, mas é preciso ouvir a classe trabalhadora também”, disse o sindicalista.

Nobre disse que Haddad foi muito solícito e receptivo às posições dos sindicalistas e que se comprometeu em criar um grupo de trabalho para receber as reivindicações e contribuições da classe trabalhadora.

Embora o assunto salário mínimo não tenha entrado na pauta da reunião com Haddad, Nobre disse que a CUT vai reivindicar a diferença entre o atual salário mínimo e o valor que ele deveria ser estar agora se a polícia de valorização do mínimo não tivesse sido interrompida pelo governo anterior.

Hoje o mínimo está em R$ 1.302,00. Mas de acordo com Nobre, o mínimo teria que está em R$ 1.382,00. “Nós vamos reivindicar essa diferença”, reforçou o sindicalista.

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