Cheques: adulteração de valores alerta para maiores cuidados

Uma das táticas de falsificação é adulterar o valor do cheque para que seja possível descontá-lo nos caixas dos bancos

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – As fraudes dos talões de cheques continuam cada vez mais freqüentes no dia-a-dia dos consumidores, mas por outro ladro, parece que os métodos de falsificação estão cada vez mais grosseiros, o que demonstra a falta de atenção dos próprios clientes bancários.

Cheques adulterados estão de volta

Uma das táticas de falsificação é adulterar o valor do cheque para que seja possível descontá-lo nos caixas dos bancos. Segundo o delegado Manoel Camassa, este tipo de golpe está de volta e tem chamado bastante atenção pelos borrões que os cheques apresentam. São em sua grande maioria criminosos inexperientes, pois os grandes falsificadores fabricam as folhas de cheques, no lugar de apenas adulterar os valores.

A maior parte das adulterações é grosseira, que transforma valores de R$ 12 em R$ 800 abusando de rasuras, por exemplo. Contudo, tanto os erros de português, quanto os números rabiscados, ainda passam pelas instituições financeiras, prejudicando assim as vítimas destes golpistas. Em contrapartida, ainda há os golpes clássicos, como os que aconteciam na década de 90 com um grande falsificador na época.

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Segundo Camassa, ele ficava aguardando uma mulher sair do salão de beleza, e em seguida, vestido com traje de motorista particular, entrava no salão e se apresentava como motorista da cliente que havia acabado de sair do estabelecimento. O argumento era de que sua patroa havia esquecido que sua conta estava sem fundos, e por isto, teria resolvido pagar a conta em dinheiro. O falso motorista então entregava o dinheiro ao caixa do salão, e pegava o cheque de volta para fazer a lavagem.

Alguns cuidados essenciais

O delegado aconselha as pessoas a não passarem cheques de valores baixos, visto que a lavagem do papel é muito mais simples nesta situação. Além disto, o cliente bancário deve evitar emitir cheques para taxistas, guardadores de carros e vendedores de talões de zona azul, já que estes são os que mais dão trabalho às autoridades, sobretudo pelo fato deles repassarem os cheques a terceiros.

Outra dica é sempre cruzar o cheque para que o falsário seja obrigado a efetuar o depósito do mesmo. Embora o mesmo possa ser depositado em uma conta fantasma, não custa nada se prevenir. Vale lembrar ainda a importância de se criar o hábito de sempre emitir um cheque nominal a alguém, seja uma empresa ou pessoa física, além disto vale escrever no verso do cheque a finalidade do pagamento e assiná-lo novamente.

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A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) também alerta os clientes bancários para a utilização de canetas e máquinas de preenchimento de terceiros. O cliente não deve aceitar canetas esferográficas de estranhos em hipótese alguma, pois há no mercado modelos com tintas que podem ser apagadas facilmente. Já as máquinas de preenchimento apresentam riscos pela fitas utilizadas na impressão dos valores do cheque, pois estes podem ser facilmente adulterados posteriormente.

O cliente que tomar estes cuidados, é claro, não estará 100% seguro contra a ação de fraudadores, mas o velho ditado pode ser bem aplicado neste caso: é melhor prevenir do que remediar.